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Mostrando postagens de maio, 2013

Tobias não era Marley

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Tobias não é Marley. Era um gato gordo, 10 quilos, muito grande, como um cão de médio porte, a lajota do pisto é de 50 x 50 cm para se ter uma ideia. Era um gato mal humorado também. E cheio de manias. Tinha lugar à mesa, e um pratinho para ele roubar nossas comidas. Gostava de frutas de sobremesa. Não gostava de usar a janela e fazia a casa toda ficar abrindo e fechando as portas para ele, noite à dentre, sobe pena de não poder dormir com seus incansáveis miados. Gostava de dormir embaixo do cobertor onde você estava. Se acomodava embaixo da coberta e entre suas pernas. E ai de você se mexer, ele reclamava. Era terrivelmente carente, mas odiava colo. Gostava de ser escovado no piso do quintal, onde está no momento desta foto, com sua escovinha específica. A glória para ele era você passar aqueles rolos de fita adesiva da 3M, própria para tirar pelos das roupas, nele todo. Vibrava feito um motorzinho. Por ser esta mescla de gente que não se mistura com carência, ele nunca vinha

Resenha: O fascinante Império de Steve Jobs

Após ler a biografia do Steve Jobs, de Isaacson, que é fantástica, mas termina por volta de maio de 2011, uns 5 meses antes que fundador da Apple viesse a falecer, fiquei com vontade de ”quero mais”, e foi quando vi no Submarino, uma excelente oferta do livro O Fascinante Império de Steve Jobs, por meros R $ 9,90. Era a edição de capa verde, que depois vim a saber, na semana seguinte foi substituída pela edição de capa mais escura e com o próprio na capa, edição essa, alegadamente, ampliada e revisada, embora em meia hora na livraria, eu não encontrei nada de diferente, mas o livro, seja a edição de capa verde ou a nova, é fantástico por diversos motivos. À princípio, o livro se parece à biografia de Isaacson, de fato, diversos fatos da biografia de Jobs também estão neste livro, a infância de Jobs e Woz, os pais deles, a fundação da empresa, tudo muito próximo, Isaacson valoriza e centraliza mais em Jobs, Michael Moritz valoriza mais desde a fundação da cidade, quais eram os negócio

Black Heart, Dinho Ouro Preto

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Fazia tempo que eu não comprava um CD. Muito tempo. Nada que eu escuto era bom o suficiente. Ensaiei comprar o novo álbum do Cold Play, mas pensei, ”eu nem escuto tanto assim essa banda”, e fiz bem, por que até hoje suas músicas tocam tanto na mídia que nem vale a pena. Mas outro dia, quarta passada acho, eu estava no carro da empresa, abençoado com um rádio FM, e escutava a KISS FM quando comecei a ouvir uma série de músicas com sabor de infância, num tom acústico e comentadas por duas pessoas que eu não conhecia. Presumi que fossem apresentadores do programa, até descobrir que um era, o outro era o Dinho Ouro Preto e todas as músicas que escutávamos eram dele, isto é, eram gravações cover dele. Naquele instante eu senti que precisava daquele álbum. Black Heart é uma compilação de cover dos anos 80 e 90 (com algo de antes disso), num tom acústico, trazendo Leonard Cohen, Nick Cave e de bancas como Joy Division. Sabor de infância como eu disse. Outra coisa que me impressionou no C

Resenha: Steve Jobs, Walter Isaacson

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Lendo o livro A Biografia de Steve Jobs, de Walter Isaacson, é impossível não se apaixonar pela determinação do mesmo ao longo de sua vida, de alcançar feitos notáveis. Nos faz questionar, quantas vezes não chegamos em casa e nos atiramos na frente da TV, enquanto deixamos centenas de boas oportunidades passaram na nossa frente sem que façamos alguma coisa. Jobs, quando foi demitido da empresa que fundou em 1986, era um homem rico, a Apple, apesar dos tropeços já claros, ainda lhe rendia uma fortuna em ações. Ele poderia ter ido para as ilhas Caymans, ter ido ao caribe, mas ele pegou o dinheiro do seu próprio bolso e sustentou uma nova empresa, a NeXT, por três anos, sem ter um único produto à venda. Ele torrou 8 milhões de dólares dele mesmo, e então capitou mais 100 milhões em investidores que ele abordou pessoalmente, até mesmo o rei da Espanha foi um que contribuiu, em uma visita aos Estados Unidos. Durante seu período na NeXT, quando a companhia vazava dinheiro e o mercado

A era da hyper-informação

No início dos anos 2000, vai, finais de 1990, vivíamos uma era denominada a era da informação. As BBS’s evoluiam para provedores de internet, jornais abriam seu conteúdo e a comunicação mundial foi acelerada numa escala sem precedentes em nível mundial. Tudo era lindo. Então, até o final dos anos 2000, os provedores de internet viraram portais, surgiram as redes sociais, os micro-blogs, jornais e revistas criaram versões digitais e físicas, e para justificar existirem nas duas mídias se tornaram distintas uma da outra. Iniciava-se a era da hiper-informação, onde cada dia se produz o equivalente em informações a cem anos da idade antiga, a contar do iluminismo. Durante toda a era das trevas a humanidade não preencheria um twitter com seus 140 caracteres, se excluirmos religião e descrições do inferno. Aí, chegamos ao início da década de dez dos anos 2000, com fontes tão inesgotáveis de conteúdo, onde literalmente os jornais que antes eram vendidos agora são atirados sobre você pe

Resenha: Linux, comece aqui!

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Ontem terminei de ler um destes livros que te fazer se perguntar, por que eu não pensei nisso antes? Assim é livro Linux: comece aqui, de André Campos Machado, Aroaldo Veneu e Fernando de Oliveira, da Editora Campus. O livro através de uma história de fundo, onde uma pessoa é submetida à um tratamento de choque para deixar de gastar em softwares para seu PC, se vê sequestrada e deixada à revelia numa casa no meio do nada, com apenas um PC velho e uns CD´s de um tal Fedora Core 2 para instalar e usar. E na forma de um diário, o personagem Silva vai revelando funcionalidades do Linux, sempre com um tom comparativo ao universo Windows, que tantos de nós já estamos familiarizados. Há, como um bom programa de computador deve ter, alguns easter-eggs ao longo da história, os quais não vou revelar aqui, mas eu adianto, seu tratamento dura aproximadamente 15 dias, e deu uma inveja danada da forma como ele foi ”tratado à choque”, terminando suas notações no diário com uma ”cervejinha” e com

100 coisas que farei quando for senhor do mal

Às vezes algumas histórias tristes, ou dias ruins, grudam em mim feito suor em dias quentes. Aquela sensação incômoda que causa uma camisa suada, mesmo depois que o suor seca, é como um livro mais pesado, mais indigesto, que o dia passa e ele continua vindo à memória. O livro não precisa ser ruim, ao contrário, muitas vezes bons livros, bons dramas, fazem isso de ficarem voltando para assombrar seu dia, mesmo horas depois de tê-lo terminado. Como uma indigestão. Quando isso acontece, eu no princípio recebo estas ondas de braços abertos, escrutino cada canto da lembrança. Tento identificar o que está incomodando, se é algo bom ou ruim, um bom final, ainda que triste. Como foi feito, qual o arco que me levou  a este sentimento. Teria forma de ter outros finais? São coisas que penso enquanto analiso a lembrança. Mas depois de tempo, isso cansa. Quero ler outras coisas, fazer outras coisas, e tirar aquilo da cabeça. Assim como um coração partido se cura com um novo amor, um livro que t

As pessoas podem mudar...

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Crônica: Quinquilharias

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A praça Benedito Calixto em São Paulo é famosa pela feira de antiguidades e quinquilharias que realiza semanalmente. A própria palavra quinquilharias deve ser uma das palavras que ela comercializa. Desde a invasão do estrangeirismo em nossa língua pátria, pouco depois do fim da ditadura militar e abertura de fronteiras, Gadgets é a palavra da moda, seja qual for a pronúncia correta disto. Benedito Calixto foi famoso artista plástico, nascido em Itanhaém em 1853 e morreu pouco depois da semana de arte moderna de 1922, mais precisamente, em 1927 e seu nome não poderia ter homenagem mais justa que esta feira, maravilhosa para se perder sábado à dentro, bem como nas ruas do entorno da praça. Quando passeio pela feira, não posso deixar de imaginar ao ver por lá espalhados objetos antigos, que outrora foram sonhos de consumo de nossos pais e avos, o que verão nestas feiras meus filhos e netos. Todos os objetos hoje lá expostos, pertencem a um tempo onde qualidade era sinônimo de durabi

Convite para lancamento O novo mundo de Muriel

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Crônica: Betas

Sei que a cada tanto eu interrompo até mesmo a mais tênue linha de pensamento que os posts do meu blog começam a desenhar com um assunto sem sentido, mas esta filosofia de bêbado não poderia ficar de fora. A cada dia, o homem em sua marcha inexorável pelo progresso coloca centenas de raças animais no rumo inerente da extinção, pelas mudanças climáticas que promovemos, pela devastação dos meios naturais e até mesmo pelos caça e pesca predatórias, mas dentre tantos danos, um animal chama a atenção por extinguir-se a si próprio... o peixe Beta. Este peixe de rara beleza é simplesmente a coisa com pior temperamento no reino animal (e eu considero um leão com fome e a fera voraz de Trall como membros deste reino). Incapaz de dividir seu copo, aquário ou poça de água com qualquer outro peixe, de mesma ou outra espécie, ainda só pode ser introduzido à fêmea no período do cio e depois, macho e fêmea devem ser afastados dos seus ovos fecundados, pois eles comem os filhotes! Agora, sem

Facebook, seu lindo!

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Facebook, seu lindinho, acabei de ver seu filme, Rede Social, e fiquei muito impressionado. Vivemos um tempo louco, onde um pode falar de todo o texto técnico jornalístico que quiser, e aparece alguém do nada, [2]falando de mamilos num videocasting de segundos, e vira viral. Quantos não passam a vida codando, isto é, escrevendo código, para os outros, e alguém surge com um jogo de pássaros furiosos ou matar formigas no iPod Touch e fica rico? Seja como for, parece o tempo todo que a próxima grande ideia está sempre pairando sobre a nossa cabeça, que basta correr mais um pouco, que basta tentar um pouco mais, que basta... não basta. Voltando ao filme, é incrível como este é o segundo filme que caracteriza o Sean Parker, criador do Napster, como um canalha, para falar pouco. Não é mal, mas é extremamente egoísta, despreocupado com a lei e não programador, como aquilo que é aclamado por criar, o Napster. A primeira vez foi no filme re-make dos anos, o que, 70?, onde o próprio Sean

Resenha: Radical Rebelde Revolucionário

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Para começo de conversa, o formato em PDF e a página quadrada foram idéias perfeitas, por facilitarem a leitura página a página em uma tela de tamanho confortável de computador. Você lê a página e o único clique que dá é para mudar de página, prático e confortável. Coisa de quem lê textos na internet e eletrônicos e sabe como é a ginastica de mudar de página e ficar abaixando e subindo um texto pela internet. A ideia de comentar a cada texto como um blog eletrônico e por último, as imagens que se pode ampliar ao clicar fecham o pacote com perfeição. Agora vamos ao que interessa, o conteúdo do livro. Apesar do autor nas primeiras páginas fazer questão de deixar claro que o texto todo deve ser tratado ficcional, informando que o autor tomou apenas alguns lados da história, do povo, da imagem que formou no pouco período que passou lá, por outro lado o autor teve uma ótima iniciativa ao gastar algumas páginas contextualizando o leitor do complexo sistema financeiro e sobre como uma i

Douglas Adamas - Guia dos Macmaníacos das Galaxias

Recentemente eu descobri algumas regras que regem nossa reação para tecnologias: - Qualquer coisa que já estava no mundo quando você nasceu é normal, ordinário e é apenas uma parte natural do mundo e da forma como as coisas funcionam; - Qualquer coisa inventada enquanto você está entre quinze e trinta anos de idade é novo, excitante e você provavelmente poderia fazer uma carreira sobre isto; - Qualquer coisa inventada depois que você tem trinta e cinco anos é contra a ordem natural das coisas; Douglas Adams foi fã e a geração responsável pela continuação do humor da famosa trupe de humor Mont Python. Foi a paixão pelo humor desta trupe que ele se engajou em escrever sua radio novela que o tornaria famoso: O Guia do Mochileiro das Galaxias, sendo reescrita e reapresentada, em diversos formatos, por toda sua vida, que culminou com o filme da Disney de mesmo nome. Inglês, poderia ser chamado de um homem de um só sucesso, não fosse a torrência com que esta sua novela gerou história

Esquenta Encontro Internacional do RPG

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O EIRPG, acontecerá nos dias 11, 12, 13 e 14 de Julho, como parte de um evento de outro mundo, que não poderia acontecer em outro lugar que não fosse no Campo de Marte. Um espaço que se transformará num gigantesco ponto de encontro, onde estarão reunidos fãs dos maiores eventos “Nerds” do país: o EIRPG, a Anime Friends, a Brasil Comic Con e o São Paulo Game Show. É um retorno, mas também um novo ponto de partida, um reencontro dos mestres e jogadores que ainda estão por ai e os novos que virão. Será um espaço diferente, dentro do evento gigantesco que é a Anime Friends, com uma dinâmica diferente, dezenas de novas atividades e novidades. E certamente que não é somente um encontro de RPG, são dezenas de opções de diversão para você que gosta de cards, de jogos de tabuleiro, quadrinhos, ficção e fantasia, séries de TV e até de K-Pop ou K-Rock. Pode ser que você nunca tenha jogado RPG, tenha começado agora ou esteja conosco durante esses 20 anos desde o 1° Encontro I

Conto: O Choro

Ele amaldiçoava a maldita cidade todos os dias que entrava pela porta do seu apartamento. Vivia numa apartamento feio e mal pintado do centro, uma bocada chamada de Boca do Inferno, próximo ao elevado costa e silva, o minhocão da cidade. Seu apartamento só era mais bonito que o prédio onde vivia, sujo, escuro, mal localizado e com vizinhos piores, mas era o que podia pagar com seu emprego de merda. Carlos pulou de emprego em emprego até achar este bico provisório permanente de ½ segurança de empresa, ½ porteiro. Uniforme idiota, quente no verão, frio no inverno, de tecido duro que irritava sua nuca e as dobras dos seus braços. Mas isto era perdoável. Dava para pagar a pensão e o aluguel e não tinha que pensar muito. Com crachá entra, sem crachá não entra. Qualquer coisa diferente, era só chamar a mulher do dono na recepção para ela atender e dar conta. Carlos só odiava uma coisa mais que seu maldito apartamento e esta era esta cidade putrefata, na qual trabalhava e vivia. Uma São P

Crônica, Divagações sobre o nada...

No texto de 6 de março de 2011 (sim, este texto é antigo), de Luis Fernando Veríssimo, no jornal O Estado de São Paulo, o grande cronista entrecorta sua visão da premiação do Oscar com algumas descobertas pessoais, e estas me impressionaram muito. Trata-se realmente de questionar o ”status quo” das coisas. Exemplifico: Veríssimo fala que a revelação da vida de Millor, segundo o próprio, foi o lápis número 1, afinal, se todas as escolas do planeta pedem para o material escolar lápis número 2, deve haver um número 1, não é mesmo? Após rápida pesquisa na WEB, descobre-se o óbvio, o número é uma escala entre sua dureza e coloração escura, como este Yahoo Answers responde prontamente: Yahoo! Perguntas (Resposta) Mas o que me chamou a atenção no texto foi a descoberta particular do Veríssimo, uma descoberta em duas parte, a de que nos Estados Unidos, local onde foi em sua infância, pelos seus 10 anos, provavelmente fugindo da ditadura brasileira, ele descobriu os quadrinhos a cores, cois

Resenha: Branca dos Mortos e os Sete Zumbis

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Fabio Yabu é roteirista, escritor, produtor. Ele desenvolveu seus quadrinhos paródias dos Power Rangers, e a história ficou tão rica, e tão carismática, que ganhou vida própria, mantendo certa relação com o mundo dos heróis nipo-norte-americanos, mas ainda assim, com o toque brasileiro e o carisma que poucos podem imbuir numa história. Depois, ao final de sua saga nos quadrinhos (que retomou este ano através de um financiamento coletivo), ele desenvolveu livros e histórias infantis das Princesas do Mar, que virou um desenho animado na TV Cultura, e que foi além, para mais de 100 países, através do Discovery Kids. Sua história já estaria completa aí, mas ele foi além. Ao final de 2012, com toda aquela história do apocalipse Maia, e fim do mundo, que inspirou alguns filmes entre ruins e "sessão da tarde", como o filme homônimo "2012", um grupo de produção de conteúdo chamado Jovem Nerd decidiu desenvolver ainda além daquilo que a mídia abraçou como "mais um

Dia das mães

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Me lembro das vezes que deixei minha mãe orgulhosa menos do que das vezes que a deixei triste. Me lembro de cada vez que a fiz chorar, e o misto de emoções, entre raiva e tristeza pelo fato que isto me causava. Lembro de discussões homéricas que tivemos, de coisas horríveis que já lhe disse, sem nunca ter ouvido o mesmo em retorno. Lembro dos dias tristes, pois eles me ensinaram muito. As vezes que fiz minha mãe feliz, ela estava feliz por mim, ela estava feliz que seu filho tinha ido bem na escola, tinha recebido um elogio ou tinha se destacado. Alegria de mãe nem deveria contar, quase nunca é por ela mesma. Mães não ficam felizes dizendo "Que bem que criei estas pragas!", elas ficam felizes quando ficamos felizes. E só. Agora a cada vez que fiz minha mãe chorar, cada vez que minha mãe tentava desesperada me mostrar que eu estava na direção errada, e buscava falar, gritar, gesticular, ameaçar, na busca vã de me fazer compreender, eu me lembro de como a deixei triste,

Overthinking: Os 10 mandamentos da informática

Os profissionais da informática não possuem um conselho, como têm as engenharias, arquitetura, administração e principalmente, o direito, onde sem a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), um bacharel de direito não se torna advogado, mas possui um Instituto que por hora, cria procedimentos e sugere posturas, como forma de proteger o mercado de maus profissionais. São estes mandamentos: 01) Você não deverá usar o computador para produzir danos a outra pessoa; 02) Você não deve interferir no trabalho de computação de outra pessoa; 03) Você não deve interferir nos arquivos de outra pessoa; 04) Você não deve usar o computador para roubar; 05) Você não deve usar o computador para dar falso testemunho; 06) Você não deve usar software pirateado; 07) Você não deverá usar recursos de computadores de outras pessoas; 08) Você não deverá se aproprias do trabalho intelectual de outra pessoa; 09) Você DEVERÁ refletir sobre as consequências sociais do que escreve; 10) Você DEVERÁ

Overthinking: Filosofia & Matemática

A matemática e a filosofia são ciências irmãs, destas que andavam de vestidinhos iguais como gêmeas de filmes de terror, mas que em algum momento brigaram entre si e foram obrigadas pela madrasta, o MEC, a sentarem-se em bancos separados. Se hoje é difícil compreender aqueles que elejam as puras por ser considerado predestinado a serem professores, ou ainda, matérias inúteis ou pouco práticas, um dia elas foram indissociáveis. No passado os grandes pensadores, Aristóteles de Estagira , Platão de Atenas , Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia eram pensadores, tri-atletas, astrônomos e donos de bibliotecas sem preços e precedentes à sua era, e ainda que parecesse pouco o conhecimento para seus estudos para sua época, muito eles descobriam e escreviam, para que as gerações futuras pudessem estudar melhor suas conclusões, ou seja, se não havia internet, tão pouco máquinas de escrever ou impressoras, os livros eram impressos e finamente trabalhados à mão, um a um. E como eles conse

Crônica: Confissões embaraçosas

Originalmente publicado em 1° de março de 2010. Eu gosto de ser considerado um cara elegante. Uso ternos sempre que a temperatura está amena, uso roupas de desenho e busco me espelhar em pessoas que considero (uma opinião tanto minha quanto do guia de estilo da VIP). Frequentemente as pessoas do serviço se referem assim a mim, como uma pessoa elegante. Hoje foi um destes dias que eu estava na entrada da RS Engenharia, de costas para a porta, e o estagiário passa por mim e me elogia, ”é Emanuel, sempre elegante, hein?”. Eu sei, puxa saco e erva daninha o mundo tá cheio, mas deixa eu aproveitar, já fui estagiário, agora não sou e quero meus privilégios. Pois bem, com esse meu tesão pela elegância, podem imaginar como se senti, às 8 da manhã, ao sair do carro ouvir o ruído característico de tecido se rompendo e saber, instintivamente, que meu cós havia aberto. Do centro do cinto da parte de trás da calça, ao meio exato do cavalo, onde uma custura do cós sustentou, como um dique, a r

Resenha: Como fazer amigos e influenciar pessoas

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Por definição eu sou contra livros de auto-ajuda, audiobooks e outras formas que sempre considerei caça-níquéis, livros lançados à revelia, se um em cada 10 der dinheiro, bom para a editora, paga o custo dos outros 9, quando os 10 são lançados em pequenos lotes e num valor inicialmente mais elevado. Então, um grande amigo, Jefferson Gobetti, me presenteou com uma cópia do audiobook Fazer amigos & Influenciar Pessoas e eu fui obrigado a engolir todos meus preconceitos sobre estas formas de comunicação, primeiramente por que o formato do audiobook me permitiu ler com uma atenção redobrada, do que pensei ser possível. Nos meus trajetos de metrô e trem, eu venho ouvindo estes audiobooks ao mesmo tempo que mantenho um bloco em mãos, um pitilé da série MacManíacos, onde anoto os pontos chaves e gravo à ferro e fogo em minha mente. Segundo, além do formato que me permitiu ouvir e re-ouvir o livro nos últimos dias, o conteúdo deste exemplar particularmente é excelente. Primeiro por sua

Resenha: Verónika Decide Morrer, o Filme

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• Direção: Emily Young • Roteiro: Paulo Coelho (livro), Larry Gross (roteiro), Roberta Hanley (roteiro) • Gênero: Drama • Origem: Estados Unidos • Duração: 103 minutos • Tipo: Longa-metragem Acho que para muitos não será surpresa me lerem dizendo que o filme ”Verónika Decide Morrer” foi uma decepção, mas será pelos motivos errados. O filme não apenas não faz justiça ao livro como na verdade sobra muito pouco de sua história original, parecendo que o filme foi apenas muito levemente baseado na história original. Um observador menos interessado poderia dizer que isso é apenas uma sensação decorrente da mudança de cenário: a obra impressa se passa na Eslovênia e a obra cinematográfica ocorre em Nova York. Há também as mudanças nos nomes, decorrentes desta mudança, mas a verdade é que estas mudanças não pararam por aí. Não apenas a experiente Zedka deu lugar a uma vazia e inexpressiva Claire, ou o Dr. Igor que se torna o apático Dr. Blake, mas tudo que dava liga a história, a v

Verónika decide morrer

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Pois é, alguns vão dizer que meu gosto literário já foi melhor, ou pior. Cada cabeça, uma sentença. Seja como for, sou obrigado a falar bem desta obra do Paulo Coelho, obra esta, que curiosamente, eu já a havia lido em 2001 ou 2002 quando o autor abriu todas suas obras, na internet, em PDF, por um período de tempo. Eu estava descobrindo os e-readers e acabara de baixar o PDF para PalmOS, assim que baixei esse, e uns outros dois para leitura. Na época, a leitura foi sem grande interesse, o aparelho e a forma me fascinavam tanto, que mal me lembrava da história, para ser honesto. Ano passado, nas promoções do site da Cinemark, fomos agraciados com um iPod Shuffle e um livro do Paulo Coelho, obvio, a promoção não era outra que do filme baseado na obra, e eu, modestamente, ganhei! O iPod foi para minha esposa e o livro vagou pela casa, até eu decidir dar mais uma chance para ele. Devo confessar, sou tarado por livros bem encadernados, a história pode ser até ruim, se o livro for fisica

Resenha: Anime RPG

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Anime RPG, um jogo ambienta nos quadrinhos japoneses, totalmente distribuído em bancas, buscando alcançar todo tipo de leitor, seja ele um leitor de RPG que tem pouco acesso à livrarias especializadas, seja leitor de mangá, gênero que cresceu em progressão geométrica nos últimos anos e, claro, atestar que o jogo é bom.   O Anime RPG inova, mesmo dentro do novo mercado de RPG, duas vezes: a primeira é por ser o primeiro livro neste meio escrito por uma mulher, Luciana Bacci, junto com Marcelo Del Debbio e, por segundo, ao trazer um livro todo diagramado nos moldes dos quadrinhos japoneses. Cada página possui uma ilustração de um anime ou mangá diferente e esta ilustração foi mantida no mesmo enquadramento da revista em quadrinhos de onde veio, de forma que o livro todo lembra uma grande história em quadrinhos. Some isto à um maravilhoso conto de abertura, belas ilustrações e um ótimo sistema de regras, simples, intuitivo e lógico e temos um d

May the 4th be with you

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Hoje é dia do Star Wars. Hoje é dia de pegar aquela coleção de DVD's, com seus seis filmes de Star Wars e assistir tudo. Em seguida.

Overthinking Iron Man 3

De volta com a coluna que nasceu neste blog, Overthinking Iron Man 3 busca justamente colocar no papel, todas minhas divagações e viagens sobre o filme, o herói e a trilogia. Este texto terá spoilers, então, não leia se não quiser saber o roteiro. Eu já adianto, eu adorei o filme e sou altamente suspeito para falar sobre ele. Então, só pule para o próximo parágrafo, se quiser saber minhas opiniões sobre o filme. O filme começa nos mostrando um Tony Stark obcecado por sua paixão, construir armaduras, e também mostrando sua paranóia pela descoberta de alienígenas, deuses e outras dimensões. Tony começa o filme construindo sua armadura mais recente, a Mark 42, capaz de se montar sob demanda, e facilitar muito a vida do nosso herói, pois nenhum outro dos Vingadores precisa de tanto tempo para se vestir como ele. Isto só, já é um detalhe muito interessante, a evolução de como Tony veste a armadura. O filme 1 nos mostra a criação da primeira armadura, a evolução dela, nos laboratórios na