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Mostrando postagens de novembro, 2013

Capítulo 2 - alianças

Ainda sem saber bem o que ocorria, a vista de sua vila se distanciando na mesma proporção que aumentavam as nuvens de fumaça negra que subiam dela. Incligan olhou ao redor, desolado. Ele acabara de deixar seu mestre, e tudo que ele conhecia como vida para trás. Ao seu redor estavam mulheres, crianças e jovens. - não acredito que pude deixar meu mestre para trás! - pensou em voz alta. - como? Respondeu alguém que parecia ainda mais distraído que ele ao seu lado. Era jovem, mas pouco mais jovem que o próprio Incligan. E forte. - desculpe, estava apenas pensando alto. Você tem alguma ideia do que esta acontecendo? - nenhuma, meu pai apenas mandou eu correr pegar um dos barcos quando soube da invasão... Ele até me deu sua espada.  - também não tenho ideia do que seja. Mas não gosto disso. Para onde esta indo? - meu pai pediu para esperar por ele no próximo porto dois dias. - e depois disso? - depois disso, se ele não aparecer, ele me pediu para vingá-lo. - sabe o que é e

Capítulo 1 - Na igreja de Varsellas

Quando o cavaleiro semi-morto caiu sob o arco da cidade, as mais velhas já tiveram certeza de que era um mal presságio, mas quando o corpo morto deste cavaleiro saiu trotando pelas portas do próprio templo, duas delas morreram do coração ali mesmo. Pelo meio da tarde mais perfeita do mundo, Mestre Septimus caminhava com seu aprendiz ao seu lado, enquanto filosofavam sobre a vida, foi quando um dos soldados, Drollas ou Dagger, se aproximaram gritando: "Abram passagem, abram passagem, homem ferido!". Septimus voltou seu rosto ao pobre homem, um camponês das fazendas ao norte. Com feios cortes, mordidas de animais talvez, em torno do pescoço e punhos. "Esse lutou bem", pensou o clérigo. "O encontramos sob o arco dos muros, Sacerdote", se dirigiam ao Mestre Septimos, "ele estava muito ferido e disse que a guerra vem em nossa direção, que é para fugirmos". O mestre olhou bem nos olhos do ferido, e disse ao soldado que fechassem os portões, por pre

Prólogo - A invasão

A gigantesca bola de fogo caiu com precisão matemática sobre uma casa de barro e teto de palha, que imediatamente explodiu em chamas que contagiaram os vizinhos. As tropas corriam trôpegas com escadas para apagar o fogo e água da fonte da praça. Roster passou a mão pela testa, que saiu úmida de suor e suja de fuligem. Drollas gritava com ele, ele havia parado de novo. Congelado vendo a cidade em chamas, sua cidade... A cidade de Varsellas era tão pequena que cabia todinha dentro de uma murada, isto é, ao menos sua parte central, deixando as fazendas ao seu redor expostas. Era uma cidade quase paradisíaca, na costa do litoral, com uma pequena serra ao fundo, e uma estrada que a margeava, ligando o norte ao sul. O clima ajudava também, uma cidade portuária que era uma eterna primavera, abençoada pela região sub-tropical e pelos ventos dos mares, tão apropriados para a frota comercial de Varsellas, orgulho de cada cidadão. No apuador, os construtores dos melhores navios do reino, ou a