Literótopo

Faz um tempo que minha esposa me fala. Pára de colocar tanto post sobre as impressoras 3D no seu twitter. Pára de usar suas coisas para trabalho! Pára de trazer trabalho para casa. E ela tem razão, claro, e não apenas pelo rolo de macarrão que ela empunha, mas minha vida virou uma cama de gato (alguém ainda lembra o que é uma cama de gato?). A coisa anda tão maluca, que não há em casa um só device que não tenha alguma coisa da empresa, desde os velhos Palm's, há muito engavetados, o iPad, os telefones, tanto o comercial quanto o pessoal, tudo. A gente busca separar nossas vidas profissionais e pessoais, mas quando alguém precisa falar com você e não te acha num número, simplesmente pula para o outro e te liga. Os emails são uma outra maldição, a gota d'água foi receber uma mensagem comercial com meu email pessoal em cópia, caso eu não pudesse ver na outra conta... Mas tem dias que eu preciso me separar do trabalho. Quando quero escrever meus livros, não quero emails do

Em Rotas de Fuga, Emanuel Campos aborda um cotidiano opressor ao longo de seus contos, retratando os pesares e as mazelas da vida. Um metrô lotado na vida de uma mulher com cinco crianças, sentir-se um peça insignificante em meio aos cubículos do escritório, a reclusão trazida pela velhice, a violência, criminalidade e injustiças de uma sociedade de consumo em velocidade frenética. Mas o autor ainda reserva espaço para um pouco de humor negro e as sutilezas da vida, nos contos e fantasias Carochinhas Modernas, A Visita que veio do Céu e Dizem por aí. São todos textos antigos, que antes jaziam dispersos entre diversas colaborações de Emanuel Campos, sites de literatura como Simplicíssimo e O Pulso, seus antigos blogs e contribuições diversas. Assim como muitos dos sites e blogs antigos, a rebeldia adolescente já admoestado pelo tempo, mas os textos ficaram, e alguns, ficaram bastante bons. Esse livro ficou em 4° lugar no concurso Clube de Autores de 2013! Aproveite e

A seguinte aventura deve ser lida pelo mestre de jogo apenas. Os jogadores criarão personagens que se encaixem neste cenário e irão interagir com os moradores da pequena cidade aqui descrita, buscando solucionar um crime. Caberá ao mestre interpretar os personagens da cidade, buscando não dificultar demasiado, nem facilitar demais para os jogadores, para que a aventura transcorra de forma divertida e desafiadora à todos. Os jogadores devem criar personagens que facilitem o mestre à colocá-los na história. A recomendação geral é que sejam todos policiais ou investigadores, e a aventura se passa nos Estados Unidos, no clima misto das séries Supernatural e Arquivo X, investigação do sobrenatural. Indicada para jogadores de baixos níveis, pois há pouco combate, e o único que tem não é o mais desafiador de todos.

Nunca escrevi tanto, nunca apareci tão pouco. Nos últimos meses tenho me dedicado, de corpo e alma ao meu trabalho, engenheiro de aplicações da Stratasys, mas também tenho escrito, escrito, escrito, todos os dias, em todos os lugares, mas esse trabalho simplesmente parece não surgir. Tenho revisado o livro sobre Palm - uma biografia não oficial, o livro sobre Impressoras 3D, apesar de ser mantido à venda, ainda está sendo desenvolvido, em constante atualização. Tenho um livro de contos em desenvolvimento, desde outubro do ano passado. E os livros de RPG...  O meu sistema de RPG que foi inventado por mim, o KISS RPG, já entrou em vendas, mandei para avaliação da NerdBooks, sem nenhuma resposta (e eles nunca prometeram uma, verdade seja dita), e eu tirei ele do ar, até redescobrí-lo à venda no Google Play Books, e com vendas! Resultado, a venda, mesmo com críticas ruins (ou não tão boas), me fez republicar o livro, criar uma aventura para o sistema (na verdade, uma aventura compa

Quem sempre valorizou a indústria brasileira, em palestras e artigos, como eu, pode cometer o erro que eu cometi: filho dos cursos técnicos e graduações mecânicas, acabo esquecendo indústria não é somente aquela que contém máquinas pesadas, graxa e sujeira.  Em visita ao ateliê do designer Pedro Lorenço, fui lembrado que existem milhares de outras indústrias, além da minha vã filosofia. Quando fui avisado que faria a visita a este cliente, imaginei aqueles cenários de novelas e filmes, um ateliê com carpete de madeira, roupas penduradas pelas paredes e cortes e peças bizarras, de passarelas, com modelos nuas andando para cima e para baixo. E apesar de abundar em preconceitos, o lugar era tudo isso que eu imaginava, e muito mais. Logo ao chegar ao aconchegante edifício na rua dos Cariris, em Pinheiros, fui surpreendido pelo número de funcionários no local, os quatro carros da empresa no estacionamento da empresa. O volume incrível de tecidos que entra e sai do edifício. E concluí que to

RPG significa Role Playing-Game, ou Jogo de Interpretação de Papéis. A expressão Role play já é usado em teatros e cinema, por atores, para descreverem seu desempenho, mas o jogo significa um pouco mais que isso, pois além da interpretação, também requer regras, para definir o sucesso de cada ação. Sempre que me perguntam, mas afinal, o que é o RPG, eu respondo com uma comparação que aprendi do gerente de publicações da Devir Livraria. RPG é como brincar de polícia ou ladrão, para os meninos, ou de casinha, para as meninas. No caso da brincadeira dos meninos, Polícia e Ladrão, sempre há um impasse no jogo que surge, mais cedo ou mais tarde, se a criança que é, ou o policial ou o bandido, acertou seu "tiro" ou não. As crianças costumam discutir: - Acertei! - Não, pegou de raspão, eu acertei você! - Nada disso, eu atirei primeiro! Geralmente isso acabava em briga real entre as crianças. A interpretação do RPG é quase a mesma. Você finge ser um personagem que você cria. Pode

Atenção. Contém spoilers. Leia por sua conta e risco, preferencialmente somente depois de ver o filme. O filme os 47 Ronins com o famoso “Neo Anderson”, vulgo, Keanu Reeves, é um filme de ação fantástica ambientando no Japão feudal. A história transcorre sobre um nobre e honrado senhor feudal que é traído para parecer inferior diante do imperador, em uma importante competição que ocorre entre todos os territórios do imperador e seus senhores feudais.  Desonrado, o senhor feudal é obrigado a cometer suicídio, para lavar sua honra e seu nome, deixando sua filha para ser casada com o autor da tramoia e seus samurais, sem um senhor, fazendo-os assim, Ronins. Então a história realmente começa, com a organização destes Ronins com uma missão, buscar justamente aquilo que o imperador os impediu, vingança contra o seu senhor, crime que é punível pela morte.  O filme, deslumbrante em imagens e paisagens, também consegue três facetas incríveis: tornar a estrela dos cartazes, Keanu Re

the green book, por elizabeth rogers & thomas Kostigen. eu estava em curitiba há dois anos atrás, e vagando entre um cliente e outro, tive um cancelamento que me renderia eternas três horas na rua, sem uma base fixa para voltar e esperar dar a hora da visita. é muito ruim estar em visita em outras cidades, pois o tempo não passa quando se está com tempo. não há onde ancorar. felizmente, em curitiba, eu achei uma opção, um sebo excelente no centro histórico, e lá, vagando, achei esse livro. quem me conhece, sabe que busco ser mais amigável do meio ambiente. ainda não abraço arvores nem vou à protestos contra desmatamento, mas tento viver de forma a minimizar minhas pegadas ambientas, sobre tudo, por que é mais barato viver assim...  e foi justamente por pensar como eu, que esse livro ganhou um espaço na minha estante, permamente, um livro, que a cada capítulo tem artistas contando sobre suas próprias vidas e sustentabilidade, intercala com lições tão banais e simpl