Começando a escrever...
Eu escrevo já antes de ser um leitor, e tenho vívido na memória o dia que escrevi algo que tivesse relevância. Foi entre a primeira e a quarta série, acho que foi na primeira série. A professora Ana-algo, não lembro, pediu para fazermos uma redação sobre um desenho, um menino vestido de astronauta e um jacaré, na lua, com uma bandeira. Não tenho a mínima idéia do que escrevi, mas lembro de ter lido na frente da sala meu texto, e que minha mãe perguntou vária vezes se o texto era meu mesmo. Quando crianças, nós sabemos se alguma coisa que fizemos ficou boa mesmo, pelo número de vezes que nossos pais perguntam: "Mas foi você mesmo que fez?".
A redação deve ter ficado boa. Depois nesta mesma escola, eu fiz outra vez, numa aula sobre poesia eu escrevi um verso "trânsito, transitar, intransitável", e lá fui eu para frente da sala de novo. Desta vez eu não acertei muito não, a professora pediu desculpas meio sem graça, falando que ela tinha gostado mesmo era do meu uso deste verso. Mas vá lá, o orgulho já estava inflado e meus coleguinhas queriam matar ao CDF (no meu tempo não tinha isso de nerd).
Depois disso, um consenso que eu era escritor se instaurou e eu mantive, meio que dando de ombros, mas com orgulhinho. Minha nota mais baixa entre vestibulinhos e vestibulares, para redações foi 8. Nenhum na USP ou PUC por que não prestei nestas faculdades. Até prestei a USP, duas vezes, mas não passei e assim, não cheguei na fase das redações.
A primeira vez que eu fui publicado, foi em 2000, na seção de cartas dos jornais. O extinto Jornal da Tarde me publicaria 4 vezes na seção de cartas. Reclamando do metrô. Em 2001 um artigo meu sobre impressoras 3D ficou no site do Automotive Business e de uma revista do setor CADware por toda uma semana. E eu me lambia com isso. Em 2004 uma matéria minha, em duas partes, foi publicada na revista extinta WEB Mobile. E uma micro-análise de celulares em 2005 na revista Windows Vista Oficial.
Claro de desde 1999 eu já mantinha um blog, no IG, o velho lec.blig.ig.com.br, um endereço terrível de longo, mas que chegou a ter 1000 leitores por três meses seguidos. E aí estraguei tudo mudando de tema e de leiaute e de idéias o tempo todo, como faço sempre. Mas o blog durou até 2001, ou 2002, acho. Em 2001 eu ainda seria "eleito" editor do site do Beto Hora, que apresenta na bandeirantes AM o programa "Na Geral". Na época o programa ficava na rádio Brasil 2000 (ela ainda existe? Acho que não, como morrem mos meios de comunicação), e eu escrevia para o site e cobrava o texto dos outros colunistas, como Marcos Claudino, Moacyr Moreira e do Mauro Beting (sim, aquele). Eu não recebia nada pelo trabalho, mas podia ir na rádio acompanhar os programas, o que fiz até eles irem para a Band, por uns dois meses.
Meu primeiro texto remunerado veio como colunista do site PDApersonal.com, onde também fui instrutor particular de aulas de dispositivos móveis. Ganhei 10 reais por coluna, por 6 colunas, ou por seis semanas. Aí a crise alcançou o setor e eu fiquei só nas aulas mesmo. Quando eu parei de receber, tive ainda mais uma publicação patrocinada. Querendo me manter escrevendo, para não enferrujar, eu criei um jornal em PDF que eu distribuía por semana, ou quinzenalmente. Várias colegas do serviço e de fora contribuíam e o jornal gerou um spin-off, muito antes de eu conhecer o termo. Um caderno só sobre tecnologias, e o meu chefe na época me pagou 100 reais para patrocinar uma edição.
Foi a última vez que eu recebi para escrever, mas de lá para cá, eu sempre tenho escrito de qualquer forma. Sem ter a obrigação da escrita, acho que flui melhor até. Nos tempos da correria e loucura, Deus sabe quantos Pascuales eu matei com meus erros de português. Hoje tudo tem corretor. Tem até caneta que te informa se você escreveu errado no caderno!
Mas eu estaria sendo mentiroso se eu dissesse que não recebo nada, nada, quando escrevo hoje em dia. Desde que voltei com os blogs, vendi 100 reais em comissões nos meus livrinhos, lá no clube de autores, mas o maior pagamento que recebo é cada "Like/Curtir/Me Gusta/+1"que recebo de vocês. E comentários então, são como décimos terceiros que nunca tive, adiantados.
A redação deve ter ficado boa. Depois nesta mesma escola, eu fiz outra vez, numa aula sobre poesia eu escrevi um verso "trânsito, transitar, intransitável", e lá fui eu para frente da sala de novo. Desta vez eu não acertei muito não, a professora pediu desculpas meio sem graça, falando que ela tinha gostado mesmo era do meu uso deste verso. Mas vá lá, o orgulho já estava inflado e meus coleguinhas queriam matar ao CDF (no meu tempo não tinha isso de nerd).
Depois disso, um consenso que eu era escritor se instaurou e eu mantive, meio que dando de ombros, mas com orgulhinho. Minha nota mais baixa entre vestibulinhos e vestibulares, para redações foi 8. Nenhum na USP ou PUC por que não prestei nestas faculdades. Até prestei a USP, duas vezes, mas não passei e assim, não cheguei na fase das redações.
A primeira vez que eu fui publicado, foi em 2000, na seção de cartas dos jornais. O extinto Jornal da Tarde me publicaria 4 vezes na seção de cartas. Reclamando do metrô. Em 2001 um artigo meu sobre impressoras 3D ficou no site do Automotive Business e de uma revista do setor CADware por toda uma semana. E eu me lambia com isso. Em 2004 uma matéria minha, em duas partes, foi publicada na revista extinta WEB Mobile. E uma micro-análise de celulares em 2005 na revista Windows Vista Oficial.
Claro de desde 1999 eu já mantinha um blog, no IG, o velho lec.blig.ig.com.br, um endereço terrível de longo, mas que chegou a ter 1000 leitores por três meses seguidos. E aí estraguei tudo mudando de tema e de leiaute e de idéias o tempo todo, como faço sempre. Mas o blog durou até 2001, ou 2002, acho. Em 2001 eu ainda seria "eleito" editor do site do Beto Hora, que apresenta na bandeirantes AM o programa "Na Geral". Na época o programa ficava na rádio Brasil 2000 (ela ainda existe? Acho que não, como morrem mos meios de comunicação), e eu escrevia para o site e cobrava o texto dos outros colunistas, como Marcos Claudino, Moacyr Moreira e do Mauro Beting (sim, aquele). Eu não recebia nada pelo trabalho, mas podia ir na rádio acompanhar os programas, o que fiz até eles irem para a Band, por uns dois meses.
Meu primeiro texto remunerado veio como colunista do site PDApersonal.com, onde também fui instrutor particular de aulas de dispositivos móveis. Ganhei 10 reais por coluna, por 6 colunas, ou por seis semanas. Aí a crise alcançou o setor e eu fiquei só nas aulas mesmo. Quando eu parei de receber, tive ainda mais uma publicação patrocinada. Querendo me manter escrevendo, para não enferrujar, eu criei um jornal em PDF que eu distribuía por semana, ou quinzenalmente. Várias colegas do serviço e de fora contribuíam e o jornal gerou um spin-off, muito antes de eu conhecer o termo. Um caderno só sobre tecnologias, e o meu chefe na época me pagou 100 reais para patrocinar uma edição.
Foi a última vez que eu recebi para escrever, mas de lá para cá, eu sempre tenho escrito de qualquer forma. Sem ter a obrigação da escrita, acho que flui melhor até. Nos tempos da correria e loucura, Deus sabe quantos Pascuales eu matei com meus erros de português. Hoje tudo tem corretor. Tem até caneta que te informa se você escreveu errado no caderno!
Mas eu estaria sendo mentiroso se eu dissesse que não recebo nada, nada, quando escrevo hoje em dia. Desde que voltei com os blogs, vendi 100 reais em comissões nos meus livrinhos, lá no clube de autores, mas o maior pagamento que recebo é cada "Like/Curtir/Me Gusta/+1"que recebo de vocês. E comentários então, são como décimos terceiros que nunca tive, adiantados.
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