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Mostrando postagens de novembro, 2014

Quadrinhos nacionais

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Tenho lido muitos quadrinhos japoneses, como os leitores atentos desse blog devem ter reparado pelos reviews que escrevo. A qualidade das histórias é tão impressionante como o talento de cada um dos artistas japoneses que tenho lido, mas cada vez que vou às bancas, olho por alto todos os quadrinhos ali à venda, e me lembro com saudades, de um tempo que houve quadrinhos brasileiros perfilados lado a lado com as histórias estrangeiras. Por isso, quando soube do Catarse.me, que um grupo de desenhistas e roteiristas de quadrinhos , brasileiros, estavam pedindo por financiamento para uma obra made in Brazilis, eu não resisti à financiar. Já falei por aqui sobre minha crença em um "Círculo Virtuoso", onde a demanda gera talentos, que geram demanda, que geram novos talentos. Sejam produtos , livros, jogos de computador ou histórias em quadrinhos , ter algo brasileiro no meio daquilo tudo é bom apenas para nós mesmos. Num país que depende tanto de indústria internacional e que

Resenha: Tom Sawyer

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Uma obra leve, inspirada no clássico de Mark Twain, nesta obra, ao invés das crianças do Mississipi, a jovem Haru vai a uma cidade pequena do interior do Japão, para o velório de sua mãe. Em pleno verão, sem emprego e questionando sua universidade, ela vai ficando na cidade, onde conhece Taru e seus amigos, crianças que ao invés de repelirem os adultos, como se espera, acabam acolhendo Haru em sua pequena sociedade, por ser "filha da bruxa", e fazem de sua velha casa, um abrigo e um QG para o verão. Dentre suas aventuras, eles testemunham um crime, ficam ilhados quando seu bote afunda e descobrem um tesouro. Um verão, como todos os seres humanos soam poder ter um, que marca um momento especial, pelo fim da infância, aquele último verão, mas que será lembrado por toda uma vida. Apesar da inspiração e dos mesmos pontos de referência, que unem as duas obras, Tom Sawyer de Takahashi tem sua própria personalidade, com personagens principais profundos, complexos, ricos em tre

Crônica: Encontros de ocasião...

Hoje me ocorreu algo engraçado, algo que pensei em dar de ombros, mas a bem da verdade, dá uma crônica melhor que uma cisma! Para começar do começo, na biblioteca da minha faculdade há uma moça muito simpática, sorridente e que, sei que me reconhece na multidão, pois eu lhe sorrio e ela me sorri, quando nos olhamos nos olhos. Até ai nada demais, todos buscamos sinais de que somos reconhecidos ou bem vindos, não? Ainda outro dia ela estava no livreiro, sendo atendida na minha frente, me reconheceu e me cumprimentou. Achei um gesto muito bacana. Mas nunca passaríamos disso se não fosse, justamente hoje. Hoje eu a encontrei no metrô, só a reconheci no momento de descer na estação da minha faculdade. Como qualquer ser humano, algumas besteiras me percorreram a cabeça, em um flash centesimal. Coisas do tipo, brincadeiras que fariam conosco, caso casássemos, visto que ambos fomos bem dotados, ao menos no tocante nariz! Com certeza diriam coisas do tipo "dois tucanos não se bicam&

Conto: Perseverança

Ele tinha ido receber seus caraminguás, sua parte pelo trabalho da última noite. Até chegou bastante eufórico para receber seu dinheiro mas a alegria acabou logo ao receber o valor, vinte e cinco reais! O dinheiro que tinha que dar para o mês todo não chegaria até a quarta feira... Sentiu-se incrivelmente desiludido, como se um balde de água fria lhe fosse jogado na cabeça. Após receber a grana ficou sentado na calçada, triste, se perguntando para que tinha virado a noite, passando dias e dias ensaiando, para ganhar vinte e cinco reais? “Ninguém merece!” Cansado de ficar sentado, resolveu voltar para casa. À pé. Queria poupar-se da cara passagem do transporte, afinal o pouco que tinha não era para distribuir. Foi para casa sentindo-se derrotado, mais até, um bobo, alguém cujo talento foi furtado, usado para entreter a troco de comida. Passou a noite pulando feito mico amestrado, passou anos e anos de dedicação devocional aos ensaios e estudos, para quê? Para no fim ter apena

Resenha: Sério Os Heróis do Olimpo

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Rico Riordan não chega a ser nenhum gênio da escrita, mas de uma forma honesta e um ritmo intenso, seus livros estão longe de serem apenas mais uma obra derivada de Harry Potter. Se no cinema a franquia ainda não decolou, o segundo filme saiu apenas recentemente, e eu honestamente não vi, as sagas nos livros têm um volume incrível. Particularmente eu não li nenhuma das muitas novelas anteriores desta obra, aliás, foi muito acaso que me trouxe até o primeiro livro, O herói perdido, desta novela em cinco, foi um bônus para um livro grátis e um livro com um dragão na capa que me apresentaram Jason Grace, Piper e Leo, e uma sensação incômoda de que já conhecia não estes heróis, mas os dos bastidores, de algum lugar. Quando Annabeth aparece, lá para a metade do livro, eu pensei que estava lendo um spin-off, uma derivação das obras de Rick Riordan, em particular do Pearcy Jackson, o ladrão de raios, este sim, um filme que vi. Conforme as obras avançavam e não terminavam, percebi que a

Prophecy - Trilogia em mangá

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Mangás têm ganhado espaço em meu coração, e proporcionalmente, ocupado cada vez mais espaço aqui em casa também. Nem tanto o traço, não é que eu seja um mangaká ou otaku, mas são as histórias, tão lindas, tão finitas, e tão valentes de nem sempre te oferecerem o final fácil. Dizem que os blockbusters e outros filmes norte-americanos são covardes por forçarem o final feliz que deixem o espectador feliz, mas não necessariamente esse final é natural, soando forçado, usando de recursos God Ex Machina para chegarem nos finais desejados.  Prophecy é uma história de um hacker, chamado de Jornal, que anuncia nas redes sociais os crimes que irá cometer, e mesmo assim, a polícia anti crimes digitais simplesmente falha em capturá-lo ou impedir seus crimes. Prophecty também é uma crítica às sociedades que oprimem os cidadãos, principalmente os marginalizados, para força-los a trabalhar cada vez mais, por menos. E o que pode acontecer quando um, dentre estes se levanta contra o sistema.