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Mostrando postagens de junho, 2013

Índice de junho - Meio ano de textos!

Não foi fácil chegar à esta marca. Não foi fácil atingir meio ano de textos, diários, ininterruptos, por 6 meses completos. Mas chegamos lá. Tive que recorrer à velhas publicações do Paroles, à velhos textos ainda no ar (online, mas no ar), como no site Simplicíssimo, mas o site blog cresceu, os textos chegaram, e atingimos a marca, meio ano. Atrasados, este texto está sendo escrito em 1° de novembro, mas o importante é a meta, a luta, de 365 dias, 365 posts. Meia meta já foi, falta a outra metade. Vamos à luta... Contos: Outros encontros Um domingo qualquer Instrucciones para utilizar el inodoro  (em espanhol) Lágrimas na chuva Qualquer coincidência não é mero acaso Apenas um homem A Metamorfose (a outra) , parte 1 A Metamorfose (a outra) , parte 2 Overthinking Regras do futebol de rua Crônicas Feliz aniversário, Luiz Antonio Um consciente dormente, um inconsciente ativo Chegou meu Pocket! Eu mesmo que fiz Ode ao fetichismo Um abraço A vida não ensina, insinua Di

Crônica: Tolkien e a Corrupção

É impressionante constatar como eram pessimistas as previsões para as personagens do filme O Senhor dos anéis - a sociedade do anel, reprisado ontem na TV. Só para recordar, dos nove que partiram da terra dos elfos com o destino claro, a Terra de Mordor, dois morreram: Boromir, redimindo-se de sua corrupção da alma e Gandalf, salvando a todos de um mal inexprimível. Dois foram presos: Peregrin Tuk e Meriadok. Dos que sobraram, a sociedade  rompeu-se: Frodo e Sanwise Gangi foram para a esquerda, Aragorn, Legolas e  Gimli para a direita. Ainda que saibamos hoje como acaba, é sabido que a coisa ainda iria piorar muito antes de melhorar no decorrer dos próximos dois filmes e, para quem leu as obras ao invés de apenas vê-las na TV, sabe que mesmo depois de tudo restaurado, ainda haveriam problemas para os hobbits.  O grande mal que é foco da batalha épica do cartapácio escrito por Tolkien entre 1945 e 1970 é um só: a decadência na corrupção pelo homem e sua redenção, ainda que não de ou

Overthinking: A natureza da música

Desde os tempos mais antigos o homem busca encontrar o prazer através dos sons, o homem desenvolveu batucadas rítmicas para adorar seus deuses, então "perveteu" esta adoração e começou a falar de outras coisas, da mulher que foi embora, do cachorro que morreu atropelado, e da sogra que já vai embora, enfim, futilidades. Até os anos 50 foi ultra  romântico  cantar, no gogó já que microfones, auto-falantes e tudo o mais não havia, músicas sobre amores possíveis e impossíveis. Depois vieram quatro garotos de Liverpool, aqueles degenerados, e fizeram o mesmo, mas com guitarras e bateria, e com cabelos (quase) compridos. Foi um escândalo  para não falar do sucesso. De lá para cá o homem criou ritmos, alguns constrangedores de rever olhando para trás, quase uma paródia dos sons de hoje, mas foi o preço que pagamos pelo aprendizado: glan-rock, o metal maquiado e de salto alto do KISS, até atingirmos o POP, o som que caiu no gosto de milhões, praticamente perdeu todos

Resenha: Mark Twain, Dicas úteis para uma vida fútil

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Crônica é uma notável ferramenta, largamente utilizada por jornais e revistas semanais, pela sua habilidade de envolver o leitor em sua trama, uma vez que o mesmo é contemporâneo e conterrâneo aos eventos narradas, e não raro ironizados, pela mesma. Por exemplo, uma crônica que aborde a pequena cratera que o metrô próximo à marginal Pinheiros abriu, duas semanas atrás, hoje pode soar divertida, sagaz e de bom gosto, mas daqui a cinco anos, quando o metrô Pinheiros estiver completamente pronto e funcionando, talvez seja difícil lembrar desta segunda e pequena cratera, diante da lembrança, para sempre, da enorme cratera que o metrô causou ano passado, quase engolindo uma grua, levando uma lotação consigo e as dezenas de casas e prédios, cuja estrutura foi estremecida por este incidente. Crônicas são portanto, finitas, certo? Elas têm em teoria, validade e local para serem lidas, depois disso, ou além destas fronteiras, soa como quando um filme americano cita

Resenha: O Marketing Depois de Amanhã,

O Marketing depois de amanhã fala sobre o aparecimento de novas tecnologias e a influência que elas poderão exercer no marketing nos próximos 15 anos. O autor, Ricardo Cavallini, mostra aos profissionais de marketing essa nova realidade e como eles podem enfrentá-la. Cavallini discorre sobre a fragmentação da audiência frente às novas tecnologias e sobre novas mídias, como celulares e videogames, sem utilizar uma linguagem técnica e termos complicados. Ainda para facilitar o entendimento, as novas tecnologias foram separadas por capítulos, nos quais o autor se aprofunda na apresentação de cada uma. TV Digital e os gravadores de vídeo digitais, advergaming, mobile marketing, RFID, novos displays e computação ubíqua, são exemplos de assuntos que Cavallini aborda em seu livro. Também há um capítulo sobre privacidade, assunto tão polêmico e discutido quando se trata de marketing do futuro. Enfim, O Marketing depois de amanhã é o resultado dos estudos e pesquisas

Resenha: Joy Division - New Order, Nada é mera coincidência

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Este livro aborda a trajetória de duas bandas de rock - Joy Division e New Order, destacando as formas de "ver" e "sentir" de diferentes grupos e gerações de fãs. Em comum e como ponto de partida apenas a mesma origem de ambas. Ironicamente, o New Order nasceu após a trágica morte do vocalista e letrista do Joy Division, Ian Curtis, em 1980. Revelações fantásticas para aqueles que só pegaram o fim do movimento musical, ou se inteiraram dele por meio de documentários e músicas avulsas no rádio. Por exemplo: a banda New Order é exatamente a mesma do Joy Division, apenas trocando o vocalista, uma vez que Ian Kurtis se matou tragicamente. Andy Warhol, famoso artísita plástico era empresário e patrocinador da depressiva banda Velvet Underground? Em Joy Division / New Order. Nada é mera coincidência, a autora traça um paralelo entre os textos musicais e os contextos políticos, sociais e econômicos. Assim, quando afirma que

Resenha: Vathek

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Prefácio é a parte do livro destinada a um grande autor poder 1) apresentar o novato que se apresenta, ou 2) apresentar um grande classico do passado, usando seu prestigio diante do novo publico para influencia-los para a obra do passado. Já comprei alguns livros só por causa do prefacista e as boas referências que o mesmo fazia à obra, mas como foi minha último aquisição eu nunca fiz antes: comprar o livro exclusivamente por causa de um prefácio, ou melhor, dois prefácios, e ambos feitos pelo mesmo escritor... Vathek e a obra gótica de William Beckford, para quem não lembra o que é uma obra gótica, lembrem-se de Drácula, de Bran Stocker e Frankstein, clássicos dos gênero e cujos autores se declararam influenciados pelo autor inglês de Vathek. Do autor podemos dizer que teve vida polêmica, de paixão homossexual aos 10 anos a uma vida adulta mista entre o excêntrico e o playboy. De família abastarda, torrou sua herança construindo castelos e compr

Overthinking: Divagações sobre ficção cientifica

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Assisti recentemente a dois filmes que sempre fascinaram, não só a mim, mas a meus pais, duas franquias históricas: 007 - Cassino Royale e Missão Impossível 3 e algo que une os dois filmes é a forma "pé no chão", com que suas histórias foram construidas. Sem entrar no mérito da questão dos vilões, que de doidos megalomaníacos que queria conquistar o mundo, viravam chefões de cartéis e do mercado negro de armas/diamantes/petróleo e até, exploração da bolsa de valores. Acredito que pelos menos estes vilões evoluíram como forma de atender a anceios de um público mais maduro, menos ingênuo do que eram nossos pais, tantos nossos aqui da américa latina, cegos pelas ditaduras militares, que julgavam que o mundo, de fato, se dividia entre bons e maus e forma simplista, como também enxergavam nas evoluções tecnológicas coisas bizarras e impossíveis, e de tão impossíveis, adequadas para os filmes. Hoje, as pessoas querem que haja ordem cronológica na ação, que os vilões

Resenha: A décima segunda noite

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Grandes profissionais são aqueles que tudo que fazem, o fazem bem feito. Dizem que uma pintura ruim de Picasso vale mais que a melhor pintura de muitos, mas muitos mesmo, dos pintores modernos (eu prefiro Lichenstein, mas isso é outro assunto). Luis Fernando Veríssimo é destes grandes profissionais. Escreve em não sei quantos jornais por semana, publica um livro o que? Por bimestre? Talvez menos. Todas as coleções que resolvem publicar, ele é um dos escritores convidados. Foi assim com a coleção Pecados Capitais, onde ele escreveu o ótimo "Gula". Foi assim com a série 5 dedinhos de prosa, onde ele narra o polegar no igualmente ótimo "O opositor". Agora a série é "Releituras de Shakespeare" onde escritores convidados adaptam, para os dias de hoje, peças do teatrólogo inglês. A peça "A décima segunda noite" é uma comédia, aqui, narrada por um papagaio, que é capa do livro, sobre uma trama que reflete nos dias de hoje a

Resenha: Ponto de Impacto, Dan Brown

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A primeira vez que li Dan Brown, fiquei bestificado. As viradas do roteiro, o ritmo de thriller de cinema num livro, a leitura elevada a outro patamar, não por recurso literários, mas uma história que prendia a atenção do começo ao fim. Logo depois, gostei de ver em outro livro que não fora um golpe de sorte de Dan Brown, ele tinha um plano, era bom... A terceira vez que li Dan Brown, fiquei um pouco incomodado pela sensação de Deja-vú. Personagens com traumas de infância, reviravoltas inesperadas, chefes que eram baluartes de sabedoria revelando-se vilões. Mas o ritmo era bom e eu levava minha leitura. Agora, pela quarta vez li Dan Brown. Um livro que eu já tinha fazia tempo, que eu já havia começado a ler outras três vezes e que até estava na prateleira dos livros lidos, (que eu, na minha gula, consigo acumular vários livros por ler, antes de ir eliminando um a um. Estes livros em fila de leitura aguardam sua vez numa pratelei

Crônica: A vida não ensina, insinua...

“A vida não ensina, insinua”, já dizia H um berto G essinger (e alguém antes dele). D e fato, a vida nos ensina, mas não dá lições claras. A vida é sutil como o querer de uma mulher. A vida não ensina. Se ela fosse clara na lição, todo idoso seria sábio e os botecos mais pobres, sem sua massa de clientes. Muitos jovens, seguindo sua sabedoria, não cairiam nos mesmo erros de todas as gerações. O capitalismo já tinha sido banido, a desigualdade social enterrada e a globalização não seria sinônimo de competição mundial pelo menor salário, e sim a utópica aldeia global imaginada pelos de mente mais aberta. Imagine você um mundo sem fronteiras, sem paraíso para se viver depois, por que o paraíso seria na Terra.“Um sonhador você dirá...”  Mas a vida não ensina, ela insinua! E por estarmos tão atentos aos nossos umbigos que ignoramos as suaves lições da vida. Deixamos de ver o por do sol, a beleza do reflexo do sol no mar, ou um lindo luar estrelado, por acharmos suficiente as fotinhas e

Um abraço...

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Um abraço. Não duvide do poder, da força, que existe por trás de um abraço. Os homens, no sentido de espécime e não de gênero, necessitam do toque e, como é dito naquele filme, o que acontece é que estamos perdendo a sensação do toque. Estamos vivendo enjaulados. Mais do que por grades, por nós mesmos. Não nos permitimos chorar. Não nos permitimos sentir outros seres humanos. Somos tomados por temores sobre o que os outros vão pensar, o que vamos sentir, o que vamos fazer, são tantos medos, tantas angústias, já somadas àquelas do dia a dia que quando menos esperamos, estamos enlouquecendo, gritando com quem amamos, magoando corações que juramos amar, ferindo a nós mesmos pelas feridas que fazemos a outras pessoas. Por isso, em toda a loucura e correria que existe hoje, quando tudo parece tão impessoal e descartável, tão fast/trash/junke food, permita-se um abraço. Dê um abraço. Perca o medo. Você só tem um perigo, alegrar um coração

Conto: Apenas um homem

Socorro não estou sentindo nada, Nem frio nem calor, nem um sentimento, Nem uma emoção pequena, qualquer coisa que se sinta... Dizem, ame, e ele amou! Incondicionalmente? Sim, amou até o cachorro que lhe mordia a perna neste instante. Amou de paixão o ar,a vida,a cidade,tudo... Amou de forma completa e irracional,am ou o amor de um animal,amou sem interesse, por amar "apenas" se é que se pode dizer "apenas" de amar.. . Mas também odiou! Odiou com a força de uma tempestade. Seu ódio era avassalador. Falou grosso, cuspindo, bateu nas coisas e quebrou o que estava no meu caminho. Não pensou mais, foi a besta, foi um avatar da fúria na Terra. E odiou por pouco, por o apressarem para sair do chuveiro ou seu celular ficar fora de área quando era realmente preciso! Odiou também os excessos de ruídos, toques de celulares, buzinas irritantes como uma sinfonia de microfonias, gritos de crianças, a ciranda do trânsito,

Resenha: Shopgirl

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Steve Martin, famoso por suas produções na comédia, seu último filme, por exemplo é Pantera Cor de Rosa, produz e atua brilhantemente neste drama leve e gostoso, sem contudo, perder a graça de algumas piadasmuito bem colocadas.  A história gira sobre a sensível Mirabelle, uma garota bonita, jovem, que mostra já no início do filme um lado artístico, mas que profissionalmente é vendedora do pouco movimentado departamento de luvas de uma grande e luxuosa loja de departamentos, SAKS. Esta garota, sonhadora esta em busca de estabelecer contato. Não com um alienígena, mas com outro ser humano, um sensível, que a ame e que se deixe amar. Neste doloroso processo de amar a vida numa bela Los Angeles, muito diferente daquela vista no filme Crash, no limite, esta garota encontrará o amor em duas díspares embalagens: o roqueiro confuso e palérrimo Jeremi e pelo experiente e rico empresário Ray (nome que uma amiga da Mirabelle tornará difícil de se esquecer antes do

Resenha: Goldfish Memory

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Uma visão leve sobre os perigos e prazeres na Dublin conteporânea. Quando Clara vê seu namorado Tom beijando Isolda parte para um mundo de descobertas amorsas e corações partidos, junto com outros personagens que, a sua maneira, tentarão descobrir como ser feliz no amor.   Um filme leve, com imagens claras das belas paisagens de  Dublin   imagens que sugerem filmadoras digitais, tal a claridade, e aqueles filmes feitos para vender televisores digitais (Plasma, LCD e digitais), tal a beleza das cenas.   Filme que trata com naturalidade a diversidade sexual, justificando assim o nome que leva em português, mas que foge do tema original do filme: não a diversidade sexual, mas o dom de cura de um coração partido entre um relacionamento e outro. A peça foi muitíssimo bem musicadas pela MPB brasileira, Aguas de março interpretada por ingleses, por portugueses e outras de nossas músicas, interpretad

Qualquer coincidência não é mero acaso...

Inspirado por Engenheiros do Hawaii (e Humberto Gessinger) A música dos engenheiros do hawaii repetiam- se de forma mecânica em sua cabeça e ela já nem ouvia o rádio ha muito desligado sem perceber que o pior que poderia acontecer era o carro bater quando ela ultrapassava cento e trinta e fechava os olhos bem forte expulsando todas as lágrimas dos seus olhos inchados e escuros de maquiagem toda escorrida e borrocada, chegando à boca a lágrima imunda diante do batom escuro que pegava no dente e ela descrente que dirigia mais de cento e trinta sem pensar no que fazia, tudo por que ele não quis vê-la, ele não quis pegá-la, ela só queria um abraço, um beijo, um pedaço do seu apartamento e o concreto paira no ar como uma poesia de jean Edgard, mas ela queria mesmo é que o mundo explodisse enquanto já vencia o shopping internacional, voando pela Dutra livre da madrugada de final de semana sem samba nestas terras imundas, turbas, putas, tudo são mulheres, bocetas,

Resenha: Obrigado por fumar

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O excelente filme "Obrigado por fumar" é baseado no livro de 1994 de mesmo nome e é um filme como poucos. Para começo de conversa, cheque a programação dos cinemas de sua cidade, provavelmente este filme estará passando em poucos cinemas, justamente aqueles famosos por só passarem filmes alternativos, europeus, enfim, filmes cabeças. Sobre o filme, você irá se surpreender com a abordagem do livro sobre a arte do Lobby num país onde isso é legalizado, como um super vendedor, com o dom da fala, dialética e retórica pode lutar por qualquer coisa, até mesmo a assassina indústria do cigarro. Mas esta abordagem será sem lições de moral aos que fumam, será inteligente e, mesmo os não fumantes mais convictos não poderão deixar de lhe dar razão uma vez ao menos. A história de um grande vendedor usando seu dom para salvar a indústria do cigarro dos rótulos de veneno que um senador oportunista quer impor aos pacotes de bastonetes nicot

Noite na Taverna, Álvares de Azevedo

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Bebamos! nem um canto de saudade! Morrem na embriaguez da vida as cores! Que importam sonhos, ilusões desfeitas? Fenecem como as flores!  José Bonifácio — Silêncio! moços!! acabai com essas cantilenas horríveis! Não vedes que as mulheres dormem ébrias, macilentas como defuntos? Não sentis que o sono da embriaguez pesa negro naquelas pálpebras onde a beleza sigilou os olhares da volúpia??  (início da obra) Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo, tornou-se uma espécie de ícone de uma geração transgressora. Seu texto pequeno, dividido em sete intensos e curtos capítulos, que misturam satanismo, antropofagia, incesto, necrofilia, violência e morte. Não sem motivo se tornou um imã para todos os revoltados e rebeldes. Tenho um conhecido que só procurou o livro ao saber que o mais bêbado e arruaceiro da turma tinha esse livro como seu exemplar de cabeceira, e este meu amigo, um verdadeiro intelectual, nunca tinha o tinha lido na vida. Álvares de Azevedo teve uma vida breve,

Ode ao fetichismo

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Não sei descrever o que me fascina tanto naquele andar, aquele passo cadenciado de uma pele que parece emanar luz própria de tanto que brilha e o antagonismo daquela brancura angelical com negro, por vezes fosco, por vezes verniz, que calçava. Não sei o que me hipnotiza e toma de mim minha vontade própria e me faz ficar parado, sem ver o tempo passar enquanto aquele andar pausado não parar, ele sim, de passar por mim. E o gingar cadenciado da beirada do tecido que flutua no ar pouco acima da rótula que agora não chama mais assim, enquanto revela, passo a passo, um coxa branca e ao mesmo tempo ríja e macia, uma pele feliz. Deslizando de forma sedutora sobre a superfície lisa e perfeita daquela tez maravilhosa, tocando-a e acaricindo-a suavemente. Há também aquela sensação inexplicável de seda no olfato, ao sentir o seu perfume no ar, que é como passar a mão de leve num tecido aveludado, passar a mão bem de levinho, mas impressiona o qu

Chegou meu Pocket (meu mesmo, eu que fiz)

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Hoje, ainda no serviço, eu chequei o site dos correios e lá constava, encomenda entregue. Não posso descrever a ansiedade de chegar em casa e me encontrar com este livrinho, formado só por textos antigos, que eu já conheço alguns há mais de dez anos, e ainda assim, uma das minhas produções mais pessoais. O Pocket Book é pequeno mesmo, e suas letras grandes e poucas páginas, 83 páginas, 13 contos, fazem dele uma leitura rápida. Vulgarmente falando, uma barrigada mais longa ao banheiro e o livro está lido. Mas ficou muito bonitinho, se me permitem lamber meu filho, com foto de capa batida por mim (e editada, mas devo admitir, ficou mais escura do que eu esperava, talvez o contraste com o branco absoluto). Quem for comprando, se é que alguém vai compra-lo, deixa aqui nos comentários o que achou. Como disse para um amigão meu, não se constranjam, um "gostei" ou "não gostei" basta, e eu juro que não vou pedir satisfações...

Um incosciente ativo, um consciente dormente

Eu faço parte da Skynerd, uma rede social brasileira, idealizada por Alexandre Ottoni e Deive Pazos, os fundadores do site de informação, cultura e entretenimento Jovem Nerd. Não faço parte da rede por querer por um rótulo à mim mesmo, de nerd, termo que está tão na moda hoje e tantas pessoas se auto-denominam Nerds, quando eu fugia chorando dos meus "amiguinhos" que bradavam CDF e tinham livros grossos às mãos, mas era para baterem em mim com eles. Eu faço parte da Skynerd pelos mesmos motivos que joguei RPG's como Desafio dos Bandeirantes, Tagmar e Daemon, pelas mesmas razões que gastava meus cobres, antes num ilustre desconhecido brasileiro que em Dan Brown, chegando anos atrasado na hype do escritor norte-americano. Nada disso. Eu faço parte da Skynerd pela mesma razão que já citei aqui antes, no texto Loterias, a culpa é daquela minha veia nacionalista. Eu gosto de valorizar o produto nacional. Se não posso criar algo, ou colaborar ativamente com algo, eu ao menos