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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Show do Thrills and the Chase - Hoje!!!

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Guilherme Dilascio já estudou direito e já tentou manter uma carreira regular de trabalhar e estudar enquanto fazia música. Por fim, decidiu enfrentar a sociedade que foi rápida em julga-lo quando escolheu só a música para a sua vida. E música, você sabe, você pode passar dias tocando e compondo e ensaiando, e depois dias sem tesão para tocar, e aí, vai visitar os amigos, vai jogar conversa fora num bar, e vai virar alvo de comentários. Para nós, do grupo de RPG/Máximo de Moura Santos/Zona Norte, Guilherme DiLascio é Guilherme D2, fruto da cabeleira do cantor de mesmo nome, e além de jogarmos Vampiro à Máscara, já assisti à não sei quantas formações e bandas que ele atravessou, Virthua é uma que me lembro bem. Fomos até São Lourenço ver eles tocarem lá, em Minas Gerais, eles deram entrevista na rádio local e arrebentaram no show na cidade. Mas a coisa com a música é que o sucesso demora à vir. Chamei o D2 para trabalhar comigo, no escritório, mas durou um mês, acho. E ele canso

Canal da Mancha

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No momento em que isto estiver publicado, eu espero já ter acabado o tratamento do meu primeiro canal dentário, que saiu tão caro que tive que perguntar para a dentista se não era o Canal da Mancha que ela planejava fazer... Nunca tive nenhum cuidado especial pelos meus dentes, mas grandes como a muralha da China, tão pouco eles requerem muitos cuidados. Sem falsa modéstia, dava para limpá-los com uma vassoura. E assim, como os planos de saúde odontológica são caros e nunca cobrem tudo, deixando a nata dos tratamentos realmente necessários para se comprar avulso, eu nunca tive um plano, até ter dor de dente. Meu molar traseiro direito deve doer há mais de um ano. Mas como era uma dor administrada, eu nunca me esquentei. Doía, eu comprava uma pasta para dentes sensíveis. Voltava à doer, eu esfregava o dente com mais força. A dor passava, voltava o relaxo nos cuidados também. Até que de súbito, sem aviso prévia, a dor explodiu no meu dente, numa quarta feira. Liguei para o dentista.

Há pessoas que passam, há pessoas que ficam.

O filme mais estranho que a ficção nos faz pensar na vida como o romance de um roteirista caprichoso, onde temos pouca liberdade de escolhas. No filme, o personagem, sempre que tenta fazer algo contra a trama da história de sua vida, tem sua vida reconduzida para o ponto onde a trama está, às vezes de forma sutil, às vezes na forma de um trator destruindo suas janelas de casa. Quando mudei de horário no ginásio, passei da manhã, das 7 às 11:45 para estudar das 15:00 às 18:30 no colégio, mesmo sabendo que não apenas eu, mas toda a sala mudaria de horário, eu sabia que iria inevitavelmente caindo na sala com maior número de estranhos possíveis. Coisas da minha sorte, para o bem e para o mal, de estar sempre entre os sorteados para mudar de sala. Seja como for, ao entrar na sala 50% nova, a primeira coisa que eu fiz, foi procurar meus pares. Aqueles que fossem como eu era, ao meu ver: calados, que gostam de estudar e evitam confusão, ou como aqueles que me viam: magrelos feito pau de

Mundar é bom...

Eu prefiro ser, esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo... Eu detesto viajar. Não sou capaz de aproveitar uma viagem, por que para mim, viajar significa ficar longe de tudo que eu sei onde está e que não sei, quando, em que momento insano, minha mente terá vontade de remexer com aquilo que deixei para trás. Se não ficou claro de entender, minha mente é como os desejos de uma grávida. Dizem que os desejos insólitos das grávidas vem da mente, tentando buscar nas lembranças conscientes, aquilo que a mente inconsciente sabe que precisa para alimentar o filho. Uma mulher com súbito desejo de comer sorvete com feijão, pode estar simplesmente querendo compensar a falta de ferro e de açúcares do corpo, manifestados neste desejo raro. Minha mente criativa é igual. Eu não escolho quando quero escrever sobre um assunto ou outro. No meio de um banho, de uma partida de futebol ou admirando uma coleção de tampas de refrigerantes, de súbito, uma relação estr

Praias

Minhas lembranças da praia incluem RPG com amigos, durante a hora do sol quente, incluem futebol, que jogávamos do início do "sol bom" das tardes até a bola se tornar invisível pela noite que nos engolia e inclui as rodas de amigos nas noites e as brigas entre crianças. Incluem amigos de São Paulo sendo apresentados para os amigos da praia e se tornando, eles também, amigos entre si. E inclui o trânsito, o calor e dias e mais dias de tédio, quando era comigo que a turma brigava e eu me afastava deles. Nunca gostei de viajar. A estrada também tem um capítulo triste nas minhas memórias. Horas, horas e horas parado em trânsitos, em carros tão quentes quanto apertados. Um par de enchentes que enfrentamos, gaiola de passarinhos, de quando eu era muito jovem, dividindo o banco traseiro do veículo comigo, meus dois irmão, meus avós paternos, cobertas para um frio eventual, travesseiros e uma melancia. Bagageiros cheios, assim com a paciência entre meus irmãos e eu e todos com a es

"Muito depressivo"

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Começo a receber as primeiras críticas à compilação de meus textos da minha juventude/adolescência tardia. Textos de 98 à 2004, que coletei no livro Rotas de Fuga, e que já falei aqui. E está a venda. Você também poderá critica-lo se compra-lo! O livro está à venda há um mês, mas como estou esperando o ISBN chegar, ainda não coloquei a versão com capa preta e um texto extra à venda (edição que todos os compradores atuais irão receber, na forma de um PDF do livro), mas até lá, vamos rever o livro? "Muito depressivo", foi o comentário feito pela minha mãe. E por minha esposa. O livro é realmente depressivo. Eu estava num período onde eu trabalhava de domingo à domingo, em todos os empregos que eu estava. Era incrível, atuando no setor técnico, numa área de criação ou mera administração, eu conseguia criar trabalhos para eu mesmo realizar. Sem nunca ter cobrado (ou recebido) hora extra, em nenhuma das empresas pelas quais passei. Pensava que não era justo cobrar pelas hora

Mais estranho que a ficção

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Ok, este texto é um spoiler só. São apenas revelações da trama do filme, do começo ao fim. Você não precisa ler, mas eu, como escritor, não posso deixar de escrever. A idéia de escrever sobre esse filme dominou minha mente e não posso pensar em mais nada, até tirá-lo da minha cabeça. "Mais estranho que a ficção" é um filmão dirigido por Marc Foster com Will Ferrel, Emma Thompson, Maggie Gyllenhaal, Dustin Hoffman, Queen Latifah, Linda Hunt e Kritin Chenoweth. Se você não viu esta obra ainda , pare o que está fazendo (ou seja, lendo esta crônica) e vá ver o filme. Volte aqui depois. Ou não... No filme Will Ferrel é Harold Crick, um fiscal da receita que com vida solitária, devotado ao trabalho e estremadamente metódico. Com facilidade por números, faz disso seu passatempo, e o mundo gira ao redor de suas contagens e do seu relógio. Will Ferrel é contudo, sacado de sua rotina quando, de súbito, passa a ouvir "uma voz de mulher, com melhor vocabulário que o dele, nar

Focos ou fofocos

Comecei janeiro falando de mim como doido. E no final de janeiro, li uma coluna muito engrançadinha, que falava como o cara desenvolveu um doença bastante séria no umbigo, após passar dias e tardes escrevendo para listas de email e blogs. Cada dia que escrevia, seu umbigo crescia, e crescia de novo. Até chegar o dia que tudo que ele via era seu próprio umbigo. Então ele parou de escrever, pois ele não discutia ou aprendia mais, escrevia apenas sobre si, tinha se tornado auto-referente. Eu, que leio sinais a cada entrelinha, achei que era Deus ou o destino me dando um toque: "Você não é o Jô Soares, nem um poço de saber, se toca!". E eu me toquei. Parei de falar de mim, mas o que aconteceu? Os acessos do blog foram às duas dezenas diárias. E eu me esforcei. Fiz resenhas dos livros que estou lendo, dos que reli recentemente. Falei de ferramentas narrativas, de filmes e teatros. E os acessos numa descendente que parecia o mercado de empregos espanhol. Então eu fiz, por acaso

Gosto não se discute

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Ninguém escolhe do que vai gostar ao nascer. Ou faz esta escolha conscientemente ao crescer... É estranho pensarmos o que faz alguém gostar disso e não gostar daquilo. Quando se trata à comida, cientistas descobriram uma glândula no cérebro que nos diz o que gostamos ou não, numa combinação de aparência, experiências e cultura. Quantas vezes não gostamos de algo, até descobrirmos o que aquilo é, de fato, ou como é feito? Conheço pessoas que até hoje não comem mais salsichas após visitar uma fábrica das mesmas. Mas quando o assunto é cultural, não existe distinta glândula para nos dizer o que é saudável ou não gostarmos. Só existe o gostar. Eu, por exemplo, odeio o calor, odeio viajar, amo literatura, amo teatro, cinema e músicas. Mas dentre as coisas que eu gosto, há subgrupos que ninguém pode explicar por que gosto disso ou daquilo. Por exemplo a literatura. Eu amo ler. AMO! Mas eu nunca li os grandes clássicos. Crime e castigo, que ganhei de um amigão, num aniversário, me assom

Micro-contos

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Difícil precisar quando surgiram os micro-contos. Há quem diga que foi na França, Guatemala, há quem diga que foi na Argentina com Borges. Segundo a Wikipedia, o tema defini micro-conto (ou nanoconto) como textos muito curtos e que ainda não são, de fato, catalogados como um gênero literário, ainda. O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado pela Wiki como criador do gênero com o seguinte texto: E quando ele acordou, o dinossauro ainda estava lá. Ernest Hemingway escreveu um drama, com apenas 26 letras: Vende-se: sapatos de bebê, sem uso. No Brasil, Marcelino Freire (ele de novo), publicou uma antologia, Os cem menores contos do século, fixando o limite de letras à 50, mas sem limites para o título. Pérolas magistrais se debruçaram neste livro, da editora eraOdito. Da minha parte, um micro-conto foi a primeira coisa com ISBN minha, ou seja, minha primeira publicação oficial, por assim dizer. Foi a obra: Aquele caro peso de papel: Fotografa, grava, filma, desperta, ac

Combo Rangers

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Eu sei que dizem (a Bíblia diz) que a mão direita não saiba sobre a caridade que a mão esquerda faça. E eu não quero falar nada disso com a intenção de me gabar, e para evitar rodeios constrangedores, vou direto ao ponto: eu admiro e invejo todos com o talento e a oportunidade de viverem de seus sonhos: Alex Castro, Olivia Maia, Guilherme Di Lascio, Luiz Biajoni, Alexandre Ottoni, Deive Pazos, Ianina Zubowicz, Julio Cesar dos Santos, entre tantos outros. E eu ajudei alguns. Pessoas com uma veia artística que conseguem materializar, seja como segunda carreira, seja como carreira principal, seus sonhos de produzirem arte num país que só se importa com BigBrothers. Que escrevem onde ninguém lê e fazem música onde as pessoas baixam de graça e chamam de idiotas aqueles que (como eu) compram. E eu compro músicas, livros e revistas numa progressão perigosa para alguém com minhas dívidas e minha saúde (doença) financeira. Como diz outro ditado, "Quem não sabe fazer, ensina". E

Quando minha esposa pegou fogo

Eu acho que eu tenho histórias interessantes, com a bebedeira, com cigarros e com um dos meus melhores amigos pegando fogo na balada. Pois é. Só que não. Quando contei essa história para minha mulher, do Julio pegando fogo, ela me disse que ela teve uma experiência parecida. Fora da sala de aula, ela e as amigas foram comer bolachas. Suas amigas fumavam, ela não, mas tudo bem. Elas ficavam ao lado de uma fonte, do lado da saída da escola, e enquanto suas amigas fumava, ela devorava o pacote de doces. A cada tanto, limpando a mão no avental de professora, que ela usava no curso de magistério. Foi quando sua amiga lhe pediu para segurar seu cigarro, enquanto ela, a amiga, ia fazer qualquer outra coisa. Minha esposa, que tem o poder de concentração de um mosquito, olhou o pacote de bolachas, lembro que tinha fome e voltou a comer. Suas amigas começaram a conversar, parece que alguém tinha caído e elas se distraíram rindo disso, quando alguém comentou: "tá sentindo um cheiro de qu

Vícios 2

Eu já contei aqui como descobri as baladas e como descobri o cigarro. Faltou um dos vícios aceitos socialmente, a bebida. Minhas histórias com a bebida felizmente são engraçadas, e a maior parte das pessoas que já tiveram a chance de me ver bêbado, sabem que sou um bêbado chato/depressivo/auto-destrutivo, e riram muito de mim, isto é, comigo. Mas no geral, histórias com bebidas não têm graça e não há o que endeusar nisso. São histórias tristes que terminam ou na desgraça pessoal, com sorte, ou em desgraça coletiva com pessoas que não tiveram a menor intenção de se envolver com o bêbado. No meu caso, a bebedeira começou nas baladas. Sempre sob controle, pois a caminhada para volta para casa era longa. Não tive a sorte de ter um carro à minha disposição para baladas quando criança, e à parte pais extremadamente dedicadas, que iam me buscar e me levar sempre que podiam, eu ia e voltava para baldas de ônibus/metrô. E era muito divertido, já que ninguém da turma tinha carro para ir ou vir

Coisas do amor...

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Quando penso no meu iPod Touch, que ganhei de minha esposa, há três anos atrás, eu vejo o quão rápido as coisas envelhecem. Meu iPod, que tras gravado o primeiro SMS que enviei a minha esposa, baseado no filme que eu adoro, "So longo and thanks for all the fish", não envelheceu bem, culpa do próprio aparelho, que arranha só de olhar para ele. Além disso, seu sistema operacional, para sempre no 4.1, limita demasiado os aplicativos que rodam nele. Mas se o aparelho envelheceu mal, o mesmo não posso dizer do menú relacionamento, responsável pela frase no verso do aparelho... Aquele primeiro SMS que mandei para minha esposa... É uma frase idiota para um primeiro encontro, eu sei, quando eu a releio hoje em dia parece que eu me despedia e não que eu queria ve-la o quanto antes. De certa forma, a frase é usada para isso mesmo, ela é a despedida de todos os golfinhos da Terra, quando eles estão partindo do nosso planeta, cientes da eminente destruição da Terra para dar passagem

Baladas

Eu não sabia o que eram baladas até o segundo ano do colegial. Ingressei no colegial como terceiro lugar do vestibulinho e minha rotina de nerd ficou inalterada até então, eu acordava cedo, pegava o ônibus, ia para a escola estudar. Nada mais fácil, nada mais simples. Surpreendente eu fiz amigos no colegial, algo que eu não tinha assim, muitos, no ginásio ou primário. Darwin e um processo seletivo, chamado vestibulinho, me ajudaram a cair entre pares em estudos, eu imagino. Mas ainda assim, havia uma segunda sala, de um povo um pouco menos estudioso na opinião da direção da escola, e a solução, claro, para eles, era mover os mais CDFs da sala 1 para a sala 2. Não sei quem em sã consciência acha que colocar quatro párias sociais em outra sala iria ajudar, mas o fato é que eu e mais três pessoas mudamos de sala no ano seguinte, sem aviso prévio. Só para ficar claro como eram nossas habilidades sociais, nem sequer na sala nova, formamos um grupo. Sentamos cada um em uma ponta diferent

Vícios

É difícil falar de vícios hoje em dia. Tudo é tão condenável, tão politicamente correto. Mas eu sempre admirei o cigarro. Parte pelo ideal que ele me transmitia, aquela fleuma tão grã fina. Hoje, como diz o filme, "Obrigado por fumar", fantástico por sinal, apenas as RAVsS fumam no cinema, sim RAVs: Russos, Árabes e Vilões. Heróis não fumam. Deve ser por que ganham mal e está caro demais... Quando eu era muito criança, eu tinha dois brinquedos que eu adorava, um boneco do Dr. Octopus e um do homem aranha. Eles brigavam muito, e quando a  batalha acabava, Dr. Octopus voltava à sua base para tomar vitamina (frutas batidas com leite e Neston, na minha imaginação, eram vitaminas), e fumar um charuto.  E ele fazia anéis de fumaça. Meu vilão, para recuperar suas energias após uma batalha, ia para sua base secreta fumar charutos e tomar vitaminas. Nunca disse que fui uma criança normal... Quando minha mãe parava de fumar, ela ainda pedia para meu pai deixar acender o cigarro del

Jamais o inexistente sorriso - Olivia Maia

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Jamais o inexistente sorriso é um conto longo, um romance curto. Três dias intensos na vida do delegado Daniel. Formado em direito, delegado de plantão, surpreendido ao final de seu turno, num dia quente de verão paulistano, pela jovem frágil que entra na delegacia sem vê-los, e sem dizer uma só palavra, colapsa na frente dele, do escrivão e de um investigador. Aquela cena, aquela ação, bagunça a cabeça do jovem delegado. Há seis meses ocupa o posto de delegado de plantão, "quantos bandidos prendi até agora?", ele se pergunta quando encontra a motivação para fazer mais do que a burocracia neste caso. Ele quer arregaçar as mangas. Acompanha a jovem ao hospital, sem nome, sem documentos, sem pistas. As únicas coisas que a jovem balbucia em seus devaneios, já no hospital são: "Ela era uma moça tão bonita..." e "Nada era o que parecia ser, nada era real...". No curto e intenso texto, vemos a rotina do delegado abalada, suas convicções e sua ânsia por aju

Brickando o Wii

Não sei dizer quantas coisas eu já quebrei tentando consertar, mas eletrônicos devem ser os líderes destas minhas seleções. Instalar a ROM do Motorola ROKR E1 no E690? Já fiz, já brickei o brinquedo. Updates fatais? Fiz um ontem. Chego em casa com o Wii emprestado do meu irmão. Configuro o relógio, configuro o dia, conecto na internet e ele avisa: Você tem um novo update disponível, deseja instalar? Sim, claro! Novos joguinhos? Será? Nope... Dez minutos depois do update, o erro 003: Unauthorized Device has been detected e o Wii virou um tijolo, branco e caro. Que merda. Isso para eu aprender a não sair atualizando tudo que eu vejo pela frente? Vamos recapitular: o Twitter para meu iPod Touch funcionava, até o último update só apagá-lo, por que ele não é mais compatível com meu modelo. A versão que funcionava? Desapareceu. O mesmo aconteceu com outros tantos programas: Facebook para iPod Touch 2nd Gen, já era; Fruit Ninja, já era. Cada update e atualização, algo que deixa de funci

Poesia numa hora dessas?!

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Uma poesia não é feita com palavras. A poesia já existe, A gente s'põe as palavras em volta para ela aparecer - como as bandagens do homem invísivel, lembra? Luis Fernando Veríssimo é famoso por suas crônicas e até mesmo seus romances, em geral, curtos ou medianos. Uma escrita caracterizada pelo humor e pela leveza, a leve crítica e confissões de um tímido notório, que no papel se solta. Um livro menos famoso do autor, no entanto, é seu livro de poesias ilustradas, Poesia numa hora dessas?!, um obra visual e escrita, que por vezes a poesia precisa do apoio das ilustrações, dele também, para funcionarem à perfeição. O humor, traço marcante do escritor, também esta presente em toda sua grandeza e esplendor na sua obra: Eu queria, senhora ser o seu armário e guardar os seus tesouros como um corsário Que coisa louca: ser seu guarda-roupa! Alguma coisa sólida circunspecta e pesada nessa sua vida tão estabanada. Um amigo de le (de que madeira eu não sei), Um s

Desumano - Olivia Maia

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Desumano é uma obra de Olivia Maia. Com uma queda, acentuada, por romances policiais, em Desumano Olivia nos apresenta a uma investigação pelos olhos do principal suspeito de um crime, foragido da polícia e tentando se lembrar do que aconteceu. Desumano é uma novela policial na qual não há troca de tiros ou esquemas de corrupção entre investigadores e criminosos. Mas há a polícia - e ela está perseguindo um rapaz, suspeito de assassinar a própria mãe. Enquanto Márcio vagueia pelas ruas anônimas de São Paulo, empreende uma busca insana pela própria lucidez - para então descobrir o que é real e o que é imaginário em sua mente. Narrado em primeira pessoa, a história se torna mais angustiante, por que só temos a visão do que o personagem vê, Márcio Schäffer, filho de Cláudia. E ele vê pouco, entre sua cabeça doendo, sua amnésia passageira e sua irritação constante. Em sua fuga pela cidade de São Paulo, que passa ao mesmo tempo como um personagem secundário, pelas descrição dos ro

Operação P2 - resenha

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Quando pensamos em textos policiais, é difícil pensar em bons romances policiais no Brasil. As imagens dos programas norteamericanos e sua rica literatura, nos induzem, imediatamente, a pensar no delegado numa sala bem noir, olhando através de um vidro com persianas, uma delegacia com movimento médio. Policiais uniformizados exageradamente atenciosos e computadores de última geração, capazes de aplicar zoom infinitos em fotos, e flagrar o criminoso pelo reflexo na janela do avião que passava a 100 quilômetros do crime, fotografado pela vítima no seu último momento... CSI, Crime Scene Investigation, não fazem bem a um roteiro brasileiro de livros policiais. Nossos policiais tem uma rotina bem diferente da ficção, mais próxima de E24, onde uma viatura pega numa só noite, três, quatro casos diferentes. Um morto, um foragido, alguém com drogas, alguém sem documentos. Um caso de agressão doméstica, uma ameaça de vida. Às vezes impedem um roubo. Muitos escritores brasileiro acabam opt

Feliz aniversário, mamãe.

Minha mãe sempre foi uma lutadora. Quando criança, nasceu no interior do Paraná, criada pela avó, já que sua mãe buscava o progresso nas capitais para dar às filhas. Quando cresceu, correu para São Paulo, atrás de progresso para sí. Normalista, ganhadora de concursos de redação em sua cidade, trouxe para São Paulo sua cultura, seus valores, o troféu do dito concurso e as memórias do sobrevôo pela sua cidade, um prêmio impagável na época. Mesmo sendo de família de poucos recursos. Tendo que buscar capim gordura para o bode, rastelar o quintal da casa de madeira e terreno amplo e passar as camisas de seu avô, trouxe também sua paixão pela cultura. Amava o rádio, que só lhe era permitido ouvir enquanto passasse as camisas. Seu avô, apaixonado por música, tinha os discos emprestados para a rádio da cidade, com menos discos que ele. Da sua avó, trouxe os valores que alimentaram e mantiveram uma família grande. E deportou-se para a capital de São Paulo, onde vivia sua mãe. Seu primeiro e

Meias vermelhas & Verdades Inteiras

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Cheguei ao lançamento da semana da editora Os Viralata, um bar destes de esquina, na Vila Madalena. Muito bonito, escuro e com mesas na "sacada" que era coberta e no lado de dentro. Caro como o diabo. Na ida, liguei para toda a tropa do Paroles, meu antigo fanzine, que residia em São Paulo. Ninguém poderia. Não os culpo, eu mesmo soube de última hora, vendo posts antigos do Alex Castro no blog dele. Se o Albano Martins produziu um livro, é bom. Esta certeza cega me perseguia desde o primeiro livro do Alex Castro que eu comprei, Liberal Libertário Libertino, até os livros do próprio Albano, digo, Branco Leone, seu alter-ego blogueiro. O é algum dia da semana 20 de novembro de 2007... O lançamento desta semana era duplo ainda por cima. Olívia Maia lançava (relançava?) o seu livro policial maravilhoso, Operação P2. Marcos Donizetti lançava o seu livro, Meias Vermelhas & Verdades Inteiras. Eu tinha acabado de ler Virgínia Berlim e queria mais daquele sentimento melancólic

Suportes narrativos

Existem várias ferramentas que um autor pode lançar mão como suporte narrativo. Em geral, o maior problema das obras, maiores o quanto mais distantes estiverem da realidade cotidiana, é explicar ao leitor/espectador, o que diabos está acontecendo. Nos filmes de ficção você sempre tem aquela pessoa de origem humilde, um predestinado ou um escolhido ou ainda alguém carregado pelo mero acaso, que acabam perguntando muito no início do filme o que é isso/o que é aquilo. Conforme ele recebe explicações, "O que são mid-clórians?", pergunta o pequeno Anakin Skywalker, ele e o leitor vão aprendendo à respeito do universo criado pelo escritor. Harry Potter, por não saber que era bruxo até a data de suas aulas, teve que aprender todos os nomes e termos do meio, e assim o leitor aprendia. Na ficção científica, sempre há alguém que está explicando o que faz, para se exibir, ou por que tem um "novato" ao seu lado, para aprender, junto do expectador. O uso de aparelhos de ficção