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Mostrando postagens com o rótulo Contos

Corrupção e ironias

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Laura não nasceu na Terra, não é, portanto, terrestre, mas não é, por isso, menos humana. Os terráqueos sempre acharam que o termo humano se referiria apenas à eles, quando na verdade, pode ser traduzido de qualquer idioma, para a mesma definição que a terrestre, seja ela qual for... Laura nasceu em Kepler B612, como o chamamos aqui na Terra, ainda que lá eles chamem seu planeta como quiserem e ignoram que ele possa ter outro nome em outro lugar que não aquele que demos a ele. Aqui, se dizia na época, chama-lo de Terra 4. Capaz de sustentar vida humana, diziam, talvez até tenha sua própria vida, diziam. Laura vem de um povo que também busca por outros mundos habitáveis, eventualmente até, habitados. Uma busca conduzida por idealistas, financiados por pessoas com seus próprios interesses, é claro. Não se enganem, na Terra de Laura também há corruptos. E corruptores. Em sua cidade mesmo, todas as obras são super faturadas, terrivelmente. Inegavelmente. À menos, é claro, aos olh...

Capitão Literótopo e a fragata Décima

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Capitão Literótopo, um pirata, corsário, mercenário e um romântico inveterado, partiu sem destino com sua tripulação fiel, para cruzar os mares, com a graça de Uinen, o Senhor dos Mares Calmos. Seu objetivo era curar um coração partido, deixado um amor para tras em Xangrilá, e encher os bolsos de ouro, se a sorte estivesse à favor. Mas como nem todo dia a paz é possível, não havia se passado uma só semana de navegação, e o navio se depara com um terrível polvo gigante, também conhecido por Kraken. A batalha feroz contra a criatura faminta custou parte da vida de sua tripulação, praticamente todas as balas de seus canhões e um retorno antecipado para o porto de Xangrilá, para reparos, gastos, sem nem ter a chance de abastecer-se com alguma mercadoria para vender. Uma pena. Acompanhe essa história em: http://www.instagram.com/e2campos

Conto: Perseverança

Ele tinha ido receber seus caraminguás, sua parte pelo trabalho da última noite. Até chegou bastante eufórico para receber seu dinheiro mas a alegria acabou logo ao receber o valor, vinte e cinco reais! O dinheiro que tinha que dar para o mês todo não chegaria até a quarta feira... Sentiu-se incrivelmente desiludido, como se um balde de água fria lhe fosse jogado na cabeça. Após receber a grana ficou sentado na calçada, triste, se perguntando para que tinha virado a noite, passando dias e dias ensaiando, para ganhar vinte e cinco reais? “Ninguém merece!” Cansado de ficar sentado, resolveu voltar para casa. À pé. Queria poupar-se da cara passagem do transporte, afinal o pouco que tinha não era para distribuir. Foi para casa sentindo-se derrotado, mais até, um bobo, alguém cujo talento foi furtado, usado para entreter a troco de comida. Passou a noite pulando feito mico amestrado, passou anos e anos de dedicação devocional aos ensaios e estudos, para quê? Para no fim ter apena...

Conto: Tom de branco

Não sei dizer quando tudo começou. Dentre os móveis de casa, nenhum era particularmente branco. Mas o que comprei da loja de design para pobres era o menos. Ou não, ele era branco. Na loja. Em casa, ele não transmitia nenhuma outra cor além do branco, não era cinza, nem bege, nem gelo, nem baunilha, apenas não era branco o bastante. Dane-se, pensei... Comprei cera um dia. Essa de polir móveis com flor no nome. Quando o móvel ficou do meu agrado, fiquei orgulhoso, foi uma hora lustrando o filho da mãe, mas valeu. Suado e cansado, olhei para o resto da casa. Dá para melhorar, e limpei a casa, do chão ao teto. Quando saío do banho e prendi as luzes, me dou conta da merda que fiz. Tudo estava um tom mais claro, e o móvel, o rack da TV, um tom mais claro à menos que o resto. Minha vontade era de queimá-lo ali mesmo, mas as nove prestações por pagar me impediram. Quem viu diz que a luta entre elas e eu foi uma batalha campal.  Voltei para casa, no dia seguinte, com a solução: um ...

Rompimento

Ao olhar para trás, ela teve a sensação de vê-lo, na sala, onde costumava ficar. Jogado daquele jeito sem jeito com o computador no peito, escrevendo bobagens no facebook. A sala estava escura, sem aquela iluminação pálida do computador, mas também sem a iluminação daquela presença. Só restava a janela aberta. A janela, aquele único ponto de suas discussões. Ele a queria sempre aberta, sempre com aqueles calores eternos, e ela, bem, ela podia usar um pulôver em Manaus. Apesar de aberta, a cortina mal se movia, uma tênue brisa soprava, fraca demais para inflar, defraudar aquela seda delicada. Um suspiro longo encheu seu peito, enquanto ela se ajoelhava, num gesto de reflexo, sobre o sofá e sua própria perna, como fazia quando ele estava ali ainda. Entre o abraçada e o agarrada à uma almofada, se equilibrava para não invadir aquele espaço. Seu peito pesava dez toneladas, com um sentimento reprimido. Olhou ao redor, buscando outros sinais dele, mas não havia. Aos poucos, a rotina ...

Capítulo 2: Nas cavernas profundas

- Você sabe quem eu sou, não sabe? - A voz era áspera e rouca, como um sussurro forçado por uma boca seca, coberta de areia... - Não, eu não sei, eu apenas quero sair daqui.... - Você pode sair dos meus domínios, mas jamais tirará meus domínios de você... - Quem? Quem é você? - a voz de Arthur vacilou de medo e pânico... - Arthur... Arthur... Arthur... Arthur abriu os olhos com a sensação de não tê-lo feito. Seu corpo doía todo, foi a segunda sensação que teve. Forçou mover-se e viu que não havia quebrado nada, embora houvesse algo pontiagudo em suas costas, não chegou a ferir mais do que incomodava. Totalmente cego, a escuridão era total. Qualquer que fosse o buraco ou sumidouro que havia caído, ele deveria fazer um cotove-lo em algum lugar. Foi quando voltou a ouvir... Ouvia a Orthur chamando-o... - Arthur, você está bem Arthur? - Orthus, cale-se. Estou bem, bastardo inútil... - Por mil demônios, Arthur, que susto! Achei que teria que achar comida sozinho, no ...

Capítulo 1: No princípio

A flecha passou zunindo pela orelha do coelho, afugentando ao pequeno roedor. - Você já foi melhor, não é mesmo, Arthus? - Foi o vento, Orthus, você sabe que não erro daqui... - Sei, sei Arthus...  Mas Arthur e Orthus estavam os dois cansados. Já faziam sete dias que os dois exploravam as regiões das montanhas das colinas escarpadas. A culpa era de Orthus, que colocou arame farpado no travesseiro do comandate do forte... - Sei que você ainda me culpa Arthus... - E tenho razão, Orthus... - Tecnicamente a culpa é do comandate... Ninguém fica duas semanas na dispensa descascando batatas, Arthus, esse comandate sabia o que semeava... Fazia muito calor, mas como todos os dias, o sol ardido daria lugar a um frio imenso nas noites... Arthus limpou o suor da testa e viu que Orthus o imitava. A roupa de tecido grosseiro, de linha crua, não facilitava o dia, mas era o uniforme dos guardões do forte escarpada... Arthus deu ainda um longo gole no cantil que carregava, e...

Prólogo: Os heróis de Zorgoth

A espada zunia no ar conforme os golpes eram deferidos com velocidades impressionantes. A cada golpe, um sangue negro e fétido espirrava para todos os lados, e a criatura, gigantesca como dez homens, estava agora apoiada em seus joelhos e sofria de dor a cada golpe que lhe arrancava a carne. Mas ela ainda estava viva, e não se deixaria morrer, afinal, ela era um deus guerreiro, e estas batalhas estavam em seu coração. Com um poderoso golpe arremessou o homem envolto em latas contra as paredes de seu castelo, com um urro poderoso derrubou ao longe aquele que parecia ser o mago e num pensar ligueiro, dardos mágicos, esferas flamejantes e flechas mágicas, constituídas de ácido puro disparavam contra o pagão do outro lado do salão. Houve explosão e aquele homem também tombou. Havia mais um, mas ele não conseguia achá-lo. Zorgoth, o deus monstro olhou ao seu redor, e esboçou levantar-se, foi quando Otomo, o descendente da raça semi extinta de humanos, vindos do oriente distante, caiu sobre ...

Capítulo 22: Reencontro

Andy mal pode acreditar na própria sorte ao ver retornar Berta inteira e numa só peça. Se abraçaram com intensidade constrangedora, e tiveram que ser separadas por Flor e Leah, quando os pigarros deixaram de funcionar. - Estou tão feliz que você voltou, querida! - Eu também, Andy... - Eu também estou feliz, meus acólitos - era Dohlet o coqueiro super feliz que saltava sobre os dois que reagiam a gritos de "sai, sai sai...". - O que aconteceu? O que vocês fizeram? - perguntava Andy - Isso não importa, - disse Leah - depois te contamos, queremos saber o que Berta tinha para te contar, afinal? - Leah! Por favor - disse Flor... - Horas, só expressei o que todos que se lembravam queriam saber... - Verdade, Berta, disse Andy, o que era? Berta fechou os olhos, estava algo constrangida se lembrando da surpresa que queria fazer... Anunciar algo assim, na frente de todos? Mas era isso, ela tomou coragem e anunciou... - Vamos ser pais, Andy, pais de verdade, nã...

Capítulo 21: Arrumando a casa

O corpo de Michel Jackson foi cremado, suas cinzas dadas e comer para um Kafkanian, que foi cremado e servido como ração para pokéthulhus de diferentes partes da ilha. Tudo para evitar que qualquer rasgo de poderes que pudessem trazer Michel Jackson de volta à vida. - Eu achei que meu Pikathulhu fosse voltar à vida... - dizia Flor. - Também achei que meus Pokethulhus voltariam à vida, Flor - dizia Leah - mas o importante é que o Louco está morto, e que nossa realidade está mantida. - Eu sei, como sofri de te ver namorando o Berto... Me ignorando, como era no velho mundo.... - Você acha que sofreu, experimenta ter que namorar o Berto... Eu paguei minhas pipocas naquele cinema. - Vocês foram ao cinema?! - Bom, o importante é que tudo acabou,  não é? E as duas voltaram para a diretoria da Univrsity Muskratonic, onde encontraram com Derleth, Block e Nyannara. Nesse exato momento, a diretora Limlo estava condecorando as duas pela ajuda contra o Louco.  - Então...

Capítulo 20: Alea jacta est

Naquela manhã ainda, em todos os jornais, e em todos os dois canais de TV que existiam (e o que você espera num mundo que há tanto por fazer do lado de fora, mais interessante que qualquer coisa que passe na TV), uma jornalista linda, de vestido demasiado curto, e com um corpo escultural, anunciava que os quatro conscientes estavam agora em segurança, na Muskatronic Univrsity. Não demorou para a notícia chegar até o Louco, que sorria e olhava para Berta ao seu lado, ainda com muita fome e claramente com medo, preocupada... Ele sorriu, e disse para ela, sem esperar resposta: - E a mim me chamam de Louco? Colocando os tão importantes Pokéthulhus num lugar tão fácil? Logo voltarei a ser o que sempre fui, o Rei. - Você vai se dar mal, seu maldito. Louco, Maluco, insano... - Berta, Berta, Berta... Elogios não te levar a nenhum lugar, além daqueles que eu também vou... - Se eu ainda fosse aquele bullying... - Você o que? Iria correr para seus pais macacos? Você sempre foi uma...

Capítulo 19: Encontrando com Nyannara

Nyannara tinha se convidado para dar esta palestra aqui, na universidade Muskatronic. Ela queria fugir da ilha de Bal-Saggoth, para afastar O Louco dos quatro guardiões dos sonhos. E afastar a si mesma, caso o Louco soubesse mais do que sabem os outros mortais. Sabe Jynx o que o louco sabe sobre tudo isso e o que está acontecendo, e ela, jamais, nunca, gostaria de revelar o que ocorreu com ela durante as 24 horas na realidade. A conferência estava prevista para a noite, e por isso, na manhã em que avisaram que quatro garotas de sexualidade duvidosa estavam à porta, Nyannara soube de imediato que eram elas, suas melhores aliadas, que vinham para lutar contra o Louco.  - Nyannara! - diziam as quatro, particularmente bem vestidas - Meninas! Que prazer em vê-las! - E que linda que está - era Flor, claro - onde comprou esses sapatos sociais? Eu não os vi na cidade universitária... - São seus gata, se não se importar dos presentes usados após minha palestra.  - Aiiii...

Capítulo 18: Chegada a Mukratonic Univrsity

Flor de Cactos foi a primeira a acordar. Seu vestido estava destruído, ela, e todos ao seu redor tinham desmaiado, ou dormido que seja, no meio do que quer que estivessem fazendo. Para elas foi apenas triste ter a roupa arruinada nas ruas de terra da entrada da universidade, mas foi particularmente triste para todos os passageiros e tripulação dos diversos Boings que estavam no ar na hora do acidente. Tempos depois uma TV faria um seriado que foi um fiasco, baseado na teoria que todos no mundo todo não apenas desmaiaram por 237 segundos, como também viram, ou não, seu futuro. Qualquer tonto sabe que um Dodeclapuff faz exatamente isso... Flor despertou a Leah, mas ao invés de fazê-lo com uma cotovelada, como estava acostumada, ela o fez com carinho raro, tão diferente do seu jeito de sempre acordá-la, sorriu tão diferente da sua forma de sempre sorrir, e sem aviso ou espantou tirou-a para dançar... Leah, sorriu de volta, feliz de espantar as últimas 24 horas da cabeça, e a abraçou e...

Capítulo 17: Aquelas 24 horas perdidas

Estudiosos iriam dedicar anos ao estudo dos ocorridos durante aquelas 24 horas, e ainda assim, quando finalmente os acontecimentos ocorridos durante aquele 29 de dezembro de 2013 da nova realidade, ou como diziam então, 29 de Téntátônix do ano 3, ainda iriam suscitar para todo o sempre centenas de teorias de conspiração e documentários no Discovery Channel e no History Channel, associando os ocorridos com alucinações coletivas, a chegada de alienígenas ou a presença de algum deus monoteísta, que fazem com que, à parte um grupo seleto de crédulos, todos iriam rir-se destas ideias tão tontas. Seja como for, é um fato consumado, que naquela manhã seguinte, sem saber como chegou lá, ou melhor ainda, achando que tudo que tinha vivido até aqui foi meramente um sonho, Flor de Cactos desperta na manhã seguinte novamente como Flock Shields, em seu quarto, com seu amado rato Flash na gaiola ao seu lado. O cheio de café e torradas na manteiga o despertou, e então ele ouviu as vozes de seus pa...

Capítulo 16: Breve interlúdio

Quatro dos cinco conscientes moravam na ilha de Bal-Saggoth, no salão do constrangimento, logo atrás da sala das revelações, os quatro moravam com a antiga mãe de Flor, a Senhora Shields, antiga mestra da equipe Eibon, um grupo de adultos que buscava restaurar a normalidade do mundo e compreender o que era o número 42, era agora a guardiã dos Pokéthulhus conscientes, ainda que ela própria tivesse a mente regressada aos 12 anos de idade e agora tivesse pouca consciêndia do que fazia. - Sei que há um desequilíbrio em nosso mundo, Guardião dos Sonhos... - Também sinto isso, Pikathulhu. Devemos terminar com isso, hoje, ou o sonho de Rilleh pode acabar. - Somos os mais poderosos, nós quatro, devemos atacar ao Louco. - era Téntátônix falando agora. - E temos que repovoar o que o Louco está distruindo - era Scuttle quem dizia isso agora.  - E todos queremos limonadas! Ah... Limonadas e um dia de sol na praia com minhas bonecas de Martha Hary - era a mãe de Flor de Cactos quem ...

Capítulo 15: Cruzando o rio sem nome

O Rio sem Nome é um rio de águas negras, caudalosas e que eventualmente, correm ao contrário abrindo um portal, por apenas alguns segundos, para a terra regular dos anos 1970, num parque de diversões com uma única criatura mágica, um unicórnio. Suas águas eram tão poluídas como um Tietê e um Riachuelo juntos, algo como um Tâmisa Londrino na era do carvão. Leah, Flor, Derleth e Block estavam prontas para cruzá-lo no glorioso bote reparado por Flor, O cruzador Rainbow. Particularmente esta manhã as águas do rio estavam tranqüilas, e seria possível cruzá-lo com remos somente.  - Tem certeza que esse barco não vai arruinar meus sapatos, né Flor? - Certeza absoluta Leah, esses All Stars hipster já vêem arruinados de loja.  - Esta brava ainda que eu não quero mais usar saltos, né? - Saltos, saias, maquiagem... Desde quando uniformes de hockey são consideradas roupas? - Por Jynx Flor, não posso mais me expressar? - Com essas roupas você já esta gritando, Leah! - C...

Capítulo 14: Muskratoniky Univrsity

Como qualquer coisa que os homens colocam os olhos, um desejo de disciplinar, categorizar e organizar surge na cabeça de algum bastardo, e isso vira um livro para outros curiosos, um curso opcional, um curso mais técnico, uma matéria na faculdade e quando menos se espera, alguém já tem um mestrado e é um consultor caro sobre o assunto... Muskratonic Univrsity é um exemplo clássico do tema. Há três anos os deuses despertaram, ocuparam a terra e substituíram todos os animais do mundo por versões profanas e insanas. Neste pequeno intervalo, 239 livros foram escritos sobre o tema, ignorando evidentemente os Pokénomikons, o livro mais impresso desde a invensão da prensa de Guttemberg. A Universidade usou alguns Pokéthulhus como o Dodecapluff, capazes de viajarem no tempo, para criar formações de 12 anos em 1, graduação, especialização, mestrado e doutorado.  Um efeito colateral das formações no futuro, é que as pessoas têm a oportunidade de já saberem com quem irão se casar, qua...

Capítulo 13: Derleth e Block

Derleth e Block acordaram no meio da noite. Elas tinham agora 19 anos, e já estavam no limite da idade para serem cultistas Pokéthulhus. A mente de ambas já tinham dificuldades em aceitar a nova sociedade. Às vezes ambas poderia estar paradas, diante de dois Téntátônix em pleno ato sexual, e tudo que suas mentes viam eram a lista de compras do mercado, memórias de programas que queria assistir na TV, roteiros e tramas de novelas superficiais. Manter-se ligadas a este mundo era algo que as duas queriam muito. Estavam felizes de terem deixado o Time Eibon, ainda que ele ainda existisse. Estavam felizes de terem feito amizade com Leah e com Flor, ainda que Flor fosse por vezes um menino mimado, outras vezes, uma megera ingrata e invejosa. De qualquer forma, suas influências sobre os Pokéthulhus via caindo, e elas sentiam isso a cada derrota para as duas meninas líderes de templos.  Nesta noite as duas olharam para fora, e viram a vila agora apenas deserta, sem a assombração do...

Capítulo 12: Berta

Berta capturada ficou desmaiada. Ela se lembrava de ver o uma esfera em quatro dimensões surgir, tragar ao seu marido Andy e alguns dos Pokéthulhus, e desaparecer. O gesto levou parte do braço de O Louco, e o fez gritar e urrar de forma insana. Seu braço retrocedeu à forma humana, mas de uma forma amputada, do cotovelo para baixo. O Louco então virou-se para os outros Pokéthulhus ali presentes, e com um olhar fixo, fez algo que Berta primeiro pensou que era uma luz, surgindo do peito do Louco, mas depois ela entendeu, estava tudo errado, era uma luz que era tragada para o peito dele, a luz tragou também a Butterfynx, Boiteratech, Yogoloth-Pod, Polithulhu-Warp, e todos, todos os deuses que estavam ali. Quando o festim diabólico terminou, não havia um único deus no templo. O Louco estava recuperado, tinha não apenas seu braço de volta, como também sua pele já não era albina, era algo quase café, e seu nariz havia voltado.... Berta ficou pensando, pensando, ela já havia visto aque...

Capítulo 11: Em algum lugar das montanhas

A figura magra, de chapéu Panamá e camisa vermelha, calças social ajustada e sapatos de dançar com meias brancas, olhava para fora de sua caverna. Ele podia agora se mover tão rápido como um Pikathulhu, mas comia como o panda gordo e demoníaco Yogoloth-Pod. Tinha tanta fome... fome por mais deuses, fome por Pokéthulhus. Fitou na floresta por mais criaturas. Estava cansado de criaturas insetos e mal cheirosas, queira algo bom. Em sua cabeça recordações mescladas de um muscial, na sua vida anterior, e um sabor, um paladar, que ele ainda não reencontrou... Olhou para Berto/Berto alí, naquele vestido de princesa Disney e seus trejeito andróginos, e algo naquelas forma o fez se lembrar de sua vida passada. Vida passada... Ele, o Louco, se lembrava de ter vivido antes da Nova Ordem, e de ter morrido... Tudo era tão confuso, ele se lembrava de uma sala, de uma programação de TV e algo indecifrável, de milhares de cabeças, braços, troncos, olhos e bocas, cujo tamanho era do infinitamen...