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Mostrando postagens de julho, 2014

Este sou eu, na esquina de novo

Voltando para, co. Mais de uma hora de espera por uma das quatro linhas que me servem. Depois de uma hora dobram a esquina os quatro, feito locomotivas, ainda que tenham destinos tão diferentes. Uma hora sem nenhum passar. Numa mesma semana morreu na porta de um hospital, um paciente que foi de lotação para ser atendido.  Morreu por que o hospital era privado. Morreu por que não tinha plano de saúde. Enquanto isso, a Santa Casa fecha para atender o público, público dos que não têm plano de saúde, por estar sem dinheiro. Mais alguém terá morrido na descrição do lar, contemplando estádios modernos e vazios, mas sem o vexane de ter morrido no meio da rua, como se fosse um indigente? Essa semana voltaram também os jogos do campeonato brasileiro. E eu tão distraído quando o comentarista esportivo informava que os paulistas tiveram uma rodada ruim, me perguntei "então quem foi bem, se o campeonato se chama Paulistão", mas eu estava errado, evidentemente. É aquela sensação de que

Literally Everything Else From Your Childhood: The Movie

Atenção, é hora da revisão

Só para verificar se entendi direito e se não estou perdendo nada, por favor. Verifiquem comigo os ocorridos. - 13 de junho de 2013, o Brasil pára, para fazer a maior manifestação de sua história sob a nova constituição, desde o impeachment do Collor; - 12 de junho de 2014, o Brasil pára, para assistir o mundial; - O Collor já está de volta ao governo faz tempo, o mesmo que nos mobilizamos para retirá-lo, assim como tantos políticos fichas sujas e mensaleiros (dos dois lados); - O Brasil teve um desempenho medíocre no mundial com uma derrota acachapante para a Alemanha e quando todos clamam renovação, Dunga volta a ser o técnico da seleção. Por definição, voltar é contrário à renovar; - Os times continuam sem times de base ou programas de peneiras, como nos bons tempos ancestrais, por que agora, e pelos próximos 20 anos, todos eles, e nós o povo, estaremos pagando estádios bacanas para pernas de pau jogarem; - Na política, os mesmos continuam concorrendo e recorrendo e send

ePub - Terceiro Turno - Aventura Solo

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A aventura solo - Terceiro Turno - tem apenas 22 parágrafos. Escrevi a aventura como uma introdução ao RPG, uma forma de fazer vários colegas do trabalho entenderem, ou conhecerem, ao menos as aventuras solo, do que é RPG. Mas ficou bonitinha, e eu publiquei como ePub. Mas faltava algo. Agora, com a versão nova do KISS RPG ao sair do forno, decidi explorar um pouco mais sobre as vantagens do livro eletrônico, e crie uma aventura que se aproxima dos jogos textos dos anos 80. Agora ao escolher um parágrafo para seguir sua história, basta clicar na opção desejada e o livro te transporta para lá. Simples e fácil assim. Como o livro ficou muito, mas muito pequeno, acrescento a introdução ao RPG e a comparação entre as aventuras solo versus aventuras de RPG, com os mesmos personagens e o mesmo ambiente da aventura solo. Minha ideia não é ficar milionário com essa obra, era experimentar, testar e aprender a editar o ePub. E deu certo. Como não achei onde hospedar de graça, agora está di

Resenha: ficção de polpa #1

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No início do século 20 as revistas feitas em papel muito barato, geralmente feito do miolo da madeira, gerou um estilo de revistas conhecidas por Pulp Fiction, ou ficção de polpa. Revistas de 10 ou 20 centavos, que publicavam mensalmente autores anônimos, que podiam despontar ao estrelato ou ao anonimato. Revistas como estas publicaram H. P. Lovecraft, Edward H. Howard e tantos outros talentos, que hoje são reconhecidos e reverenciados. Mas esse estilo foi vagarosamente morrendo, conforme foi ficando impossível manter os baixos preços e ainda pagar pelos autores. O advento da internet que dá voz à todos, e o crescimento de publicações online, em teoria, serviriam para revelar novos escritores, mas por outro lado, publicar grátis, na internet, pode até te dar visibilidade, mas a menos que você seja brilhante, poucos autores já percorreram o caminho das publicações online para as físicas. Talvez se você já tenha lido "Jeitozinha, mas ordinária" ou "Guia das piadas Ne

Resenha: Transformada

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Morgan Rice, se eu entendi corretamente, não tem parentesco com a outra Rice, Anne Rice, de "Entrevista com Vampiro", e o romance também não é o da outra Rice. Se o da Anne Rice em suas crônicas são atormentados, profundos, com crises existenciais, Morgan Rice é mais para esses romances de Jovens Adultos. Entre uma legião de caça níquéis e variações dos mesmos temas, Morgan Rice se destaca por uma boa razão, seu primeiro livro é grátis, uma introdução para o mundo de historias dinâmicas, com uma passagem pelo drama, pela descoberta, mas tão breve, e tão atropelada pelos personagens que se somam e desaparecem ao longo da história, que nem cola. Mas não é um livro ruim. Ao contrário, sua história leve e dinâmica mantém o leitor preso, a forma com interrompe e pula de narrativas é da escola de Dan Brown e a escritora, me prendeu. Confesso. Se você tem Kindle, ou uma plataforma compatível, PC, Mac, iPad, iPod, iPhone, Android, Windows Phone, você pode baixar e julgar você m

Resenha: É quase tudo VERDADE

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Eu comprei esse livro à princípio, quando soube que o Eduardo Nasi havia feito a orelha e que estava em promoção na Kindle Store. Não que eu não goste do autor, Allan Sieber, ao contrário, esses ingredientes simplesmente atiraram na minha cara os últimos motivos que faltavam para comprar logo a obra. Curto Sieber desde o lançamento diferente de seu livro "Sem comentários", que reúne partes do seu blog com "melhores" comentários dos posts. Excelente obra, traço ousado e desde então sei que ao menos algo compartilho com Sieber, o que só aumentou a identificação com o artista. Eu também venho de uma juventude muito evangélica, e também desvie dele pela música. Garotos podres, Ratos de porão, Inocentes, Cólera. Depois com Green Day (nos bons tempos), Metalica, Iron, Dead Kennedys, entre tantos. Com relação a essa obra, minha identificação cresceu ainda mais. Com histórias selecionadas entre publicações da Piauí, Folha, Trip, inéditas, a coletânea não é casual, foi

Um comentário óbvio sobre o mundial

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Foi sem dúvida uma copa do mundo muito divertida de assistir no twitter, o canal social da copa, segundo quem habita aqueles 140 caracteres. Foi também uma copa de surpresas apesar doss times óbvios que chegaram até a final, Alemanha e Argentina, e dos semi-finalistas, por assim dizer, com Brasil e Holanda. Esses quatro times escondem um desempenho incrível dos Estados Unidos, uma surpresa com a Costa Rica e seus "ticos" (sic), a Colômbia que bateu um bolão e o Uruguai com mais um desempenho guerreiro.  Copa, tão antecipada pelas manifestações, as mesmas que se calaram quando o apito inicial foi dado, salvo muita bagunça e quebra-quebra que foi oculto pela mídia, que até tinham as reinvidicações corretas, mas se perdiam pelos poucos que vandalizavam. Copa que não teve a cobertura de infraestrutura pronta e que poderá complicar políticos no poder nas eleições que estão se aproximando, as mesmas que espero que as manifestações de verdade, na urna, aconteçam.  Mas a copa que sob

Conto: Tom de branco

Não sei dizer quando tudo começou. Dentre os móveis de casa, nenhum era particularmente branco. Mas o que comprei da loja de design para pobres era o menos. Ou não, ele era branco. Na loja. Em casa, ele não transmitia nenhuma outra cor além do branco, não era cinza, nem bege, nem gelo, nem baunilha, apenas não era branco o bastante. Dane-se, pensei... Comprei cera um dia. Essa de polir móveis com flor no nome. Quando o móvel ficou do meu agrado, fiquei orgulhoso, foi uma hora lustrando o filho da mãe, mas valeu. Suado e cansado, olhei para o resto da casa. Dá para melhorar, e limpei a casa, do chão ao teto. Quando saío do banho e prendi as luzes, me dou conta da merda que fiz. Tudo estava um tom mais claro, e o móvel, o rack da TV, um tom mais claro à menos que o resto. Minha vontade era de queimá-lo ali mesmo, mas as nove prestações por pagar me impediram. Quem viu diz que a luta entre elas e eu foi uma batalha campal.  Voltei para casa, no dia seguinte, com a solução: um film

Minha vida é um trailer: Viagens

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Quem me conhece, ou é leitor regular deste blog, sabe como odeio, ODEIO, O-DEI-O, viajar. Tem que fazer malas, carregar malas, sempre esqueço algo que se torna ao longo da viagem, essencial e eu detesto o deslocamento, mais que tudo. Ida e Volta. Cansa, irrita, demora. Mas, por outro lado, quando estou no lugar para o qual eu viajei, eu adoro estar lá. Conhecer outras culturas, comidas, idiomas, tudo isso me apaixona. E nisso coincido com minha mulher. A diferença é que para ela, a viagem começa quando tranco a porta de casa, e para mim, é quando eu chego lá, onde quer que seja lá... Nas festas de 2013 para 2014, viajamos. Viajamos para comemorar nossos cinco anos de casado, para comemorar nossas férias depois de um ano que trabalhamos feito burros de carga, viajamos para falarmos mais. E foi ótimo. Nosso roteiro começou em 14 de dezembro, quando fomos para Buenos Aires, e ficamos uma semana lá, na casa da minha cunhada. Em 21 de dezembro, fomos para Mar del Tuyu, cerca de dua

Assistência Técnica, redenção da Apple

Tenho falado mal da Apple por aqui. Todas as semanas, por diversos motivos. Mas quando é preciso dar os créditos, devemos dar os créditos também. A César o que é de Cesar, a Roma o que é de Roma. Um amigão meu comprou recentemente um smartphone com Android de uma grande desenvolvedora de tecnologia, e que se tornou pioneira mundial no desenvolvimento de sistemas de som pessoal, seja de rádio ou de fitas cassete. E a tela do aparelho dele quebrou, como pode acontecer com qualquer aparelho da safra atual, de geometria de um tijolinho magrelo. Paralelo à isso, o botão power do meu telefone, um iPhone 4, novinho, que ganhei em dezembro do ano passado, também bateu as botas. Meu amigo ligou para as assistências técnicas do aparelho dele e foi orientado a enviar o aparelho, que está na garantia, pelo correio, com previsão de retorno em até 30 dias, se a garantia autorizar o reparo. E eu procrastinando enviar meu aparelho para a assistência técnica, com medo de ficar sem telefone por muit