Fazer a diferença, é só querer...
Outro dia começamos uma bela discussão na hora do almoço. Destas discussões sadias, claro, com o pessoal do serviço. Por que o país não gera tecnologia própria? O motivo da discussão é esse compasso de espera que vivemos hoje, esperando os Estados Unidos descobrir que vão viver mais uma crise este ano ou o próximo, antes, pelo fim dos incentivos fiscais de Bush, agora, pelo aumento do teto da dívida pública (um trilhão de dólares foi pouco)...
E enquanto esperamos eles se decidirem, as empresas fazem aquilo que as pessoas fazem às vésperas de furacões, estocam dinheiro, cortam investimentos, demitem terceiros e enviam, sem escrúpulo, sua lucratividade para suas matrizes. E o mercado interno padece. E se o Brasil tivesse independência econômica? Mais empresas brasileiras nem aí para o resto do mundo? "Impossível" foi o que ouvi de quase todos, mas por que impossível?
Todos citam com louvor o poder de criação dos norte-americanos, a história da país com sua HP, Dell, Wallmart, Apple e Microsoft. Que tem a FORD, a GM e tantas outras empresas nacionais. Caterpillar e uma indústria vívida de cinema e produção cultural. E nós? Muitos teriam parado sua discussão aqui, mas eu quis estender.
O Brasil tem sim iniciativas internacionais e muitas criações internas, no nosso país um estudante de engenheiro teve seu trabalho de conclusão de curso reprovado, pois ele queria fabricar carros nacionais. Ele não só conseguiu como marcou seu nome na história com a Gurgel. Outro piloto de correspondências da aeronáutica sonhava com um país fabricando seus próprios aviões, e um dia Ozires Silva conseguiu, não sem lutar muito, mas muito, formar a EMBRAER. Ainda de quebra foi presidente da Petrobrás, uma das maiores empresas de energia do mundo.
E quanto a informática? Bom, se o pioneirismo brasileiro não deu certo com a Cobra Computadores (eu tive um TK-85), hoje a Positivo Informática, com seus prós e contras nos aparelhos que DESENVOLVE, conseguiu se tornar a décima fabricante do mundo em computadores. E olha que a China fabrica computadores como se não houvesse amanhã. Hélio Rotemberg está fazendo também seu papel neste mercado, que faz desktops, laptops, eReaders e agora envereda pela telefonia móvel com smartphones também! (e não, não vamos mencionar a Gradiente e seu iPhone, já falamos dela aqui).
O que falta na verdade ao brasileiro é querer mudar. Querer causar uma mudança. Claro que o governo poderia dar uma ajudinha, tornando empreender mais fácil, dando bolsas de pesquisa e iniciação científica que fossem maior que o salário de uma bolsa família, diminuindo a carga tributária. Mas com tudo jogando contra a Votorantim, a Petrobrás, a Positivo, a EMBRAER e a Gurgel já escreveram seus nomes na história. Querer é fundamental, seja no nível fácil ou difícil.
Ah, antes que eu me esqueça, a super premiada produção cinematográfica norte-americana. Eles premiam seus próprios filmes, todo ano, 12 a 20 prêmios, mas produzem mais de mil filmes ao longo de um ano para premiar 12 a 20. O Brasil, tendo deixado as pornochanchadas para trás, já consegue premiar 1, 2 ou 3, de 30. Um percentual muito melhor, não acham?
E enquanto esperamos eles se decidirem, as empresas fazem aquilo que as pessoas fazem às vésperas de furacões, estocam dinheiro, cortam investimentos, demitem terceiros e enviam, sem escrúpulo, sua lucratividade para suas matrizes. E o mercado interno padece. E se o Brasil tivesse independência econômica? Mais empresas brasileiras nem aí para o resto do mundo? "Impossível" foi o que ouvi de quase todos, mas por que impossível?
Todos citam com louvor o poder de criação dos norte-americanos, a história da país com sua HP, Dell, Wallmart, Apple e Microsoft. Que tem a FORD, a GM e tantas outras empresas nacionais. Caterpillar e uma indústria vívida de cinema e produção cultural. E nós? Muitos teriam parado sua discussão aqui, mas eu quis estender.
O Brasil tem sim iniciativas internacionais e muitas criações internas, no nosso país um estudante de engenheiro teve seu trabalho de conclusão de curso reprovado, pois ele queria fabricar carros nacionais. Ele não só conseguiu como marcou seu nome na história com a Gurgel. Outro piloto de correspondências da aeronáutica sonhava com um país fabricando seus próprios aviões, e um dia Ozires Silva conseguiu, não sem lutar muito, mas muito, formar a EMBRAER. Ainda de quebra foi presidente da Petrobrás, uma das maiores empresas de energia do mundo.
E quanto a informática? Bom, se o pioneirismo brasileiro não deu certo com a Cobra Computadores (eu tive um TK-85), hoje a Positivo Informática, com seus prós e contras nos aparelhos que DESENVOLVE, conseguiu se tornar a décima fabricante do mundo em computadores. E olha que a China fabrica computadores como se não houvesse amanhã. Hélio Rotemberg está fazendo também seu papel neste mercado, que faz desktops, laptops, eReaders e agora envereda pela telefonia móvel com smartphones também! (e não, não vamos mencionar a Gradiente e seu iPhone, já falamos dela aqui).
O que falta na verdade ao brasileiro é querer mudar. Querer causar uma mudança. Claro que o governo poderia dar uma ajudinha, tornando empreender mais fácil, dando bolsas de pesquisa e iniciação científica que fossem maior que o salário de uma bolsa família, diminuindo a carga tributária. Mas com tudo jogando contra a Votorantim, a Petrobrás, a Positivo, a EMBRAER e a Gurgel já escreveram seus nomes na história. Querer é fundamental, seja no nível fácil ou difícil.
Ah, antes que eu me esqueça, a super premiada produção cinematográfica norte-americana. Eles premiam seus próprios filmes, todo ano, 12 a 20 prêmios, mas produzem mais de mil filmes ao longo de um ano para premiar 12 a 20. O Brasil, tendo deixado as pornochanchadas para trás, já consegue premiar 1, 2 ou 3, de 30. Um percentual muito melhor, não acham?
Comentários
"Empreender ou ser empresário no Brasil é um desafio quixotesco: o país é uma ilha de iniciativa cercada de governo por todos os lados. A intrusão estatal é asfixiante, fruto de um garrote de mais de oitenta impostos, uma burocracia acachapante, incontáveis estatais e um governo que a cada semana troca as regras." Helio Beltrão
http://www.youtube.com/watch?v=3siozqIv90E
Aqui na América Latina existe essa cultura de que o mundo te deve algo. Meus pais tem que me dar o que preciso, meu chefe tem que me dar o que preciso, o governo tem que me dar o que preciso, etc.
E como você deve saber as pessoas reagem a incentivos e é esse tipo de incentivo que existe aqui. E quanto mais "direitos" são criados, menos liberdade para procurar sua própria felicidade. Isso porque para dar esses "direitos" outros serão necessariamente prejudicados e roubados. São os direitos negativos e positivos.
Se tiver tempo assista esses videos:
O que são direitos?
http://www.youtube.com/watch?v=LZlsXKH5xtM
Direitos Positivos vs. Direitos Negativos
http://www.youtube.com/watch?v=ExLvwHQ80Eg
Concordo com seu texto, só acho que o fator "querer" não adianta muito nesse cenário que vivemos.
Não se esqueça que uma rosa precisa de um terreno fértil para crescer.
Abraço
Parabéns