Dia das mulheres


Neste dia que celebramos a mulher, e lembramos daquelas que morreram no fatídico e desumano incêndio na fábrica onde elas protestavam, em 1857 em Nova York, e mais de cem mulheres morreram para reclamar o direito de trabalhar tanto quanto os homens, ganhando tanto quanto eles (elas trabalhavam mais, e ganhavam menos). O dia da mulher foi reconhecido no concilio na Dinamarca em 1910, mas só foi oficializado em 1975, pela ONU, como Dia Internacional da Mulher.

Ainda hoje, as mulheres não têm os mesmos direitos que os homens. Ainda hoje há o machismo inveterado, às vezes agravado, às vezes velado. Mas assim mesmo, as mulheres seguem em sua marcha inexorável rumo à igualdade. Parece irreversível, graças ao bom Deus, tudo aquilo que elas já conquistaram e seguem conquistando. Chefes que dizem que não contratam mulheres, porque "quem irá pagá-las enquanto elas amamentam em casa?", estão se tornando raros.

Mas é por estas conquistas todas, tão irreversíveis, que hoje quero aproveitar esta coluna justamente, para celebrar as diferenças. Você sabe, quem me conhece sabe mais, que sou um admirador das mulheres. Não no sentido chauvinista, ou de alguma forma pervertida, mas por tudo que elas conquistam, sem perder sua feminilidade. Sem descer do salto, como dizem. E eu quero deixar explícito aqui, esta minha admiração.

Hoje já se sabe que as mulheres são capazes de conduzir múltiplas tarefas melhor que o homem. A coisa toda foi feita na criação, na nossa raiz, o homem, focado, para ser bom caçador, a mulher, com uma visão periférica maior, para poder cuidar dos filhos enquanto vigia se há predadores. Isso lá atrás, na era mesozoica  ou antes.

Aquelas qualidades do passado não se aplicam ao mundo moderno. Hoje, as mulheres são melhores motoristas, mais precavidas, e menos desesperadas à provar pros outros quem é Alpha no grupo, diferente dos homens. Elas são melhores profissionais, conduzem melhor os aspectos do trabalho, enquanto ainda conseguem manter uma separação da vida profissional da pessoal, como nenhum homem consegue. (eu sei que eu não consigo). São também mais aplicadas nos estudos. Mais engajadas na política. E fazem tudo isso, com um cuidado pessoal muito grande, não por nada, que na velhice sempre há mais vovós viúvas que vovôs.

E fazem tudo, tudo isso, sempre impecáveis. A moda varia a cada uma. Há aquelas que usam, de fato, salto alto, têm coleção de sapatos, vestidos e acessórios. Há aquelas que se cuidam para que a roupa combine. Mesmo que seja um All Star e uma camiseta de rock, com um jeans. Seja como for, é com graciosidade que conduzem a vida.

É por isso que eu sempre vejo com tristeza aquelas executivas linha dura, que não largam do trabalho para nada, como a Mirando Prisley do filme O Diabo Veste Prada. Aquelas que acham que precisam ser homens, agir como homens, para terem sucesso.

Que a igualdade venha, e venha logo, mas que seja nos direitos apenas. E à você mulher, que nunca perca seu espaço para ser outra pessoa. Não foi por isso que aquelas mulheres morreram, lá em 1857. Nem por isso que tantas feministas já queimaram sutiãs em praças públicas.

Parabéns, mulheres, pelo Dia Internacional da Mulher. Parabéns, mulheres, pelas conquistas igualitárias dos direitos.

Comentários

odetecampos disse…
Lindo texto! Linda homenagem!
Editora Delearte disse…
Gostei do texto porque deixa bem claro que as mulheres somos diferentes aos homens e quando pedimos igualdade, não é a igualdade para ser como os homens senão ter direitos iguais. Muito bonito!

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