Fazer nada na natação...
Não era só na praia que o tempo parecia durar muito. Tinham as aulas, claro. Todos pensam que por que eu era um CDF, as aulas corriam para mim como se fossem dias de férias, quando na verdade eram domingos de chuva. As aulas, principalmente de história, levavam vinte dias para passar na minha infância, mas nenhuma relação foi de mais amor e ódio do que a natação.
Quando eu era pequeno, eu fazia natação, e inglês, e atividades extras na escola. E jogava bola com os amigos, e tinha o RPG. E fazia as lições. E estudava para o vestibulinho, em casa, quando eu era menos criança. Passei em terceiro no vestibulinho da ETE Albert Einstein, lá na distante Casa Verde. E pegava ônibus às 6 da manhã, para chegar antes das 7. Era divertido. Difícil mesmo era minha relaçõa com a natação.
Eu gostava de nadar, mas não gostava de fazer 20 chegadas só braço, e mais 20 chegas só perna, e mais 20 chegas só braço de costas, e mais 20 chegadas só perna de costas. Era chato. Muito chato. E minha mente viajava, e ia para lugares tão distantes, que eu não era capaz de dizer se eu tinha feito 2, 12 ou 20 chegadas. Para driblar o tédio, eu brigava com meus irmãos, brincava com os coleguinhas de piscina. E constrangia minha mãe. Mas não pensem mal de mim, eu gostava de nadar, de competir, de chegar em primeiro e ser o mais rápido.
Cheguei a competir no aniversário de 50 anos do Pacaembu. Cheguei depois do último. Eu era bom, mas não tinha vivência. Depois de 2 horas esperando minha vez de nadar, num sol de fritar ovo, não me molhei antes do salto na piscina e quando finalmente saltei, o choque térmico resultou em caimbras bisonhas. Só não fui socorrido na piscina por que o orgulho me arrastou até a borda.
Na segunda competição da minha vida, eu era o favorito da minha escola. Cheguei na piscina com ares de astro e minha mãe me comprou uma sunga destas de nadadores bacanas. Eu ia estrear minha sunga com vitória e glórias. Pobre de mim. Sem nunca ter provado a danada antes, só descobri que ela era folgada quando saltei na água e ela ficou. Cheguei em quarto ainda assim, era estilo livre, o que significa craw, e eu nadei com um braço remando e outro puxando o calção.
Depois destas tentativas de competição, só me restou pendurar o calção. Eu era bom, mas nunca tive a paciência para ser ótimo. Nadar e fazer nada nunca formaram um trocadilho tão bom...
Quando eu era pequeno, eu fazia natação, e inglês, e atividades extras na escola. E jogava bola com os amigos, e tinha o RPG. E fazia as lições. E estudava para o vestibulinho, em casa, quando eu era menos criança. Passei em terceiro no vestibulinho da ETE Albert Einstein, lá na distante Casa Verde. E pegava ônibus às 6 da manhã, para chegar antes das 7. Era divertido. Difícil mesmo era minha relaçõa com a natação.
Eu gostava de nadar, mas não gostava de fazer 20 chegadas só braço, e mais 20 chegas só perna, e mais 20 chegas só braço de costas, e mais 20 chegadas só perna de costas. Era chato. Muito chato. E minha mente viajava, e ia para lugares tão distantes, que eu não era capaz de dizer se eu tinha feito 2, 12 ou 20 chegadas. Para driblar o tédio, eu brigava com meus irmãos, brincava com os coleguinhas de piscina. E constrangia minha mãe. Mas não pensem mal de mim, eu gostava de nadar, de competir, de chegar em primeiro e ser o mais rápido.
Cheguei a competir no aniversário de 50 anos do Pacaembu. Cheguei depois do último. Eu era bom, mas não tinha vivência. Depois de 2 horas esperando minha vez de nadar, num sol de fritar ovo, não me molhei antes do salto na piscina e quando finalmente saltei, o choque térmico resultou em caimbras bisonhas. Só não fui socorrido na piscina por que o orgulho me arrastou até a borda.
Na segunda competição da minha vida, eu era o favorito da minha escola. Cheguei na piscina com ares de astro e minha mãe me comprou uma sunga destas de nadadores bacanas. Eu ia estrear minha sunga com vitória e glórias. Pobre de mim. Sem nunca ter provado a danada antes, só descobri que ela era folgada quando saltei na água e ela ficou. Cheguei em quarto ainda assim, era estilo livre, o que significa craw, e eu nadei com um braço remando e outro puxando o calção.
Depois destas tentativas de competição, só me restou pendurar o calção. Eu era bom, mas nunca tive a paciência para ser ótimo. Nadar e fazer nada nunca formaram um trocadilho tão bom...
Comentários