Histórias engraçadas
Por algum motivo obscuro, gosto muito de contar piadas na vida real, mas meus textos sempre tendem ao melancólico triste no mundo escrito. Também já reparei que diversas vezes os humoristas famosos, tão engraçados na TV, são na verdade levemente tristes e amargos, ácidos talvez seja a melhor palavra, na vida real. Seja como for, a verdade é que não sou muito bom em passar nos textos aquelas piadas que verbalizo. Perco o timing, entendem?
Tem um amigo meu aqui escritório só tem histórias engraçadas sobre sua própria vida. Acho que nunca o ouvi contar uma única história séria, nem mesmo do trabalho, em todo esse tempo que estou por aqui. Numa destas, outro dia, ele contava como chegou em casa bêbado. Mas muito bêbado. E estava calor, então ele tirou a roupa toda e se jogou no sofá mesmo, onde não dormiu, hibernou. Até aí, tudo bem, o constrangedor é como ele foi acordado: ao som do aspirador de pó roncando ao seu lado, enquanto a empregada fazia malabarismos para limpar a sala sem encarar o quase adulto desnudo na sala da patroa. E em coma aparente, pois não acordou de jeito nenhum, segundo ela teria dito.
Outro amigo meu não tem histórias engraçadas assim, mas parece que as coisas bizarras sempre lhe acontecem, uma das histórias mais antigas que me lembro dele, é o dia que foi assaltado. Éramos todos moleques, naquela época, e você vai saber por que eu aviso isso. Ele voltava para casa sozinho aquela tarde, quando o ladrão o abordou, ele muito calmamente, saca do bolso um lenço (usado), uma ficha telefônica e uma moeda e diz: "é tudo que tenho cara". E o ladrão vai embora, como se nada. Esse é o mesmo cara que quando teve seu primeiríssimo porre, que bebeu com fúria e vontade, ao vomitar, parecia estar encenando a menina de O Exorcismo, e que tinha uma hélice na garganta. Ele acertou todos os milímetros do banheiro, menos o vazo. Não é tão engraçado quando pensamos que o banheiro fui eu que limpei, lá atrás. Mas vá lá. É o que tem pra hoje...
Tem um amigo meu aqui escritório só tem histórias engraçadas sobre sua própria vida. Acho que nunca o ouvi contar uma única história séria, nem mesmo do trabalho, em todo esse tempo que estou por aqui. Numa destas, outro dia, ele contava como chegou em casa bêbado. Mas muito bêbado. E estava calor, então ele tirou a roupa toda e se jogou no sofá mesmo, onde não dormiu, hibernou. Até aí, tudo bem, o constrangedor é como ele foi acordado: ao som do aspirador de pó roncando ao seu lado, enquanto a empregada fazia malabarismos para limpar a sala sem encarar o quase adulto desnudo na sala da patroa. E em coma aparente, pois não acordou de jeito nenhum, segundo ela teria dito.
Outro amigo meu não tem histórias engraçadas assim, mas parece que as coisas bizarras sempre lhe acontecem, uma das histórias mais antigas que me lembro dele, é o dia que foi assaltado. Éramos todos moleques, naquela época, e você vai saber por que eu aviso isso. Ele voltava para casa sozinho aquela tarde, quando o ladrão o abordou, ele muito calmamente, saca do bolso um lenço (usado), uma ficha telefônica e uma moeda e diz: "é tudo que tenho cara". E o ladrão vai embora, como se nada. Esse é o mesmo cara que quando teve seu primeiríssimo porre, que bebeu com fúria e vontade, ao vomitar, parecia estar encenando a menina de O Exorcismo, e que tinha uma hélice na garganta. Ele acertou todos os milímetros do banheiro, menos o vazo. Não é tão engraçado quando pensamos que o banheiro fui eu que limpei, lá atrás. Mas vá lá. É o que tem pra hoje...
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