Leitura do mês de março: um jogo!


No mês de março eu li muito pouco, quase nada. Livro, livro mesmo, li "A casa no morro", de Olivia Maia. E mais nada. Depois, claro, li uma montanha de livros de RPG, reli outro tanto, mas livros de RPG é como considerar literatura técnica para fins de bibliografia literária. Não é leitura, é consulta. Mas para não dizer que só li um livro, e culpar apenas as correrias, eu li muito também outro tipo de coisa, um jogo!

Há mais de um ano, eu comprei um velho iBook, modelo do ano de 2001, com processador Motorola, praticamente incompatível com tudo que é moderno. Eu estava numa fossa brava de dinheiro e vendera meu MacBook poderoso e moderno e, numa abstinência danada, quando já estava me recuperando um pouco de grana, comprei o dito iBook, para ter algo de Apple em casa. Claro que a lentidão de seus 578 Mb de RAM (isso mesmo, meio Giga de RAM, menos que um smartphone requenguela), logo me decepcionou. Ele mal rodava o processador de textos feito para ele, e de sua época. Parece que ficar velho faz o hardware ficar incompetente até mesmo para programas escritos para ele em sua época normal.

Não cheguei a encostar o velho iBook, ele ainda era ótimo para ouvir músicas, era e ainda é, lindão e deixei ele orbitando os cômodos da minha casa. Até ano passado, quando todos comentavam do lançamento do jogo para computadores, Diablo III, e eu, suspirava sem poder jogá-lo. Numa destas voltas pelo shopping, contudo, eu vi a embalagem do Diablo II à venda, de 2001, pasmem! E o melhor era que esse jogo, super velho, era compatível justamente com meu velho iBook de 2001! Não resisti e comprei-o-o. E há um ano eu venho jogando o dito jogo, até março de 2013, quando me aproximei de verdade, da reta final.

Chegar às restas finais de um jogo é uma motivação e tanto para continuar jogando-o um pouco mais. E o Diablo, se é um jogo danado de besta, que basta apontar o mouse para a criatura que você deseja vencer, e clicar sobre ela até ela morrer, a história é muito legal de ler. Legal ao ponto que uma série de livros foi lançada, enriquecendo a história e o cenário do jogo. E por todo o mês de março, sempre que eu tinha uma noite livre, com uma, duas ou doze horas livres, eu jogava, e lia, e conversava com todos os personagens do jogo, lendo de me lamber aquela história toda.

Minha esposa, que gosta de me estragar mais avó de neto único, quando viu na Saraiva uma série de PocketBooks à venda sobre o jogo, ela não titubeou em comprá-lo para mim, que passei a intercalar os momentos de jogo no computador e faxina na casa, com as leituras dos pockets. E são uma delícia de ler aqueles livros, sem o compromisso de serem uma literatura premiada, mas com o compromisso de prenderem nossa atenção e de nos divertirmos, que afinal, é para isso que estamos na Terra.

Eu sei que li pouco em março, mas não posso dizer que foi um mês que me diverti pouco com a leitura, ainda que tenha sido sobre jogos e RPG.

Comentários

Editora Delearte disse…
Para isso é a leitura! Para nos divertirmos!

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