Overthinking Iron Man 3

De volta com a coluna que nasceu neste blog, Overthinking Iron Man 3 busca justamente colocar no papel, todas minhas divagações e viagens sobre o filme, o herói e a trilogia. Este texto terá spoilers, então, não leia se não quiser saber o roteiro. Eu já adianto, eu adorei o filme e sou altamente suspeito para falar sobre ele. Então, só pule para o próximo parágrafo, se quiser saber minhas opiniões sobre o filme.

O filme começa nos mostrando um Tony Stark obcecado por sua paixão, construir armaduras, e também mostrando sua paranóia pela descoberta de alienígenas, deuses e outras dimensões. Tony começa o filme construindo sua armadura mais recente, a Mark 42, capaz de se montar sob demanda, e facilitar muito a vida do nosso herói, pois nenhum outro dos Vingadores precisa de tanto tempo para se vestir como ele. Isto só, já é um detalhe muito interessante, a evolução de como Tony veste a armadura.

O filme 1 nos mostra a criação da primeira armadura, a evolução dela, nos laboratórios na casa do Tony, e processo de remoção desta armadura, que amassada por balas e pancadas, é difícil de tirar. O filme dois, nos mostra uma armadura mais simples de por e tirar, mas as máquinas estão lá, naquele local específico em seu palco ou em sua casa para tirar a armadura dele. Um pouco melhor e ainda há armadura na mala, que é fenomenal. No filme Vingadores, vemos o mesmo sistema de colocar e tirar armaduras do filme dois, um pouco melhorado, agora ele pode tirar a armadura enquanto se movimenta.  E apresenta o primeiro conceito de armadura "empacotada para levar", que é uma mistura da armadura da Mala, com rastreadores para se posicionar sobre o corpo do Tony. E então, a Mark 42. Robôs já não mais necessários para colocar a tirar a armadura do Tony.

A evolução, porém, não veio fácil, vem ao longo de 72 horas sem dormir seguidas, Tony ignorando o Jarvis dizendo que ele está fazendo errado a colocação dos sensores, e finalmente, esta armadura era um trabalho em andamento, Tony estava focado em faze-la se montar e desmontar fácil e em controlá-la remotamente. Já mencionei que Tony estava tendo crises de ataques de pânico depois de suas experiências em Nova York, no filme Avengers? Era natural que ele quisesse continuar contribuindo com os Avengers, sem necessariamente se colocar em combate, não é?

Pois bem, depois todos ficaram bravos, no filme, quando a casa de Tony é atacada, e sua armadura, surpreendentemente, não funciona quando surpreendidos no combate. Ela não estava pronta, calibrada, e Tony, em sua insônia e crises de pânico, esqueceu uma coisa ou outra. O resultado é o resto todo do filme.

Tony escapa com sua única armadura que não foi destruída pelo ataque ou que não ficou pronta nos escombros. Uma armadura ruim. Sem comunicação, não pode chamar os Vingadores para ajuda-lo e, honestamente, alguém acha que Tony Stark iria pedir ajuda? Ao longo do filme então, assistimos um filme mais centrado no Tony Stark que no Iron Man, mais o homem que a armadura. E isso é divertido.

O sumiço dos personagens coadjuvantes é um pouco incômodo. Senti falta de mais Peper Potts, Happy estava ferido, e uma pena que no final épico de 13 armaduras combatendo não se prendeu em apresenta-las. Jarvis em contra partida, que mal aparece participa do filme dois, é muito mais participativo neste filme, fazendo o contraponto ao herói. Falando em herói, o papel do Patriota Americano, antigo War-Machine, é pífio. Mas tirando isso, vemos uma evolução tão bem amarrada que é rara de ver no cinema atual: a evolução cuidadosa como as armaduras do Tony evoluem, e o mais importante, como Tony Stark é também falho e humano, ao cometer erros em seu frenesí construtivo.

Quem já trocou de smartphone, sabe que é chato se acostumar com os detalhes, onde baixar isso e aquilo, como acessar este ou aquele arquivo do smartphone no computador. Imagina trocar o conceito todo de uma armadura? Esses pequenos detalhes dão credibilidade ao herói. Além disso, se Tony estivesse com a armadura do filme 2 ou 3 funcionando, não tinha filme. Sejamos francos, com uma armadura boa e funcionando, qual pode ser o vilão para deter Tony Stark?

Não vi ninguém comentar, então faço eu meu comentário: depois do filme 2 do Iron Man, a cena pós créditos do filme tem uma frase curiosa, diferente dos outros filmes, que anunciavam o retorno do herói num próximo filme, este termina informando Tony Stark Will be back. Mais alguém pegou a sutileza?

Comentários

Abelardo disse…
Eu também gostei, vi um pessoal falando horrores do filme, mas achei exagero. Foi bem divertido.
Ótima análise do filme.
Lord Julio disse…
Bom pra quem é mto fã do herói nos quadrihos, realmente não curtiu, afinal o vilão principal estava indo bem até ser revelado que era um ator fanfarrão (no sentido comico da coisa) e não o terrista que se apresentava (esta é a opinião da maioria que leu ou lê os quadrinhos e conhece o Mandarim). Eu leio e sou formado em quadrinhos, adoro todos os vingadores, porém sei bem separar as midias, quado um filme é baseado em um herói, pra mim pelo menos sua essência e também sua familiaridade com os quadrinhos deve permanecer, mas podem ser apresentadas de formas diferentes, desde que façam sentido nesta midia, e complementem os quadrinhos, sua fonte original e oficial de inspiração. Adorei o filme...um dos melhores da Marvel, que pra mim, acerta a cada novo filme. Quanto a frase final, vejo tão inutil quanto a do final de Thor, que dizia que o herói voltaria em Os Vingadores, esta frase do final é identica, porem sem Os Vingadores 2, pois é quando termina o contrato de Tony Stark. Há rumores de que ele apareça em Guardiões da Galáxia, mas são boatos. Gostei muito da análise do filme, só rebato o ponto das armaduras, pois sempre haverá ameaças as quais Tony Stark não previu que por mais em ordem e funcionando estaja sua armadura, não serão eficazes para tal vilão ou situação, isto acontece muito nos quadrinhos.

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