Resenha: Steve Jobs, Walter Isaacson

Lendo o livro A Biografia de Steve Jobs, de Walter Isaacson, é impossível não se apaixonar pela determinação do mesmo ao longo de sua vida, de alcançar feitos notáveis. Nos faz questionar, quantas vezes não chegamos em casa e nos atiramos na frente da TV, enquanto deixamos centenas de boas oportunidades passaram na nossa frente sem que façamos alguma coisa.

Jobs, quando foi demitido da empresa que fundou em 1986, era um homem rico, a Apple, apesar dos tropeços já claros, ainda lhe rendia uma fortuna em ações. Ele poderia ter ido para as ilhas Caymans, ter
ido ao caribe, mas ele pegou o dinheiro do seu próprio bolso e sustentou uma nova empresa, a NeXT, por três anos, sem ter um único produto à venda. Ele torrou 8 milhões de dólares dele mesmo, e então capitou mais 100 milhões em investidores que ele abordou pessoalmente, até mesmo o rei da Espanha foi um que contribuiu, em uma visita aos Estados Unidos.

Durante seu período na NeXT, quando a companhia vazava dinheiro e o mercado ria do seu produto, mais um sistema operacional, mais um sistema, e os tão poucos programas criados para essa plataforma, ele via seu dinheiro extinguir-se, mas então, descobriu a que a Lucas Films estava vendendo sua unidade de efeitos especiais e ele pensou, por que não? E comprou a Pixar.

Ele ainda trabalhou por mais de 4 anos na Apple em troca de uma única ação simbólica da companhia, e um salário de um dólar por ano. O dinheiro nunca foi sua motivação principal, embora ele soubesse cobrar quando tinha a oportunidade, mas meu ponto não é esse, é a paixão de um ser humano e sua força de movimentação.

Steve Jobs poderia ter parado quando criou o Apple II, mas ele queria um computador que ele foi o reconhecido autor, e queria mais também, queria interface gráfica e um sistema simples de usar para os usuários. Ele criou o MacIntosh original, e então ele tinha seu filho que o colocou no Hall da Fama, mas ele queria mais. Ele criou a NeXT para criar WorkStations para sistemas acadêmicos, e seu computador que vendeu super mal e custava mais de 6000 dólares foi o pináculo do nascimento da Internet. No CERN, que comprou algumas destas Workstations acadêmicas, nasciam os protocolos que deram origem à internet como a conhecemos hoje.

Com o departamento de efeitos especiais, ele criou softwares e sistemas de animação que venderam mal, eram caros para o usuário final e requeriam hardware que pessoas comuns não poderia comprar, mas deu origem aos filmes fantásticos da Pixar, Toy Story, Procurando Nemo, Wall-E, Cars e tantos outros.

E foi, de volta à Apple, que ele levou as ações da empresa de 13 dólares aos 485 que valem hoje. Não morreu rico, tinha um nível confortável de vida, mas nunca teve um empregado em sua própria casa. Nem seguranças, e morava num bairro de classe média alta em Palo Alto. Não fundou uma fundação assistencial ou tão pouco foi um ser humano gentil com outros. Mas sua determinação em atingir a perfeição é a lição que eu levarei para o resto da minha vida comigo...

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