Crônica: A vida não ensina, insinua...

“A vida não ensina, insinua”, já dizia H um berto G essinger (e alguém antes dele). D e fato, a vida nos ensina, mas não dá lições claras. A vida é sutil como o querer de uma mulher. A vida não ensina. Se ela fosse clara na lição, todo idoso seria sábio e os botecos mais pobres, sem sua massa de clientes. Muitos jovens, seguindo sua sabedoria, não cairiam nos mesmo erros de todas as gerações. O capitalismo já tinha sido banido, a desigualdade social enterrada e a globalização não seria sinônimo de competição mundial pelo menor salário, e sim a utópica aldeia global imaginada pelos de mente mais aberta. Imagine você um mundo sem fronteiras, sem paraíso para se viver depois, por que o paraíso seria na Terra.“Um sonhador você dirá...”

 Mas a vida não ensina, ela insinua! E por estarmos tão atentos aos nossos umbigos que ignoramos as suaves lições da vida. Deixamos de ver o por do sol, a beleza do reflexo do sol no mar, ou um lindo luar estrelado, por acharmos suficiente as fotinhas em powerpoint que sempre recebemos. Deixamos de ouvir o sussurro maravilhoso da vida, em troca da nossa eterna correria. Corremos pela nossa carreira, pelos nossos salários, pelo futuro dos nossos filhos ainda não nascidos, pela casa que vamos comprar em anos, pelo carro que um dia terei. Mas nunca corremos pela crescente desigualdade social, pela imensa massa de lixo crescente, fruto de nossa vida cada vez mais descartável. Nunca corremos a ajudar alguém . “É golpe. É para a pinga. É dinheiro fácil que o vagabundo quer”. Nos escondemos atrás de máscaras para não ajudarmos. Eu faço isto, confesso! Mas querer mudar é um passo importante no processo, não?



A vida não ensina! Vemos isto em exemplos recentes do dia a dia. Os políticos sempre nos roubam, vamos votar no rouba mas faz... opa,acho que de certa form a,a vida fez seu trabalho aqui,heim ? M as também vimos algo interessante. O voto de protesto no PRONA começa a desmoronar diante das acusações que surgem de cada canto. Será que o erro foi dos jovens que votaram por: (1) protesto; (2) por ignorância política ou; (3) por ser obrigado? Será que o voto obrigatório, que sempre serviu aos coronéis, agora virou um tiro pela culatra?


E a política do roubo? Como dizer para as crianças de hoje que não é heróico ser bandido? Como explicar que não é legal ser capa de revistas pelo Brasil todo, manchetes de jornais aqui e no exterior? Ainda mais agora que descobriram o número de posses, principalmente em imóveis, que o Fernandinho Beira M ar tinha. Sem falar nas posses que ele colocou em nom e de fam iliares e “chegados”. Com o explicar para uma criança que a vida de crime não compensa, que é arriscado, se o simples fato de ir a escola representa um perigo igual com recompensas muito menores em nosso ensino falido e para FMI ver?

A vida não ensina, insinua, e cabe a nós queremos aprender. 

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