Resenha: Ponto de Impacto, Dan Brown
A primeira vez que li Dan Brown, fiquei bestificado. As viradas do roteiro, o ritmo de thriller de cinema num livro, a leitura elevada a outro patamar, não por recurso literários, mas uma história que prendia a atenção do começo ao fim. Logo depois, gostei de ver em outro livro que não fora um golpe de sorte de Dan Brown, ele tinha um plano, era bom...
A terceira vez que li Dan Brown, fiquei um pouco incomodado pela sensação de Deja-vú.
Personagens com traumas de infância, reviravoltas inesperadas, chefes que eram
baluartes de sabedoria revelando-se vilões. Mas o ritmo era bom e eu levava minha leitura.
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Agora, pela quarta vez li Dan Brown. Um livro que eu já tinha fazia tempo, que eu já
havia começado a ler outras três vezes e que até estava na prateleira dos livros lidos,
(que eu, na minha gula, consigo acumular vários livros por ler, antes de ir eliminando
um a um. Estes livros em fila de leitura aguardam sua vez numa prateleira específica).
Bom, a verdade é que fui lá, peguei meu livro "lido" e re li tudo. Estou falando do título
"Ponto de Impacto", personagens cativantes, mas estava lá, aquilo que caracterizou tão
bem o escritor, agora foi reduzido a uma receita. Personagens humanos, com alguma
profundidade, mas facil de se confudirem entre um livro e outro. Quando falávamos de
Sophie, quando falávamos de Rachel Sexton? (ou da filha do pesquisador morto em:
entre anjos e demônios?). Michel Tollegan estava em qual livro mesmo?
Sobre as histórias de Dan Brown, todas desenrolam-se sobre um único dia, narrada no
melhor estilo "24 horas", tornando aqueles grandes cartapágios em diários de um só
dia. Difícil de acreditar, mas a isto se deve boa parte da dinâmica da história, um dia
quase sem paradas para o banheiro que seja, sob a optica de diversos personagens em
suas próprias tramas, simultaneamente. Outra coisa que podemos afimar sobre o autor
é que ele, definitivamente, sofre de TOC (Transtorno da Obsessão Compulsiva), em
específico, TOC por informação. Na sua busca por ser muito real, dar verossimilidade à
sua história, a cada vez que um novo item aparece em cena, um avião moderno, uma
arma nova ou até mesmo um celular mais chinfrim, uma longa descrição do mesmo
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interrompe a história por páginas. Eu que sou um leitor mais voraz, quando sinto que a
velocidade da trama estava sendo prejudicada por baldes de informação inúteis, sem
titubear, eu pulava uma página ou duas sem prejuízo à história...
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Mas apesar de tudo, da receita entre os livros, dos personagens parecidos e dos baldes
de informações nem sempre relevantes, Dan Brown vicia. Você começa a ler um livro
novo e, xingando ou adorando, você só o solta quando termina a última página. Eu fiz
isso com Ponto de Impacto, acabei trocando uma noite de sono bem dormida, por
devorar uns dez capítulos finais do livro, que eu sempre xinguei ser cópia dos outros...
Vai entender...
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