Overthinking: A natureza da música
Desde os tempos mais antigos o homem busca encontrar o
prazer através dos sons, o homem desenvolveu batucadas
rítmicas para adorar seus deuses, então "perveteu" esta
adoração e começou a falar de outras coisas, da mulher que foi
embora, do cachorro que morreu atropelado, e da sogra que já
vai embora, enfim, futilidades.
Até os anos 50 foi ultra romântico cantar, no gogó já que microfones, auto-falantes e tudo o mais não havia, músicas sobre amores possíveis e impossíveis. Depois vieram quatro garotos de Liverpool, aqueles degenerados, e fizeram o mesmo, mas com guitarras e bateria, e com cabelos (quase) compridos. Foi um escândalo para não falar do sucesso. De lá para cá o homem criou ritmos, alguns constrangedores de rever olhando para trás, quase uma paródia dos sons de hoje, mas foi o preço que pagamos pelo aprendizado: glan-rock, o metal maquiado e de salto alto do KISS, até atingirmos o POP, o som que caiu no gosto de milhões, praticamente perdeu todos os significados e volta a falar, sem brilhos criativos em genialidades vocais e extremamente aparado por equipamentos e última geração, sobre amor que foi embora, Deus (U2), o cachorro que foi embora ou a festa de ontem a noite na garagem da visinha. Isso, as que ainda tentam falar de alguma coisa.
Nos últimos tempos a pobreza musical é tal que nada se cria, regrava-se sucessos do passado em novas roupagens mas despidos dos significados que deram àquelas músicas utilidades de hinos de gerações rebeldes. Triste e pobre humanidade, que assiste cabisbaixa ao seu último herói, o rock, morrer sem mudar o mundo. Tristes ouvintes paulistanos que vêem mais uma das outoras rádios rock, caírem vítimas da perversão da popularidade.
Em pensar que os ritmos nasceram para serem uma manifestação, o fim da guerra (War Piggs - Black Sabbah), o amor ao próximo e a este mundo (Imagine - John Lennon), ou até mesmo o lamento de um povo inteiro, como o Blues em suas origens. Todos pervertidos pelo dinheiro, pelos blockbusters. Todos os anos nascem e morrem uma centena de bandas com um único sucesso rítmico e nenhuma mensagem, The Verve, New Radical, Link Parking etc.
Para os que não sabem, o blues nasceu dos escravos norte americanos. Lá, como os de cá, eles faziam após o dia de trabalho uma roda e batucavam. Batucavam lamentos, homenagens aos deuses deles, batucavam festas em dias mais alegres, mas o senhores de engenho por lá, diferente dos de cá e já paranóicos, achavam que naqueles batuques poderia haver a comunicação entre os escravos de outras fazendas, eles poderiam estar levantando um motim! Poderiam também estar invocando maldições para seus deuses combaterem o homem branco. Sem pestanejar, aqueles senhores de engenho trocaram os batuques por violões com os escravos: "querem tocar algo, toquem este que eu conheço", aqueles escravos então acharam o som das cordas algo sem alegria, sem rubor, e fizeram dalí um som triste, um lamento, pelos seus dias, sua condição, e sem querer, criaram o blues, o Jazz e uma alegria para uma geração inteira, mais feliz, por viver num mundo onde o povo parava de trabalhar para batalhar por seus direito e que tinha um fiapo de generalidade para dar ao mundo, bem diferente dos dias de hoje, infelizmente...
Até os anos 50 foi ultra romântico cantar, no gogó já que microfones, auto-falantes e tudo o mais não havia, músicas sobre amores possíveis e impossíveis. Depois vieram quatro garotos de Liverpool, aqueles degenerados, e fizeram o mesmo, mas com guitarras e bateria, e com cabelos (quase) compridos. Foi um escândalo para não falar do sucesso. De lá para cá o homem criou ritmos, alguns constrangedores de rever olhando para trás, quase uma paródia dos sons de hoje, mas foi o preço que pagamos pelo aprendizado: glan-rock, o metal maquiado e de salto alto do KISS, até atingirmos o POP, o som que caiu no gosto de milhões, praticamente perdeu todos os significados e volta a falar, sem brilhos criativos em genialidades vocais e extremamente aparado por equipamentos e última geração, sobre amor que foi embora, Deus (U2), o cachorro que foi embora ou a festa de ontem a noite na garagem da visinha. Isso, as que ainda tentam falar de alguma coisa.
Nos últimos tempos a pobreza musical é tal que nada se cria, regrava-se sucessos do passado em novas roupagens mas despidos dos significados que deram àquelas músicas utilidades de hinos de gerações rebeldes. Triste e pobre humanidade, que assiste cabisbaixa ao seu último herói, o rock, morrer sem mudar o mundo. Tristes ouvintes paulistanos que vêem mais uma das outoras rádios rock, caírem vítimas da perversão da popularidade.
Em pensar que os ritmos nasceram para serem uma manifestação, o fim da guerra (War Piggs - Black Sabbah), o amor ao próximo e a este mundo (Imagine - John Lennon), ou até mesmo o lamento de um povo inteiro, como o Blues em suas origens. Todos pervertidos pelo dinheiro, pelos blockbusters. Todos os anos nascem e morrem uma centena de bandas com um único sucesso rítmico e nenhuma mensagem, The Verve, New Radical, Link Parking etc.
Para os que não sabem, o blues nasceu dos escravos norte americanos. Lá, como os de cá, eles faziam após o dia de trabalho uma roda e batucavam. Batucavam lamentos, homenagens aos deuses deles, batucavam festas em dias mais alegres, mas o senhores de engenho por lá, diferente dos de cá e já paranóicos, achavam que naqueles batuques poderia haver a comunicação entre os escravos de outras fazendas, eles poderiam estar levantando um motim! Poderiam também estar invocando maldições para seus deuses combaterem o homem branco. Sem pestanejar, aqueles senhores de engenho trocaram os batuques por violões com os escravos: "querem tocar algo, toquem este que eu conheço", aqueles escravos então acharam o som das cordas algo sem alegria, sem rubor, e fizeram dalí um som triste, um lamento, pelos seus dias, sua condição, e sem querer, criaram o blues, o Jazz e uma alegria para uma geração inteira, mais feliz, por viver num mundo onde o povo parava de trabalhar para batalhar por seus direito e que tinha um fiapo de generalidade para dar ao mundo, bem diferente dos dias de hoje, infelizmente...
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