Crônica: Reflexão Paulistana
Olhar pela janela me constrange, ao vislumbrar do alto do edifício Sevilha minha cidade de São Paulo. Dentre a selva de pedra que se apresenta diante dos meus olhos, não vislumbro mais a hegemonia Paulistana, vislumbro fragmentos de povos fortes mas que agora não estão mais coesos, estão soltos, frágeis, brigando pela própria sobrevivência.
Ao olhar pelo vidro do edifício onde trabalho, não vejo mais a São Paulo da garoa, São Paulo terra boa. Não vejo a São Paulo trabalhadora e orgulhosa, vejo um povo pequeno, miserável e ainda assim, mesquinho, pombos que brigam por migalhas, quando têm toda a nação ao alcance das próprias mãos.
Me constrange vivermos neste tempo de estiagem elétrica. Nestes tempos de rodízio d'água. Que fizemos nós a nossa própria terra? A resposta surge ao imaginar dentro de cada apartamento, de cada andar, de cada prédio que minha vista alcança, imaginar uma torneira aberta, água desperdiçada energia jogada fora, potencialidade desperdiçada mata morta para virar prédio, por nada.
Sem a mata Atlântica, ficamos sem nossa garoa típica, nosso ar não é mais úmido e frio, nosso povo não veste mais ternos elegantes, orgulhosos da própria grandiosidade. Não somos mais cidadãos desrespeitamos nosso próprio povo. Ontem um garoto atirou longe o copo de Sunday que consumia, jogou-o na rua simples e displicentemente.
Mas é estranho notar como somos mais civilizados em bairros nobres. Como tememos repreensão em bairros bonitos como jardins. O fato de alguém se importar com a calçada a ponto de fazer dela um bonito jardim, o fato de alguém se importar com a paisagem ao ponto de mesclar suas casas com as árvores do quintal, faz com que nos importemos.
Como aquele garoto de a pouco iria se importar com o copo de Sunday na rua, onde comerciantes jogam sacos de lixo mal fechados na calçada e deixam suas faixadas cada vez mais decadentes, pichadas, sujas e quebradas.
O problema era do garoto, de não jogar o lixo fora, ou ele próprio sentia-se tranquilo e à vontade para jogar fora, estava ele próprio no lixo, era mesmo só soltar o copo no ar?
Ao olhar pelo vidro do edifício onde trabalho, não vejo mais a São Paulo da garoa, São Paulo terra boa. Não vejo a São Paulo trabalhadora e orgulhosa, vejo um povo pequeno, miserável e ainda assim, mesquinho, pombos que brigam por migalhas, quando têm toda a nação ao alcance das próprias mãos.
Me constrange vivermos neste tempo de estiagem elétrica. Nestes tempos de rodízio d'água. Que fizemos nós a nossa própria terra? A resposta surge ao imaginar dentro de cada apartamento, de cada andar, de cada prédio que minha vista alcança, imaginar uma torneira aberta, água desperdiçada energia jogada fora, potencialidade desperdiçada mata morta para virar prédio, por nada.
Sem a mata Atlântica, ficamos sem nossa garoa típica, nosso ar não é mais úmido e frio, nosso povo não veste mais ternos elegantes, orgulhosos da própria grandiosidade. Não somos mais cidadãos desrespeitamos nosso próprio povo. Ontem um garoto atirou longe o copo de Sunday que consumia, jogou-o na rua simples e displicentemente.
Mas é estranho notar como somos mais civilizados em bairros nobres. Como tememos repreensão em bairros bonitos como jardins. O fato de alguém se importar com a calçada a ponto de fazer dela um bonito jardim, o fato de alguém se importar com a paisagem ao ponto de mesclar suas casas com as árvores do quintal, faz com que nos importemos.
Como aquele garoto de a pouco iria se importar com o copo de Sunday na rua, onde comerciantes jogam sacos de lixo mal fechados na calçada e deixam suas faixadas cada vez mais decadentes, pichadas, sujas e quebradas.
O problema era do garoto, de não jogar o lixo fora, ou ele próprio sentia-se tranquilo e à vontade para jogar fora, estava ele próprio no lixo, era mesmo só soltar o copo no ar?
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