Incongruências
Em 2005 o MSNBC anunciava as vendas do então
último livro da Rowling e seu Harry Potter e o
príncipe mestiço. Com o livro em lançamento
mundial simultâneo o livro vendeu astronômicos
6.9 milhões de cópias, mais de 250.000
cópias/minutos, e cravava um recorde mundial
nas vendas.
Agora, apenas dois depois, eu passeava pela livraria Saraiva na sexta, dia 9, nas vésperas do lançamento nacional do último livro, aquele que encerra um saga, amarra as pontas, que conclui um capítulo estranhamente longo, lucrativo e absolutamente inoculo da fantasia infantil. Nos caixas, pilhas e mais pilhas dos livros nos saquinhos amarelos da rede de megaStore, fruto das pré-vendas, no centro da entrada, uma pilha imensa do livro com a placa: Não perca, à meia noite abertura das vendas do livro do ano, e ninguém, ninguém olhando a placa, se não pela curiosidade errada. Fiquei tentando, é verdade, a esticar o braço, pegar um e passar pelo caixa, com a maior naturalidade e ver se alguém me impedia. Preço tinha, estava lá à disposição, mas ainda bem que não peguei, teria estragado a surpresa do que viria à seguir...
No dia 10, dia do grande lançamento, eu fui ao mercado comprar cerveja, simples assim. Não estava vazio, mas ninguém estava comprando o item quase no destaque, o destaque real eram os itens de natal, em segundo lugar: o último livro de Harry Potter, uns 50 deles, nenhuma criança ao redor e o preço menor que a pré-venda da Saraiva. Aí eu peguei o livro, minha caixa de cerveja e fui para o caixa. No dia de lançamento nacional, a cerveja deu mais trabalho para ser comprada.
Eu só fico curioso com a imensa volatilidade do homem, com a forma com que num mês idolatramos algo, e logo depois achamos aquilo o item mais cafona do mundo. Mesmo que eu próprio pratique isto na minha vida, e eu pratico, não consigo deixar de me surpreender. Somos realmente incríveis, enquanto humanidade e como humanos.
Agora, apenas dois depois, eu passeava pela livraria Saraiva na sexta, dia 9, nas vésperas do lançamento nacional do último livro, aquele que encerra um saga, amarra as pontas, que conclui um capítulo estranhamente longo, lucrativo e absolutamente inoculo da fantasia infantil. Nos caixas, pilhas e mais pilhas dos livros nos saquinhos amarelos da rede de megaStore, fruto das pré-vendas, no centro da entrada, uma pilha imensa do livro com a placa: Não perca, à meia noite abertura das vendas do livro do ano, e ninguém, ninguém olhando a placa, se não pela curiosidade errada. Fiquei tentando, é verdade, a esticar o braço, pegar um e passar pelo caixa, com a maior naturalidade e ver se alguém me impedia. Preço tinha, estava lá à disposição, mas ainda bem que não peguei, teria estragado a surpresa do que viria à seguir...
No dia 10, dia do grande lançamento, eu fui ao mercado comprar cerveja, simples assim. Não estava vazio, mas ninguém estava comprando o item quase no destaque, o destaque real eram os itens de natal, em segundo lugar: o último livro de Harry Potter, uns 50 deles, nenhuma criança ao redor e o preço menor que a pré-venda da Saraiva. Aí eu peguei o livro, minha caixa de cerveja e fui para o caixa. No dia de lançamento nacional, a cerveja deu mais trabalho para ser comprada.
Eu só fico curioso com a imensa volatilidade do homem, com a forma com que num mês idolatramos algo, e logo depois achamos aquilo o item mais cafona do mundo. Mesmo que eu próprio pratique isto na minha vida, e eu pratico, não consigo deixar de me surpreender. Somos realmente incríveis, enquanto humanidade e como humanos.
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