Sobre escritoras e o feminino...
Eu sou um admirado confesso de
escritoras, acho fantástico o trabalho
com o emocional que é capaz de
fazer estas mulheres, desde Clarice
Lispector à Julia Medrado. Até
mesmo falando de tecnologia as
mulheres são fantásticas, pois sofrem
muito menos o impacto das
inovações e julgam pela tabela
útil/inútil, e só.
Mas por outro lado, achar boas escritoras não só anda muito difícil, como também parece que o processo de renovação em seu batalhão tem sido injusto com sua causa. Há cada vez menos mulheres escrevendo. Taty Bernardes, Tatiane Prata, Marta Medeiros, contra o batalhão de mulheres do passado. A tocha não tem sido justamente passada.
Mas também, pera lá: alguém já imaginou como as próprias mulheres vêm tornando seu dia-a-dia mais complicado? São tantos os compromissos sociais (incluindo aqueles que são só para elas) que é mesmo difícil achar tempo para escrever, quiçá, inspirar-se!
A mulher tem que primeiro, ficar bonita para ela, então marca depilação, dermatologista, cabeleireiro, onde a última coisa que fazem é cortar as madeixas, mas sim pintar as unhas, maquiagem, massagens, terapias de grupo e fofocam. Há então as obrigações sociais: ver as amigas, a mãe, visitar parentes, encontro de formadas da 6a série, enfim, milhares, e cada qual precedida por horas de cabeleireiros, maquiagens e corridinhas ao shopping, para comprar aquele par de sapatos, bolsa ou mesmo um vestidinho básico de última hora.
Então vêem os compromissos com a família, se já a possuem, ou do emprego, se ainda o possuem. E claro, mandar no inútil do marido delas. Que ninguém é de ferro.
Agora me digam, como que uma mulher, que está assim digamos, numa festa de gala, é suposta a escrever algo, ou ainda inspirar-se que seja, quando precisa equilibrar- se num salto agulha 12, administrar a meia calça que irrita, colares, brincos e anéis que não podem prender no vestido da amiga do lado, o perfume que vai usar, a cor do sapato, do vestido, da bolsa, do cinto, da tintura de cabelo, do esmalte das unhas e, o mais difícil, manter a noite toda a postura extremamente ereta, para dividir com o pulmão a tarefa árdua de prender o ar e esconder a barriguinha e ainda observar como todas as outras mocréias estão vestidas! Quem consegue pensar em gramática numa hora destas? Sem contar vigiar o inútil do marido delas, que, depois de tanto trabalho que tiveram para se arrumar, só querem mesmo é falar de futebol na rodinha de amigos que tirando a roupa, são as mesmas crianças desde o jardim da infância.
Mas por outro lado, achar boas escritoras não só anda muito difícil, como também parece que o processo de renovação em seu batalhão tem sido injusto com sua causa. Há cada vez menos mulheres escrevendo. Taty Bernardes, Tatiane Prata, Marta Medeiros, contra o batalhão de mulheres do passado. A tocha não tem sido justamente passada.
Mas também, pera lá: alguém já imaginou como as próprias mulheres vêm tornando seu dia-a-dia mais complicado? São tantos os compromissos sociais (incluindo aqueles que são só para elas) que é mesmo difícil achar tempo para escrever, quiçá, inspirar-se!
A mulher tem que primeiro, ficar bonita para ela, então marca depilação, dermatologista, cabeleireiro, onde a última coisa que fazem é cortar as madeixas, mas sim pintar as unhas, maquiagem, massagens, terapias de grupo e fofocam. Há então as obrigações sociais: ver as amigas, a mãe, visitar parentes, encontro de formadas da 6a série, enfim, milhares, e cada qual precedida por horas de cabeleireiros, maquiagens e corridinhas ao shopping, para comprar aquele par de sapatos, bolsa ou mesmo um vestidinho básico de última hora.
Então vêem os compromissos com a família, se já a possuem, ou do emprego, se ainda o possuem. E claro, mandar no inútil do marido delas. Que ninguém é de ferro.
Agora me digam, como que uma mulher, que está assim digamos, numa festa de gala, é suposta a escrever algo, ou ainda inspirar-se que seja, quando precisa equilibrar- se num salto agulha 12, administrar a meia calça que irrita, colares, brincos e anéis que não podem prender no vestido da amiga do lado, o perfume que vai usar, a cor do sapato, do vestido, da bolsa, do cinto, da tintura de cabelo, do esmalte das unhas e, o mais difícil, manter a noite toda a postura extremamente ereta, para dividir com o pulmão a tarefa árdua de prender o ar e esconder a barriguinha e ainda observar como todas as outras mocréias estão vestidas! Quem consegue pensar em gramática numa hora destas? Sem contar vigiar o inútil do marido delas, que, depois de tanto trabalho que tiveram para se arrumar, só querem mesmo é falar de futebol na rodinha de amigos que tirando a roupa, são as mesmas crianças desde o jardim da infância.
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