Capítulo 38: A libertação

Nyanara sempre viveu assistindo às pessoas revelarem suas mentiras e suas vergonha e sempre, sempre foi tragada para a sala vermelha, suja e vergonhosa, a sala do constrangimento, onde as pessoas encaravam suas vergonhas e aos que mentiram a vida toda. Mas nada a preparou para o que ela viu, ao abrir os olhos após o transporte mágico...

Ela estava numa sala branca, linda, o quarto de uma princesa, o chamado quarto da liberdade. Sobre as janelas que apontavam para jardins paradisíacos, lindos e puros, sem uma única mosca, mosquito ou pernilongo, podia-se ler: A verdade os libertará! Claro que nem todo o constrangimento estava banido...

Derleth e Bloch se beijavam ardentemente, e Nyanara quase tossiu um pulmão de tanto pigarrear para que elas parassem...

Leah e Flock também estavam abraçados. E Andy cantava feliz "Não sou gay! Não sou gay! Ele era menina o tempo todo! Eu sabia! Eu sabia!".

A Mestra estava reunida com Pikathulhu, Dholet e Scuttle. Quando o pokénomikon onde ela estava na forma de Têntátônix queimou, ela foi expulsa do receptáculo, mas oras, um receptáculo feito de pele humana, escritas de sangue em páginas de unhas e cabelos é tão bom quanto qualquer outro com os mesmos ingredientes... Claro, a mente adulta da mestra não podia suportar a nova ordem mundial, à qual apenas crianças podem lidar, e sua mente regrediu para quando ela tinha 12 anos, o que não faz absolutamente nenhuma diferença neste mundo maluco, à parte ela não poder beber, fumar ou dirigir até fazer dezoito anos de novo...

Tirando isto tudo, quatro dos "final five" estavam aqui, e Nyanara olhava a todos feliz. Eles lhe mostraram pela primeira vez a verdade da afirmação, a verdade os libertará, e foram os primeiros, em milênios que ela guarda o templo das revelações, que chegaram a esta sala... Ela ainda levaria um bom tempo tentando achar a saída, é claro, nunca havia vindo aqui antes, mas quem se importa. A verdade é libertadora afinal...

- Eu conjuro e invoco o Guardião dos Sonhos, o grande e último dos cinco deuses, para que se reunam nesta sala, ó sagrado Golfinho!

E com estas palavras, um golfinho bípede surgiu no meio da sala, molhado e com aquela cara de quem está permanentemente sorrindo. Os cinco deuses se abraçaram, encontrando-se finalmente neste novo mundo. Então olharam para as crianças, mas cobriram os olhos da direção que Derleth e Bloch se amavam, e disseram...

- Vocês nos ajudaram, e nos salvaram. A nova ordem está mantida, e agora viveremos aqui, na sala da verdade, guardando o sonho de Rylleh, e daremos a cada um de vocês os seus desejos...

- Flock, volte a ser Flor de Cactos, e agora, você terá o futuro que sempre sonhou, uma cantora brega de sertanejo, usando apenas roupas cor de rosa!
- Leah, poderá se casar com Flor de Cactos quando forem mais velhas, e serão felizes para sempre!
- Andy, será um poderoso líder de Templo Pokethulhu, e conhecerá a alguém muito parecido ao Flock que se apaixonou...
- Mas eu não sou gay! - Lamentou Andy -
- Calada bichona!

- E agora, o que faremos? - Perguntou Flor de Cactos, na forma de uma garota lindíssima, usando as roupas de uma princesa Disney, com direito à longas luvas de seda e abraçada à Leah...

- Agora, meus discípulos, vão, e juntem todos os deuses que conseguirem. Defendam o mundo do resto da resistência humana e sejam felizes...  É tudo que lhes pedimos...

- Nyanara olhou as garotas à sua frente e disse:

- Que tal se começarmos com uma batalha de Pokéthulhus? E Flor de Cactos lhe respondeu com um sorriso
- Só se for agora, gatona. E onde você comprou esses sapatinhos?

FIM...

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