Capítulo 39: Epílogo

Numa praia em Sharnoph Reef, um vendedor de tapiocas estranhava a demora de sua esposa. Ele gastara certo tempo reconstruindo seu quiosque à beira da praia, mas ele ainda que sofrera poucos danos.

- Por Jynx, onde andará minha esposa?
- Oi? - Perguntaram duas garotas. Uma ele achou que conhecia, mas a outra era Leah, a amiga de seu filho.
- Nada, nada, só me pergunto onde andará minha esposa...
- Bom, não sei, mas queremos duas tapiocas tio.
- Um minuto, já vão sair... Leah, né? Tudo bem? Tem visto meu filho?
- Tenho sim senhor, tio, mais do que imagina... Estamos namorando agora, e quando crescermos, vamos nos casar.
- Que lindo, tudo que sonhei, um varão, casado, me dando herdeiros... Obrigado garotinha, leve de graça a sua tapioca, e quem é sua amiga?
- O nome dela é Flor... Flor de Cactos - Disse Leah, caminhando enquanto deixava ao senhor Shields duro e de olhar perdido, como quem pensa "Mas será...?".

Não longe dalí, em Armitage, no mesmo instante em que todos estavam na ilha, fazendo suas revelações, Berto não soube dizer bem por que mas sentiu vontade de gritar umas verdades e gritou!

- Eu nunca fui criado por macacos! Meus pais eram assim mesmo, muito simples e primitivos! Eu tinha vergonha de admitir!

Berto, preso no feitiço da fada Butterfynx, ainda usava o vestido e saltos que Flock o havia ordenado. Mesmo como humano, ele não podia abandonar os desejos realizados para ele quando ele era um deus. Ele precisa que façam um novo pedido para ele que cancele o anterior... Por dias, ele odiou ao Flock por essa brincadeira sem graça, mas depois pegou o jeito do vestido e do salto. Por fim, descobriu que aquele valentão que ele sempre foi era na verdade um desejo reprimido, e ele pode finalmente, sair do armário...

Um ano mais tarde, uma viagem o levou até Sharnoph Reef, Berto já se chamava de Berta, havia emagrecido e estava muito bem com sapatos e bolsa combinando. Quando Andy o viu, não o reconheceu à princípio, mas seu coração bateu forte, acelerado... Ele havia conhecido sua nova paixão...

E de longe de tudo isso, além do continente e dos oceanos, além do globo da Terra, e do universo, distante, lá no início da criação, numa sala confortável que voava pelo nada, dormia Rylleh durante um intervalo comercial de sua televisão, e ao seu colo, o Rylleh que dormia estava agitadíssima, pois mesmo quando Rylleh dorme, existe uma de suas consciências que existe e vaga pelos mundos que criou, cuidando e não interferindo em nada. E seu nome é Nyanara.

Ela estava feliz de cumprir os desejos da sua consciência desperta, mesmo na forma de inconsciente. Pois Rylleh criava os mundos e povos, para vê-los se destruindo em batalhas... As batalhas das terras, entre os acólitos e os deuses estavam apenas começando.

Rylleh se aconchegou gostoso no sofá. Estava tendo um ótimo sonho...


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