Rotas de Fuga, por Emanuel Campos - Clube de Autores
Rotas de Fuga, por Emanuel Campos - Clube de Autores
Não é fácil ser escritor no Brasil. Aqueles que gostam de ler se tornam escritores, bons ou ruins, mas aqueles que não gostam de ler, não compram livros, seja de bons ou maus escritores. Escritores então estão relegados à escreverem entre si mesmos, lendo uns os livros dos outros e vice-versa. Mas eu quis, e quero ser um escritor. Quero por ser leitor, quero por querer ser lido, quero por tudo que me inspiraram muito, muitos escritores (e escritoras), eis alguns dos que recordo com carinho aqui, e perdão antecipado, por aqueles que vou me esquecer.
Claro que o talento supera tudo, Luiz Fernando Veríssimo, Paulo Coelho, Patrícia Melo, Ivana Arruda Leite, Marcelino Freire e tantos e tantos outros talentos estão aí para provar este ditado. Os escritores também gostam de ajudar, são altruístas, por saberem bem o que passaram para serem lidos.
Minha infância foi marcada por escritores que perdi contato, ou que já partiram. Marcos Rey, Lúcia Machado de Almeida, Marçal Aquino (ainda sem saber quem ele era e sem perceber que iria reencontrá-lo), Silvia Cintra Franco (Na barreira do inferno), Luiz Puntel, todos e cada um dos autores desta série fantástica.
Paulo Coelho se tornou o mago dos nerds ao partir em defesa e em divulgação da nova safra da literatura fantástica do país, Eduardo Spohr, Affonso Solano, Rafael Draconn, Leonel Caldela, Carolina Munhóz e tantos bons escritores que Paulo Coelho cita, mostra, aponta, indica a cada entrevista, a cada movimento.
Nos escritores de nichos, temos Marcelo Cassaro, ganhador quase anônimo do prêmio Jabuti de literatura, na categoria ficção científica. Por alguma razão as pessoas acham estranho escrever ficção científica no Brasil. Horas, somos um país tão grande, vasto, plural, quanto os Estados Unidos, talvez nossos cientistas não levaram o homem à lua, mas desde quando isso é critério de pouso para aliens? Com Cassaro juntam-se Marcelo Del Debbio, Evandro Gregório (autor dos quadrinhos Ledd), Antonio Augusto Shaftiel (ainda o melhor autor sobre anjos e demônios que já li), Rogério Saladino e uma turma muito grande.
No grande círculo (em literatura isso não quer dizer muito, mas...), Marcelino Freire, autor de antologias consagradas como Geração 90, manuscritos de computador, a revista PS:SP, a promoção e a dedicação à literatura, cinema, teatro do Brasil que o tornam o nosso Wil.I.am das letras. Com ele conheci uma grande safra de escritores, Nelson de Oliveira, Marcelo Mirisola, Marçal Aquino, André Sant'Anna, Fernando Bonassi, Ronaldo Bressane (e seus infernos de bolso), que obras.
Numa forma de meio campo, tivemos as obras de Branco Leone, a editora Os Viralata, onde conheci Alex Castro, Olivia Maia, Donizetti, Luiz Biajoni. Um movimento literário, falido, mas um movimento literário.
Meu pequeno movimento literário passa por Marcos Claudino, Robson Galeano, Moacyr Moreira, diretamente, que escrevíamos, nos líamos, e nos comentávamos, quando escrevíamos para o Beto Hora, em seu blog, junto de nomes incríveis, como Mauro Betting e tantos outros que passaram por aquele blog, época tão gostosa...
Como invejo e admiro a cada um deles. Como me realizo a cada oportunidade de vê-los, conhecê-los, apertar-lhes a mão e ganhar um autografo. Ser escritor no Brasil é atuar num mercado de nicho, é lutar, é ser um verdadeiro herói, no sentido mais extenso da palavra, um herói quase anônimo, que faz o bem sem olhar a quem, que age sem esperar ser pago. Ou talvez, talvez seja uma maldição. A compulsão da escrita, sem ninguém para ler. As noites revisando, relendo, inventando, corrigindo, tanto trabalho, tanta privação voluntária das novelas e do futebol, do Faustão e do Fantástico, mas sem ninguém, ninguém, para ler.
Seja como for, amo a cada letra lida. Amo como a um filho, cada letra escrita. Espero que você que leu até aqui, também ame. Espero que aqueles que não leram, nem isso, ou apesar disso, este post, este texto, que um dia descubram esse mundo mágico.
Não é fácil ser escritor no Brasil. Aqueles que gostam de ler se tornam escritores, bons ou ruins, mas aqueles que não gostam de ler, não compram livros, seja de bons ou maus escritores. Escritores então estão relegados à escreverem entre si mesmos, lendo uns os livros dos outros e vice-versa. Mas eu quis, e quero ser um escritor. Quero por ser leitor, quero por querer ser lido, quero por tudo que me inspiraram muito, muitos escritores (e escritoras), eis alguns dos que recordo com carinho aqui, e perdão antecipado, por aqueles que vou me esquecer.
Claro que o talento supera tudo, Luiz Fernando Veríssimo, Paulo Coelho, Patrícia Melo, Ivana Arruda Leite, Marcelino Freire e tantos e tantos outros talentos estão aí para provar este ditado. Os escritores também gostam de ajudar, são altruístas, por saberem bem o que passaram para serem lidos.
Minha infância foi marcada por escritores que perdi contato, ou que já partiram. Marcos Rey, Lúcia Machado de Almeida, Marçal Aquino (ainda sem saber quem ele era e sem perceber que iria reencontrá-lo), Silvia Cintra Franco (Na barreira do inferno), Luiz Puntel, todos e cada um dos autores desta série fantástica.
Paulo Coelho se tornou o mago dos nerds ao partir em defesa e em divulgação da nova safra da literatura fantástica do país, Eduardo Spohr, Affonso Solano, Rafael Draconn, Leonel Caldela, Carolina Munhóz e tantos bons escritores que Paulo Coelho cita, mostra, aponta, indica a cada entrevista, a cada movimento.
Nos escritores de nichos, temos Marcelo Cassaro, ganhador quase anônimo do prêmio Jabuti de literatura, na categoria ficção científica. Por alguma razão as pessoas acham estranho escrever ficção científica no Brasil. Horas, somos um país tão grande, vasto, plural, quanto os Estados Unidos, talvez nossos cientistas não levaram o homem à lua, mas desde quando isso é critério de pouso para aliens? Com Cassaro juntam-se Marcelo Del Debbio, Evandro Gregório (autor dos quadrinhos Ledd), Antonio Augusto Shaftiel (ainda o melhor autor sobre anjos e demônios que já li), Rogério Saladino e uma turma muito grande.
No grande círculo (em literatura isso não quer dizer muito, mas...), Marcelino Freire, autor de antologias consagradas como Geração 90, manuscritos de computador, a revista PS:SP, a promoção e a dedicação à literatura, cinema, teatro do Brasil que o tornam o nosso Wil.I.am das letras. Com ele conheci uma grande safra de escritores, Nelson de Oliveira, Marcelo Mirisola, Marçal Aquino, André Sant'Anna, Fernando Bonassi, Ronaldo Bressane (e seus infernos de bolso), que obras.
Numa forma de meio campo, tivemos as obras de Branco Leone, a editora Os Viralata, onde conheci Alex Castro, Olivia Maia, Donizetti, Luiz Biajoni. Um movimento literário, falido, mas um movimento literário.
Meu pequeno movimento literário passa por Marcos Claudino, Robson Galeano, Moacyr Moreira, diretamente, que escrevíamos, nos líamos, e nos comentávamos, quando escrevíamos para o Beto Hora, em seu blog, junto de nomes incríveis, como Mauro Betting e tantos outros que passaram por aquele blog, época tão gostosa...
Como invejo e admiro a cada um deles. Como me realizo a cada oportunidade de vê-los, conhecê-los, apertar-lhes a mão e ganhar um autografo. Ser escritor no Brasil é atuar num mercado de nicho, é lutar, é ser um verdadeiro herói, no sentido mais extenso da palavra, um herói quase anônimo, que faz o bem sem olhar a quem, que age sem esperar ser pago. Ou talvez, talvez seja uma maldição. A compulsão da escrita, sem ninguém para ler. As noites revisando, relendo, inventando, corrigindo, tanto trabalho, tanta privação voluntária das novelas e do futebol, do Faustão e do Fantástico, mas sem ninguém, ninguém, para ler.
Seja como for, amo a cada letra lida. Amo como a um filho, cada letra escrita. Espero que você que leu até aqui, também ame. Espero que aqueles que não leram, nem isso, ou apesar disso, este post, este texto, que um dia descubram esse mundo mágico.
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