Capítulo 13: Derleth e Block
Derleth e Block acordaram no meio da noite. Elas tinham agora 19 anos, e já estavam no limite da idade para serem cultistas Pokéthulhus. A mente de ambas já tinham dificuldades em aceitar a nova sociedade. Às vezes ambas poderia estar paradas, diante de dois Téntátônix em pleno ato sexual, e tudo que suas mentes viam eram a lista de compras do mercado, memórias de programas que queria assistir na TV, roteiros e tramas de novelas superficiais.
Manter-se ligadas a este mundo era algo que as duas queriam muito. Estavam felizes de terem deixado o Time Eibon, ainda que ele ainda existisse. Estavam felizes de terem feito amizade com Leah e com Flor, ainda que Flor fosse por vezes um menino mimado, outras vezes, uma megera ingrata e invejosa. De qualquer forma, suas influências sobre os Pokéthulhus via caindo, e elas sentiam isso a cada derrota para as duas meninas líderes de templos.
Nesta noite as duas olharam para fora, e viram a vila agora apenas deserta, sem a assombração dos corpos e sem nenhum Pokéthulhu, e sentiram o véu da realidade pesando sobre seus ombros. A vida fora desta loucura não seria tão má, afinal.
Derleth tinha conquistado o direito de viver na nova ordem mundial, ela não voltaria a ser o contador chato do passado. Block não era mais a líder feminista do velho mundo, mas não precisava, aqui, na nova ordem, logo depois dos deuses eram as mulheres que mandavam: Nyannara, a mestra dos mestres, exércitos clônicos de policiais Gostosas e enfermeiras Saradas. A grande Bibliotecária, Lumli, a maior Pokéthulóloga do mundo, por Jynx, Flor de Cactos poderia ser uma chata, mas era uma das melhores cultistas que já havia conhecido.
As duas sentiram-se distantes do mundo, um desejo estranho de voltarem para casa, fazer faxina, compras no shopping e assistir a um filme no cinema percorreu suas espinhas. Se deram as mãos, se beijaram longamente, e olharam para Flor e Leah dormindo. Talvez uma última luta, uma última viagem, pelos velhos tempos e pelas tentativas de matar à suas novas amigas, e então, procurar emprego e uma vida adulta para cuidarem... Só talvez.
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