Livro Todo Dia, David Levithan

O livro de David Levithan, Todo Dia, foi uma destas raras surpresas. Sem saber do que se tratava, simplesmente comecei a ler, e não consegui largar mais. Uma história que é um exemplo de criatividade numa era de "mais dos mesmos" que vivemos, a história te conduz a repensar todos os nosso preconceitos pela posição bastante ímpar do personagem A.

Nesse livro A acorda a cada manhã, num corpo diferente, negro, branco, oriental, latino, homem ou mulher. De comum entre os corpos, apenas a idade deles, sempre aquela que ele acredita estar também, pois a cada ano, ela muda. Passa o dia todo naquele corpo, mas à meia noite, ele, aconteça o que acontecer, ele tem que deixar aquele corpo, para na manhã seguinte estar em outro. E o fantástico é que o livro nem aborda questões como espiritismo como um poderia pensar através desta síntese. Ao contrário. "A" não sabe o que é, nem por que vivem assim, sabe apenas que pode "consultar" as memórias do corpo em que está e que quando está naquele corpo, ele está no controle.

Por definição, "A" gosta de dar aos corpos que visita, um bom dia, cumprir suas tarefas, ir à escola, e quando pode, jogar vídeo game. Até o dia que ele se apaixona, e tudo isso muda. "A" passa então, a cada corpo que ele esteja, seja qual for esse corpo, buscar a pessoa pela qual se apaixonou, e isso pode ser muito complicado quando "A" não controla para qual corpo vai, e nem onde esse corpo estará.

Através dessa história vemos os encontros de "A" acontecendo quando "A" está num corpo de um rapaz, ou de uma garota, e através dos encontros nós também conhecemos o passado deste personagem ímpar e incrível. E o melhor de tudo, é reconhecer "A", a cada personagem novo que ele amanhece, os mesmo trejeitos, manias e pensamentos. Uma história para romper barreiras, e um romance incrível. Leitura fantástica.

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