O que falamos nos condenará
Recentemnete venho abordando como cada vez mais, nada do que compramos é nosso de verdade. Mas ao que parece, cada vez mais também, tudo que opinamos, se torna capaz de se transformar em processo judicial e punição no mais alto grau. Em que planeta que estamos vivendo?
Se de um lado, os filmes que compramos têm restrições sobre como e onde podem ser exibidos, as músicas que compramos não podem ser escutadas ou transferidas nem para familiares incapazes de terem sua própria conta de banco e cartão de crédito, se tudo, tudo que compramos nos devices não é nosso, mas é uma concessão de uso, na hora que expressamos nossa opinião, nunca fui tão fácil te culpar por pensar assim e assado. E agora a lei também está em contra daqueles que produzem conteúdo. Mas do que estou falando? Em resumo, nada do que compramos é nosso, mas tudo que falamos, poderá e será usado contra nós.
Simples, começou a vigorar esta semanao novo AI5 o novo código civil denominado Marco Civil. Um código originalmente idealizado para defender o cidadão, garantir a neutralidade da internet (isto é, seus provedores não podem diminuir a sua velocidade de internet quando você usa algum serviço online, como skype, quando eles não concordam com isso, para garantir a velocidade dos serviços deles. O Marco Civil também deveria assegurar direitos dos consumidores em compras online e definir sobre direitos de propriedade num mundo online... Ou eu já estou inventando isso?
Seja como for, a primeira ação prática do Marco Civil foi vetar o Otário (tinha que ser ele), um canal do YouTubil que tem como missão expressão suas opiniões sobre os serviços e sistemas públicos ou privados. Ele, que já abordou telefonia, passagens aéreas, direito de protestar e da copa, entre milhares de outros assuntos, essa semana expressou suas opiniões sobre a greve de 24 horas dos Correios, e o que aconteceu com seu vídeo, cheio de palavrões como tantos outros? Foi vetado. Quem tenta acessá-lo para ver suas reclamações com o serviço de monopólio de entregas, seu vídeo foi censurado, no melhor estilo AI5.
Se de um lado, os filmes que compramos têm restrições sobre como e onde podem ser exibidos, as músicas que compramos não podem ser escutadas ou transferidas nem para familiares incapazes de terem sua própria conta de banco e cartão de crédito, se tudo, tudo que compramos nos devices não é nosso, mas é uma concessão de uso, na hora que expressamos nossa opinião, nunca fui tão fácil te culpar por pensar assim e assado. E agora a lei também está em contra daqueles que produzem conteúdo. Mas do que estou falando? Em resumo, nada do que compramos é nosso, mas tudo que falamos, poderá e será usado contra nós.
Simples, começou a vigorar esta semana
Seja como for, a primeira ação prática do Marco Civil foi vetar o Otário (tinha que ser ele), um canal do YouTubil que tem como missão expressão suas opiniões sobre os serviços e sistemas públicos ou privados. Ele, que já abordou telefonia, passagens aéreas, direito de protestar e da copa, entre milhares de outros assuntos, essa semana expressou suas opiniões sobre a greve de 24 horas dos Correios, e o que aconteceu com seu vídeo, cheio de palavrões como tantos outros? Foi vetado. Quem tenta acessá-lo para ver suas reclamações com o serviço de monopólio de entregas, seu vídeo foi censurado, no melhor estilo AI5.
Até eu imaginava que essa porra de #MarcoCivil iria demorar para "realmente" começar a valer. Mas parece que a caça às bruxas já começou.
— Canal do Otário (@CanalDoOtario) 26 junho 2014
Claro que seu vídeo não é o único motivo para eu estar furioso (e leiam este texto logo, pois logo ele deverá ser vetado também), recentemente o YouTube considerou como impróprio o novo vídeo do Porta dos Fundos, eu não gosto desse canal, assim como milhares de outros que eu não gosto, acho que as piadas são de mau gosto, apelativas ou tontas, mas como disse uma vez Voltaire, "Serei contra todas as coisas que dissres, mas morrerei pelo direito que as diga". E o que aconteceu com esse pensamento?
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