Overthinking: Obsolescência programa, parte 100x10³
A Apple está bastante complicada. Como a galera fazia para amar a Apple no hiato entre Steve Jobs? Por que agora, que não há chance dele voltar, a coisa parece para mim, à cada dia mais, que vai desandar. E não é que a Apple em si tenha mudado, é aquela tão falada aura de distorção da realidade que deve mesmo estar fazendo falta.
Veja bem, quando Jobs apresentou ao mundo, em seu grande retorno à Apple, o iMac e o iBook, esses produtos já foram lançados desatualizados. A primeira revisão do iMac ganhou aquele drive de CD igual ao rádio do Carro, tipo "tostadeira", e ganhou também mais memória RAM. O iBook, nem falar, ele foi lançado com CD player num mundo que tudo já tinha DVD, e com 64Mb de RAM soldados na placa, reduzindo para sempre, a capacidade de upgrade.
O iPad foi lançado com surpresa de todos, que vinha sem câmera, era um upgrade óbvio a ser feito, que foi adicionado e corrigido no iPad 2 e tá lá desde então. O iPod é uma história em si mesmo da obsolescência programada, até virou ação coletiva, tipo O Povo contra A Apple, com ganho de O Povo, pela bateria feita para falhar em 18 ou 24 meses e que não podia ser trocada. Além do conector que mudou de FireWire para USB para 32 pinos e 16 pinos, e os recursos, adicionados homeopaticamente, do gravador, o sincronismo com contatos, a câmera e afins, um a cada nova versão.
Mas agora, além dessa obsolescência, há os erros e os recalls. Eu sei que tivemos o "antena gate" do iPhone 4, mas só esse foram 3 recalls! Bateria do Macbook Air, Carregador dos iPhones 3 e 3G europeus e troca dos botões home e power do iPhone 4 e 5 (e variações).
Some isso às recentes atualizações do iOS 8, que matará em definitivo o iPhone 4, iPad 2 e iPad Mini 1, e a atualização do AppleTV, que matará os modelos 1 e 2, mais o bug maldito do Mavericks, o penúltimo e ainda em uso Mac OS, e para quem tem um ecossistema misto da Apple, como eu, vê que o mundo perfeito de devices falando um com o outro deixa de existir, e que você comprou tudo que podia da Apple, pela facilidade, por nada.
Hoje o Macbook white da minha esposa, penúltima geração de plástico, até recebe o Mavericks e o Yosemite, mas ultra limitado nos recursos novos. O iPad 1 e o iPod Touch 2nd Gen não sabem o que é upgrade há anos, o Macbook Air e o bug com o Apple TV, que falha o áudio, o recurso alardeado do AirDrop que não funciona, apesar de existir, entre os dispositivos. Em resumo, se você não tiver todos os dispositivos na última versão, eles não são, de fato, compatíveis. São semi. São aproximações.
Quando penso que um notebook do trabalho já tem 6 anos e é tão bom hoje quanto no dia que foi comprado, e computadores até mais velhos ainda estão rodando no escritório, com suas versões do Windows que dão pau, reiniciam, falham, mas bem ou mal, são compatíveis, me sinto enganado e tendo comprado o lado errado da batalha.
Alguém pode argumentar dos erros dos Windows, XP, Vista, 7 ou 8, e são todos verdadeiros, alias, o Windows 8 é a obsolescência dos PCs, como as novidades da Apple são para os Macintoshs, mas tirando esse update horrível, é incrível pensar que toda a base PC continue a se falar igualmente. Veja, eu não faço campanha pelo Windows e Deus me livre ter que usar algo além do Windows, desde que a Microsoft tentou me cobrar 49 reais pelo dicionário em PT-BR para o Office que eu fiz a assinatura mensal. Só acho bacana que tudo com Windows ainda seja inter-compatível, e no mundo Apple, com menos hardware para administrar, eles ainda querem afunilar mais aquilo que receberá ou não atualizações e que ficará, ou não, inútil na sua casa.
Ah sim, eu sei bem que o Android também não é referência em atualizações, a Apple anunciou com base (e de outra forma seria calúnia) que 95% da base android nunca recebeu atualização ou não foi elevado à última versão, o tal do KitKat. Da mesma forma, donos dos primeiros Windows Phone 7, morreram à míngua quando descobriram que o hardware para o Windows Phone 8 não iria ser o mesmo e assim, não receberiam atualizações mais. Parece que não há ninguém no mundo, além da comunidade GNU/Linux, tentando impedir uma enxurrada de lixo eletrônico velho e sem utilidade em países do terceiro mundo, como diz o documentário de mesmo nome, Obsolescência Programada (em espanhol).
De certo disso tudo, é que parece que quando o Jobs estava por aí, além de não termos tantas correções e recalls de hardware, também por algum motivo, ignorávamos tantas e tantas correções que têm aparecido hoje em dia. #voltaJobs?
Veja bem, quando Jobs apresentou ao mundo, em seu grande retorno à Apple, o iMac e o iBook, esses produtos já foram lançados desatualizados. A primeira revisão do iMac ganhou aquele drive de CD igual ao rádio do Carro, tipo "tostadeira", e ganhou também mais memória RAM. O iBook, nem falar, ele foi lançado com CD player num mundo que tudo já tinha DVD, e com 64Mb de RAM soldados na placa, reduzindo para sempre, a capacidade de upgrade.
O iPad foi lançado com surpresa de todos, que vinha sem câmera, era um upgrade óbvio a ser feito, que foi adicionado e corrigido no iPad 2 e tá lá desde então. O iPod é uma história em si mesmo da obsolescência programada, até virou ação coletiva, tipo O Povo contra A Apple, com ganho de O Povo, pela bateria feita para falhar em 18 ou 24 meses e que não podia ser trocada. Além do conector que mudou de FireWire para USB para 32 pinos e 16 pinos, e os recursos, adicionados homeopaticamente, do gravador, o sincronismo com contatos, a câmera e afins, um a cada nova versão.
Mas agora, além dessa obsolescência, há os erros e os recalls. Eu sei que tivemos o "antena gate" do iPhone 4, mas só esse foram 3 recalls! Bateria do Macbook Air, Carregador dos iPhones 3 e 3G europeus e troca dos botões home e power do iPhone 4 e 5 (e variações).
Some isso às recentes atualizações do iOS 8, que matará em definitivo o iPhone 4, iPad 2 e iPad Mini 1, e a atualização do AppleTV, que matará os modelos 1 e 2, mais o bug maldito do Mavericks, o penúltimo e ainda em uso Mac OS, e para quem tem um ecossistema misto da Apple, como eu, vê que o mundo perfeito de devices falando um com o outro deixa de existir, e que você comprou tudo que podia da Apple, pela facilidade, por nada.
Hoje o Macbook white da minha esposa, penúltima geração de plástico, até recebe o Mavericks e o Yosemite, mas ultra limitado nos recursos novos. O iPad 1 e o iPod Touch 2nd Gen não sabem o que é upgrade há anos, o Macbook Air e o bug com o Apple TV, que falha o áudio, o recurso alardeado do AirDrop que não funciona, apesar de existir, entre os dispositivos. Em resumo, se você não tiver todos os dispositivos na última versão, eles não são, de fato, compatíveis. São semi. São aproximações.
Quando penso que um notebook do trabalho já tem 6 anos e é tão bom hoje quanto no dia que foi comprado, e computadores até mais velhos ainda estão rodando no escritório, com suas versões do Windows que dão pau, reiniciam, falham, mas bem ou mal, são compatíveis, me sinto enganado e tendo comprado o lado errado da batalha.
Alguém pode argumentar dos erros dos Windows, XP, Vista, 7 ou 8, e são todos verdadeiros, alias, o Windows 8 é a obsolescência dos PCs, como as novidades da Apple são para os Macintoshs, mas tirando esse update horrível, é incrível pensar que toda a base PC continue a se falar igualmente. Veja, eu não faço campanha pelo Windows e Deus me livre ter que usar algo além do Windows, desde que a Microsoft tentou me cobrar 49 reais pelo dicionário em PT-BR para o Office que eu fiz a assinatura mensal. Só acho bacana que tudo com Windows ainda seja inter-compatível, e no mundo Apple, com menos hardware para administrar, eles ainda querem afunilar mais aquilo que receberá ou não atualizações e que ficará, ou não, inútil na sua casa.
Ah sim, eu sei bem que o Android também não é referência em atualizações, a Apple anunciou com base (e de outra forma seria calúnia) que 95% da base android nunca recebeu atualização ou não foi elevado à última versão, o tal do KitKat. Da mesma forma, donos dos primeiros Windows Phone 7, morreram à míngua quando descobriram que o hardware para o Windows Phone 8 não iria ser o mesmo e assim, não receberiam atualizações mais. Parece que não há ninguém no mundo, além da comunidade GNU/Linux, tentando impedir uma enxurrada de lixo eletrônico velho e sem utilidade em países do terceiro mundo, como diz o documentário de mesmo nome, Obsolescência Programada (em espanhol).
De certo disso tudo, é que parece que quando o Jobs estava por aí, além de não termos tantas correções e recalls de hardware, também por algum motivo, ignorávamos tantas e tantas correções que têm aparecido hoje em dia. #voltaJobs?
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