Resenha: É quase tudo VERDADE

Eu comprei esse livro à princípio, quando soube que o Eduardo Nasi havia feito a orelha e que estava em promoção na Kindle Store. Não que eu não goste do autor, Allan Sieber, ao contrário, esses ingredientes simplesmente atiraram na minha cara os últimos motivos que faltavam para comprar logo a obra.

Curto Sieber desde o lançamento diferente de seu livro "Sem comentários", que reúne partes do seu blog com "melhores" comentários dos posts. Excelente obra, traço ousado e desde então sei que ao menos algo compartilho com Sieber, o que só aumentou a identificação com o artista. Eu também venho de uma juventude muito evangélica, e também desvie dele pela música. Garotos podres, Ratos de porão, Inocentes, Cólera. Depois com Green Day (nos bons tempos), Metalica, Iron, Dead Kennedys, entre tantos.

Com relação a essa obra, minha identificação cresceu ainda mais. Com histórias selecionadas entre publicações da Piauí, Folha, Trip, inéditas, a coletânea não é casual, foi feita à medida para compor um roteiro bastante autoral, coroada por uma entrevista ao final, incrível, muito bem conduzida e com muito espaço para Sieber "explicar as piadas" e à sí mesmo.
Se você não conhece Sieber, além dele escrever hoje na Folha (e verdade seja dita, um jornal que publica talentos nacionais tem que ser aplaudido em pé, à despeito das minhas opiniões sobre as posições políticas desse jornal), Sieber tem um traço próprio, ainda que alegue não ser muito fixo, seu desenho é marcado por ser preenchido, com muitos dados entre os desenhos e os boxes de narração, com traços cheios de detalhes feitos rápidos, parece antagonismo, e é mesmo, mas o resultado é algo bom, entre o crú e o provocador, e que verdade seja dita, se perde um tanto nos quadros com cores.

Uma obra excelente, mas melhor aproveitada no formato digital se for lida em um iPad, já que o formatinho do Kindle dá certo trabalho para aproveitar a obra. Recomendo muito.

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