Um comentário óbvio sobre o mundial

Foi sem dúvida uma copa do mundo muito divertida de assistir no twitter, o canal social da copa, segundo quem habita aqueles 140 caracteres. Foi também uma copa de surpresas apesar doss times óbvios que chegaram até a final, Alemanha e Argentina, e dos semi-finalistas, por assim dizer, com Brasil e Holanda. Esses quatro times escondem um desempenho incrível dos Estados Unidos, uma surpresa com a Costa Rica e seus "ticos" (sic), a Colômbia que bateu um bolão e o Uruguai com mais um desempenho guerreiro. 

Copa, tão antecipada pelas manifestações, as mesmas que se calaram quando o apito inicial foi dado, salvo muita bagunça e quebra-quebra que foi oculto pela mídia, que até tinham as reinvidicações corretas, mas se perdiam pelos poucos que vandalizavam. Copa que não teve a cobertura de infraestrutura pronta e que poderá complicar políticos no poder nas eleições que estão se aproximando, as mesmas que espero que as manifestações de verdade, na urna, aconteçam. 



Mas a copa que sobre tudo, mostrou o despreparo do Brasil dentro e fora do campo em um campo de obra mais a longo prazo, no campo humano, os brasileiros... Vi ainda na sexta passada, antes de ontem, no McDonalds do aeroporto internacional de Guarulhos, atendente apresentando imagens e fazendo mímica para vender um BigMac para um gringo. Uma senhora gritando em um idioma estranho, para o motorista do Airport Express e turistas no metrô, num carro que o microfone ou não funcionava, ou estava muitp baixo. Aliás, vi uma turma com vuvuzelas no metrô, exercendo o cúmulo da falta de educação, que no final é onde residem todos esses problemas.

O Brasil que chegou tropeçando até a Alemanha, da qual perdeu por 7 x 1 ou na Holanda, de quem perdeu de 3x0, em campo, também é reflexo do Brasil fora do campo. Um time sem renovações, desestruturado, num país que o único esporte que valoriza, perdeu seu brilho. Não pelas derrotas, mas pela falta de educação, formação... 

Quando meu irmão era criança, ele fez aquilo que todos que sabem chutar uma bola fazem, e fez uma peneira para a Portuguesa. Quase passou, o que significa a merda nenhuma, milhares também não passaram, e eram bons, milhares passavam, e nem eram bons. Veja moneyball para ver isso melhor acontecendo em campo.



Com o crescimento dos clubes grandes, disputas no tapetão de outros de deveriam diminuir, e com a aproximação de tantas estrelas, uma coisa que nunca mais se ouviu, foi dos times pequenos, berço dos novos joggadores. Treinadores. Preparadores técnicos. Formadores de jogadores. Esses times, Guaraní, São Caetano, Portuguesa, e seus equivalentes nos outros estados, continuam formando atletas e fazendo peneiras, espero, mas assim como a educação brasileira, se tornou quase proforma. Não forma mais grandes e novos talentos. O Brasil passou de formador de atletas, a retiro de famosos. Branco, Ronaldo, Ronaldo Gaúcho e mais recentemente Kaká, voltam para casa para encerrar suas carreiras, no papel de grandes contratações dos times, o que não deveria ser! 



Nossa formação tem se tornado proforma. Nossa formação de atletas também! Nossa cidadania, também. O chocolate do Brasil, que se juntou a um time seleto de países que levaram mais de 12 gols em seus jgs, com Arábia Saudita e Coreia do Norte, marcará para sempre nossa história, mas isso fará alguma mudança em nossa diretoria esportiva, que protege os clubes grandes de não cair? Que presenteia clubes já abastados com estádios, e condena estádios de times que mal sobrevivem, como os jogos que não acontecem na arena da Portuguesa?  Cada vez que um time grande não cai, im pequeno deixa de subir. Cada vez que um professor em sala de aula desiste de ensinar, uma legião de pesquisadores e administradores, de engenheiros e arquitetos, deixam de serem formados. 

A pergunta é: vamos fazer algo desses resultados, ou vamos mudar o treinador e fingir que esta tudo bem? Que é normal um monte de jogadores famosos serem colocados juntos e fazerem um rachão, como aqueles que fazemos na praia, depois dos banhistas ja terem ido para casa? 

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