RPG QUEST


RPG Quest é um cenário bastate antigo de RPG, um cenário que sumariamente ignorei na data do lançamento, em sua época. Eu já era jogador corrente de AD&D, D&D, Vampiro, GURPS, Daemon, e não imaginava que eu fosse precisar de mais um sistema de RPG.

Contudo, se não posso dizer que a vida adulta me trouxe alguma maturidade, sem dúvida levou embora o tempo que eu tinha. Empilhando compromissos sobre compromissos e com muito menos tempo para ler regras, ou melhor, para parar nossas parcas sessões de RPG com leituras e interpretações de regras, sobre a interpretação de personagens, passei a buscar cada vez mais sistemas com menos regras possíveis. 

Jogamos Shotgun Diaries, um dos RPG's com menos regras até hoje que eu já tenha visto, muito 3D&T, mas muito, como é simples e como é divertido, e finalmente, garimpando na Martins Fontes da avenida paulista, encontrei o RPG Quest, particularmente os dois livros sobre o Império de Jade, e seu sistema de jogo de tabuleiro mesclado a um sistema de RPG extremamente fácil, apenas dois dados de seis faces e nada mais. 

Como funciona o sistema RPG QUEST? Os atributos e as bases do sistema são as mesmas do Daemon, FOR, CON, AGI, DES, INT, SAB, CAR, mas ao invés de atributos que darão modificadores, os atributos têm apenas modificadores, FOR+1, CAR +2, e assim por diante. Pontos de vida são determinados pela classe +CON, ataque? Jogue 2D6+FOR e tente superar 7+AGI do alvo. Passou? Jogue o dano pela arma. Simples fácil assim.

O sistema de magia do Daemon esta lá também: Focus dos Elementos para magia instantânea, e os rituais por círculos, da mesma forma do Daemon. Índice de proteção, absorção de dano, proteção contra elemento, tudo esta lá. E de uma forma simples, oculta por ilustrações bonitinha e simples, um sistema de regras que daria para jogar Arkanum, Trevas e outros titulos mais complexos.


Jogo de Tabuleiro? Sim, O Império de Jade foi publicado em duas edições, com a missão de num livro apresentar o ambiente e os heróis prontos e monstros do cenário oriental, mas no livro dois, o que vem é um mapa em A0 do Império de Jade e seu cinco impérios para serem jogados. 

A mecânica básica é do jogo WAR, mas muito acelerada, crie exércitos, mova exércitos, conquiste territórios. Jogue 2D6 cada um dos exércitos em confronto, a maior soma ganha. A novidade é por conta de jogadores que melhoram os exércitos. Ter um herói no território te dá +1 nos 2D6, um general, e você roca um dos dois dados, o mais baio, por um 3, e um imperador junto ao exército, e você troca um dos dois dados por um 4. E o bônus são acumulativos.

Por fim, como o jogo foi feito para acontecer em apenas um ano, doze rodadas, o objetivo principal até é matar um dos imperadores adversários e sobreviver até o fim do período, mas prática revela que é mais fácil ganhar pelos outros critérios: Maior número de territórios, maios número de tropas e, principalmente, maior número de Pontos de Vitórias, pontos ganhos nos confrontos com outros exércitos, e cada vez que se conquista territórios, mata-se heróis ou generais adversários e dominando construções adversárias. Isso mesmo, contruções.

Nessa versão de WAR e RPG sobrou espaço para um elemento de Banco Imobiliário, construir cidades ou templos, que somam bônus para um território gerar novas tropas entre as rodadas, mas dão mais pontos aos seus inimigos, se o território for perdido.

Foi uma das coisas mais divertidas que eu já joguei, e com o crescimento da moda por boarding Games como está ocorrendo nos finais de 2014 e início de 2015, acho que esse joguinho nacional tem tudo para ser um grande sucesso... Como é, Marcelo Del Debbio, vamos retorná-lo ao mercado?

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