RPG - Classe/Raça: Kobold

Kobolds na opinião de Katabrok, o bárbaro, são os antecessores dos cachorros, isso num tempo que se cria que os Kobolds eram mamíferos, e não lagartos. Eu, particularmente, gosto mais dessa visão. Para você que não sabe o que são Kobolds, são criaturas do Dungeons and Dragons, um RPG, jogo de interpreção de papéis, e também são uma forma de sacis europeus, criaturinhas más, que sempre andam em pequenos bandos.

Na nova interpretação do jogo, eles são na realidade, derivados de lagartos, um povo anão, meio repitiliano, que vive de forma tribal. No jogo em si, não importa de onde vêm, são criaturas voltadas à desafios de baixo nível, criaturas fáceis de matar, num jogo que um jogador pode chegar à mais de 100 pontos de vida, elas têm, com sorte, quatro.


A revista Dragão Brasil fez no passado remoto, uma adaptação dessas criaturinhas para serem usadas como personagens jogadores, a grande sacada, foi criar um raça que também é profissão, como nos primórdios do jogo D&D ainda traduzido pela Grow brinquedos, quando Elfo e Anão eram raça e classe de personagem (profissão). Mas para o Kobold não perder seu ar original, eles não ganhariam novos pontos de vida, eles ganhariam mais Kobolds quando subissem de nível, e para isso, eles se tornariam a primeira classe coletiva.

Em termos de jogoy, o jogador não ganha mais de uma ação por turno, ele só pode fazer uma por vez, não importa quantos Kobolds ele seja formado. E o melhor, como um Kobold nunca sobe de nível, cada novo Kobold poderia ser de uma nova classe, sempre de primeiro nível. Assim, veja o meu personagem, Aerry, o Kobold:

Aerry nasceu e viveu nas florestas, mas não se dava bem com sua tribo. Não que fosse bom, mas não era mal o bastante. Assim Aerry decidiu partir em novas aventuras, e ganhar seu dinheiro ao lado de heróis, vivendo o preconceito que se espera de uma raça tribal pouco civilizada, mas garantindo seu ganha pão, Aerry é claro, um ladrão vulgar, um punguista.

Conforme sobe de nível, Aerry recebe a visita de seu primo, Berry, um guerreiro. Agora os dois Kobolds são na verdade um persoangem do mesmo jogador. Eles somam 8 pontos de vida, quatro de cada um, e eles podem fazer uma ação como ladrão ou uma ação como guerreiro. Quando o jogador perde 4 pontos de vida, Berry "foi embora". E quando ele é curado, "Berry voltou".

Ao subir de nível mais uma vez, chega outro primo, Cherry, uma prima, maga. Agora o trio pode agir ou como ladrão, ou como guerreiro, ou como maga. E o personagem soma 12 pontos de vidas! Derry é o próximo a chegar, Derry o bardo, com uma predileção por canções dos Garotos Podres, em especial, Nasci para ser selvagem. E o jogador tem 16 pontos de vida.

Erry, o próximo prima, é Clérigo. Ferry, um rastreador (ou ranger), Gerry um paladino, Herry um bárbaro, Ierry um assassino, Jerry, um feiticeiro. Se por ventura essa loucura passar do décimo nível, aí cada "característica" desse personagem esquizofrênico pode evoluir para o segundo nível, uma classe por vez...

Bacana, né? Devo dizer, morro de vontade jogar com uma coisinha dessas, deve dar para fazer a maior bagunça na mesa de jogo, com tantas vozes e tantas discussões internas. Mas também dever ser bastante desafiador, andar com um grupo de alto nível, com um bando de habilidades inúteis, todas de primeiro nível...