Resenha: A vida secreta de Walter Mitty
No filme estrelado por Ben Stiller, vemos um deslumbre de imagens e músicas ao longo do roteiro deslumbrante, de um homem acomodado e competente, que vive suas aventuras mais incríveis apenas na sua mente, enquanto foge da realidade do trabalho e da vida, e que subitamente é atirado na vida imaginária que apenas sonhava, ao perder um negativo importante.
O filme começa meio morno, e a presença de Ben Stiller não ajuda, acostumados com o tipo de humor que o ator geralmente protagoniza, quem não tiver fé, pode achar que será só mais um filme pretenso romântico que só serve de fundo a uma comédia escatológica e vulgar. Mas aqueles que perseverarem no filme serão agraciados com um filme deslumbrante.
O mais incrível do filme, e que já dá suas caras logo no início, é a fotografia. À princípio as fotos passam desapercebidas pelo medo do filme desandar, mas logo elas vão ficando mais evidentes, e numa incrível montagem com as músicas de fundo e com aquilo que o protagonista estiver interagindo, email, SMS, uma carta...
Aliás, o filme todo é um remake de 1947, e o principal desafio da produção foi adaptar o filme para um contexto moderno e contemporâneo, e por isso, o filme atingiu a nota 10, perfeita e harmonicamente integrado com um mundo moderno, é difícil imaginar como era de fato o filme original, e assim mesmo, a essência toda do filme está lá.
Outra nota máxima do filme fica por conta da trilha sonora. Uma excelente escolha entre músicas europeias, latinas e pop norte americano, complementando a obra.
Um filme lindo, de ver em fullHD e com sistema de som bacana, e com uma história que recheia o pacote, e que presenteia aqueles que durarem os primeiros e confusos 15 minutos, enquanto você se decide se o filme será mais uma comédia Ben Stiller ou se será um filme mesmo.
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