um brasileiro na argentina: eleições

eu não votei, mas levei minha esposa e a avó dela, para votarem. aqui o voto ainda é papel. aliás, um sistema diferente, você escolhe as filipetas de uma mesa e coloca no envelope seus candidatos, daí lacra o envelope e deposita numa urna. para não ter rastreabilidade de caligrafia, caberá que apaga, quase nada, exceto, talvez, digitais na filipeta escolhida.  para anular, o pessoal coloca ou múltiplas filipetas, ou rasga várias, ou coloca salame dentro (salame é um sinônimo para pessoa boba, incompetente, e logo virou uma das filipetas mais votadas, como forma de protesto).

outra trapaça que o povo faz é ir votar e levar todas as boletas da concorrência no bolso e quem tem pressa, ou entrega um envelope vazio ou com as filipetas dos que estão disponíveis, rasgadas ou não, se você insistir em votar no seu candidato você deve gritar a plenos pulmões "falta boleta", sem revelar qual, isso denunciaria seu voto, e esperar um fiscal ir olhar, buscar as que faltam no estoque e repor a mesa de filipetas. burocrático, e não imune a trapaças, da mesma forma que qualquer outro método.

as contagens, claro, São manuais e levam até três dias, embora minha esposa diga que é fácil saber quais envelopes levam salame depois de três dias.... ;)

para garantir que um canditado tenha maioria eleitoral, aqui acontecem eleições primárias e secundárias, os dois mais votados nas primárias, vão para as secundárias, nisso é igual ao Brasil.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Geração Xerox

Overthinking Back to the future

RPG - Classe/Raça: Kobold