Conto: O fim...
Foi como um sonho que ele soube que aquele era o último dia do mundo. Mas na manhã que ele acordou, ele percebeu que ninguém mais se havia iterado, e o mundo seguia como sempre segue, na manhã cinza e de chuva, com o jornal falando das mesmas violências e dos mesmos roubos do governo, e dos mandos do crime e desmandos da política. E ele não soube o que fazer, e sem saber o que fazer, deixou o automático guiá-lo um pouco mais, e ele tomou um bom banho, e fez a barba, já que não sabia quando faria de novo, e então tomou um bom café. Não tinha sentido deixar tanta coisa na geladeira para estragar. Ainda encheu um balde de água antes de ir trabalhar, para deixar lá, pelo sim, em casa, de reserva, mas tampou-o bem. Se seu mundo iria acabar, a Dengue que não iria se beneficiar por ele. No trabalho os mesmos trânsitos insuportáveis e pessoas mal educadas, mal nascidas e mal comidas, que tornavam a ida ao trabalho ainda pior, mas assim mesmo, como fazia todos os dias, chegou ao trabalho e ...